O País de Gales não é lá um pais com muita tradição cervejeira, mas... está perto da Inglaterra, então, podemos considerar que todas as origens são a mesma !
É de lá a cervejaria Brains, que também controla vários Pubs e Hotéis no pais. Ela é considerada a cerveja da povo, mesma fama que a Guinness tem na Irlanda. E é dessa cervejaria o rótulo que falaremos hoje: The Rev. James, uma Ale bem aromática e com teor alcoólico moderado.
Esse rótulo é bem antigo. A receita é a mesma desde 1885, quando ainda pertencia à cervejaria Buckley, e seu dono original Rev, James Buckley, um padre que também era bom de negócio.
Feita com a receita tradicional, é rica no pálato, apimentada e aromática, com um final interessante !
No copo, sua cor é cobre, bem avermelhada. A espuma é de fácil formação. No aroma, uma combinação bem equilibrada de lúpulo, caramelos com fundo doce.
Na boca ela tem acidez característica das ales, com gosto defumando no final ! Há um residual doce que ajuda a equilibrar o amargor do primeiro gosto. Se você tomá-la a uma temperatura um pouco maior, vai sentir um residual de mel na boca.
No final, como ela tem uma quantidade normal de alcool (4,5%) ela parece um pouco aguada. Isso acontece pois ela tem um sabor forte de primeira, que chamaria um sabor alcoólico posterior.
De qualquer maneira, é uma ótima cerveja, porém acredito que seja difícil encontrar aqui no Brasil. Consegui através do site www.havenicebeer.com.br. Por isso, avaliar o custo benefício fica difícil. Se considerar o que paguei por 2 garrafas, ela custou aprox. R$ 15, o que é um preço bem justo.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 3
sábado, 29 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Velhas Virgens Indie Rocking Beer IPA
"Eu gosto de você
Você gosta de mim
Mas com essa timidez
Só o que rola entre nós
É siririca baby
Siririca baby
A gente se come com os olhos
Não rola nada
Só bronha e siririca..."
É com esse espírito (bem humorado e rockeiro) que vamos falar da cerveja feita para a comemoração de 25 anos de carreira da Banda das Velhas Virgens.
Uma curiosidade: o nome dessa banda tem origem em um filme do Mazzaropi, onde um "maestro" chamado Gostoso é responsável por uma banda de senhoras beatas de uma pequena cidade do interior de São Paulo.
Proveniente de São Paulo, o grupo tem doze discos lançados e, gradualmente, tem ganhado espaço no cenário alternativo nacional, mesmo sem tocar em rádios, ou aparecerem em programas de TV ao longo de seus 25 anos de história.
Meu primeiro contato com a banda foi em 2003, quando estava no segundo ano da faculdade... e não há melhor som para curtir os churrascos e festas desse tempo. A música "Abre essas pernas" é que fez o maior sucesso até então e rendeu várias risadas entre mim eu meu grande amigo Piteco !
"Abre essas pernas pra mim baby
Tô cansado de esperar
Você dá pra todo mundo
Só pra mim que você não qué dá
Esse papo de pele e de química
Não tem nada a vê
Não é filme, nem novela
É só sexo, eu e você
Já deixei você nua em pêlo
E na hora você deu pra trás
Então abre essas pernas pra mim, baby
Pra aprender como é que se faz."
A cerveja é produzida pela cervejaria Invicta, de Ribeirão Preto, capitaneada pelo mestre cervejeiro Rodrigo Silveira, ex-Colorado e autor, entre outras, da fórmula da Dama IPA de Piracicaba.
Ela é inspirada na receita das IPA (India Pale Ale), geralmente cervejas que tem um bom amargor, com sabor de malte equilibrado e não tão lupulada. No copo ela tem cor cobre com tons alaranjados, e sua espuma é de fácil formação e bem densa.
A degustação foi feita a aproximadamente 1°C, um pouco mais gelado do que o recomendado (de 6 a 7 °C), mas como estava bem calor, isso não foi um problema.
No nariz, o aroma é forte de malte, levemente doce, com fundo de caramelos. O lúpulo está lá, mas é bem sutil.
Na boca o sabor amargo característico das IPA´s é o predominante. Porém, achei um pouco mais moderando que outras IPA´s que já tomei (as comparações com a Colorado Indica são inevitáveis, já que são da mesma cidade - essa é um pouco menos amargo que a Colorado).
O diferencial dessa cerveja é que o gosto residual não é de uma IPA e sim de uma Lager. Ele não é seco como o esperado... o que me desapontou um pouco. De certo isso foi feito pois o gosto brasileiro não está acostumado com Ales - então o "drinkability" foi alterando para ficar menos "pesado".
No geral, é uma ótima cerveja, ainda mais se contar a história por traz dela. Porém, sem nada de especial.
O que fez com que o custo benefício fosse um pouco baixo, afinal, com o frente ficou em quase R$ 20 uma garrafa de 500 ml.
Mas recomendo experimentar !
"Ela tava ali, com o instrumento nos lábios
Não queria engolir nem magoar sua paixão
De repente a porta abre e entra o seu pai
Com a boca cheia, ela corta a sucção
Olhando para o lado, sem saber onde jogar
E o pai, insistente a perguntar:
O que é que você tem na boca, Maria?
Hum, hum, hum, hum, hum, hum!
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 2
As letras aqui reproduzidas em "itálico" (sem permissão, pois isso é Rock´n´Roll) são das músicas: Siririca Baby, Abre essas pernas e O que é que você tem na boca Maria, todas da banda das Velhas Virgens !
Você gosta de mim
Mas com essa timidez
Só o que rola entre nós
É siririca baby
Siririca baby
A gente se come com os olhos
Não rola nada
Só bronha e siririca..."
É com esse espírito (bem humorado e rockeiro) que vamos falar da cerveja feita para a comemoração de 25 anos de carreira da Banda das Velhas Virgens.
Uma curiosidade: o nome dessa banda tem origem em um filme do Mazzaropi, onde um "maestro" chamado Gostoso é responsável por uma banda de senhoras beatas de uma pequena cidade do interior de São Paulo.
Proveniente de São Paulo, o grupo tem doze discos lançados e, gradualmente, tem ganhado espaço no cenário alternativo nacional, mesmo sem tocar em rádios, ou aparecerem em programas de TV ao longo de seus 25 anos de história.
Meu primeiro contato com a banda foi em 2003, quando estava no segundo ano da faculdade... e não há melhor som para curtir os churrascos e festas desse tempo. A música "Abre essas pernas" é que fez o maior sucesso até então e rendeu várias risadas entre mim eu meu grande amigo Piteco !
"Abre essas pernas pra mim baby
Tô cansado de esperar
Você dá pra todo mundo
Só pra mim que você não qué dá
Esse papo de pele e de química
Não tem nada a vê
Não é filme, nem novela
É só sexo, eu e você
Já deixei você nua em pêlo
E na hora você deu pra trás
Então abre essas pernas pra mim, baby
Pra aprender como é que se faz."
A cerveja é produzida pela cervejaria Invicta, de Ribeirão Preto, capitaneada pelo mestre cervejeiro Rodrigo Silveira, ex-Colorado e autor, entre outras, da fórmula da Dama IPA de Piracicaba.
Ela é inspirada na receita das IPA (India Pale Ale), geralmente cervejas que tem um bom amargor, com sabor de malte equilibrado e não tão lupulada. No copo ela tem cor cobre com tons alaranjados, e sua espuma é de fácil formação e bem densa.
A degustação foi feita a aproximadamente 1°C, um pouco mais gelado do que o recomendado (de 6 a 7 °C), mas como estava bem calor, isso não foi um problema.
No nariz, o aroma é forte de malte, levemente doce, com fundo de caramelos. O lúpulo está lá, mas é bem sutil.
Na boca o sabor amargo característico das IPA´s é o predominante. Porém, achei um pouco mais moderando que outras IPA´s que já tomei (as comparações com a Colorado Indica são inevitáveis, já que são da mesma cidade - essa é um pouco menos amargo que a Colorado).
O diferencial dessa cerveja é que o gosto residual não é de uma IPA e sim de uma Lager. Ele não é seco como o esperado... o que me desapontou um pouco. De certo isso foi feito pois o gosto brasileiro não está acostumado com Ales - então o "drinkability" foi alterando para ficar menos "pesado".
No geral, é uma ótima cerveja, ainda mais se contar a história por traz dela. Porém, sem nada de especial.
O que fez com que o custo benefício fosse um pouco baixo, afinal, com o frente ficou em quase R$ 20 uma garrafa de 500 ml.
Mas recomendo experimentar !
"Ela tava ali, com o instrumento nos lábios
Não queria engolir nem magoar sua paixão
De repente a porta abre e entra o seu pai
Com a boca cheia, ela corta a sucção
Olhando para o lado, sem saber onde jogar
E o pai, insistente a perguntar:
O que é que você tem na boca, Maria?
Hum, hum, hum, hum, hum, hum!
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 2
As letras aqui reproduzidas em "itálico" (sem permissão, pois isso é Rock´n´Roll) são das músicas: Siririca Baby, Abre essas pernas e O que é que você tem na boca Maria, todas da banda das Velhas Virgens !
domingo, 11 de novembro de 2012
St. Rogue Red Ale
Rogue é uma palavra que em inglês significa maroto, brincalhão, traste... Uma pessoa despreocupada, desestressada, que vê a vida sempre com um sorriso... mas não é um tolo ! Conhece todas as nuances das situações e sacar bem as pessoas com poucas palavras trocadas. Geralmente é um "vagante", independente, que rejeita as regras convencionais da sociedade e vive conforme seus próprios valores e objetivos.
É nesse humor que descreveremos a cerveja do tópico de hoje, uma Red Ale excepcional, feita nos Estados Unidos exatamente pela cervejaria Rogue Ale, da cidade de Newport, no estado do Oregon.
Essa cervejaria é conhecida por ter muitas variedades de cervejas (aprox. 60), com a filosofia de "that variety is the spice of life" ("a variedade é o tempero da vida"). As cervejas são não pasteurizadas e somente é utilizado ingredientes naturais e uma levedura própria chamada "Pacman".
Uma dessas variedades é a Red Ale, do qual falaremos aqui ! Segundo a própria Rogue, o rótulo tem nove principais ingredientes:
Maltes: Great Western 2-Row, Carastan 30-37 & 13-17, Crystal 70-80.
Lúpulos: Chinook, Perle, & Centennial.
Levedura e Água: Rogue's Pacman Yeast & Free Range Coastal Water.
Alem disso, é uma cerveja que passa pelo processo de Dry Hopping, o que confere aromas complexos e bem explícitos á cerveja.
Colocada no copo, a cor é cobre e a espuma é de fácil formação. O líquido é pouco denso.
O aroma surpreende muito: é muito frutado com fundo doce. Chá de Pêssegos dominam o buquê. Já tomei várias Red Ales.... geralmente essas cervejas são fortes e com alta concentração de açúcar, com aroma sério, marcante... e não é isso que encontramos aqui. O aroma é vivo, esperto, brincalhão. Isso só mostra que um mestre cervejeiro capaz consegue manipular os ingredientes para criar o que desejar.
O sabor acompanha o aroma. O líquido é leve e refrescante. O amargor é um pouco acentuado, principalmente devido ao Dry-hopping, mas não é cansativo. Apesar do aroma ter um fundo doce, o líquido não tem nenhum sabor doce. Também não tem nenhum sabor residual de álcool (5,1°) e o sabor de pêssegos está lá, levemente... apenas para complementar o aroma.
O custo benefício é alto: paguei R$17 na long neck, nos "Los Compadres".
Essa é a uma Red Ale totalmente diferente. E pode ser consumida por pessoas que já conhecem (vão se maravilhar com o aroma de chá de pêssegos) e pessoas que não estão acostumadas a cervejas "diferentes". Boa para tomar gelada em um dia de sol quente, na piscina ou praia, com comidas leves.
Altamente recomendada !
Sabor: 5
Aspecto Geral: 5
Custo benefício: 4
É nesse humor que descreveremos a cerveja do tópico de hoje, uma Red Ale excepcional, feita nos Estados Unidos exatamente pela cervejaria Rogue Ale, da cidade de Newport, no estado do Oregon.
Essa cervejaria é conhecida por ter muitas variedades de cervejas (aprox. 60), com a filosofia de "that variety is the spice of life" ("a variedade é o tempero da vida"). As cervejas são não pasteurizadas e somente é utilizado ingredientes naturais e uma levedura própria chamada "Pacman".
Uma dessas variedades é a Red Ale, do qual falaremos aqui ! Segundo a própria Rogue, o rótulo tem nove principais ingredientes:
Maltes: Great Western 2-Row, Carastan 30-37 & 13-17, Crystal 70-80.
Lúpulos: Chinook, Perle, & Centennial.
Levedura e Água: Rogue's Pacman Yeast & Free Range Coastal Water.
Alem disso, é uma cerveja que passa pelo processo de Dry Hopping, o que confere aromas complexos e bem explícitos á cerveja.
Colocada no copo, a cor é cobre e a espuma é de fácil formação. O líquido é pouco denso.
O aroma surpreende muito: é muito frutado com fundo doce. Chá de Pêssegos dominam o buquê. Já tomei várias Red Ales.... geralmente essas cervejas são fortes e com alta concentração de açúcar, com aroma sério, marcante... e não é isso que encontramos aqui. O aroma é vivo, esperto, brincalhão. Isso só mostra que um mestre cervejeiro capaz consegue manipular os ingredientes para criar o que desejar.
O sabor acompanha o aroma. O líquido é leve e refrescante. O amargor é um pouco acentuado, principalmente devido ao Dry-hopping, mas não é cansativo. Apesar do aroma ter um fundo doce, o líquido não tem nenhum sabor doce. Também não tem nenhum sabor residual de álcool (5,1°) e o sabor de pêssegos está lá, levemente... apenas para complementar o aroma.
O custo benefício é alto: paguei R$17 na long neck, nos "Los Compadres".
Essa é a uma Red Ale totalmente diferente. E pode ser consumida por pessoas que já conhecem (vão se maravilhar com o aroma de chá de pêssegos) e pessoas que não estão acostumadas a cervejas "diferentes". Boa para tomar gelada em um dia de sol quente, na piscina ou praia, com comidas leves.
Altamente recomendada !
Sabor: 5
Aspecto Geral: 5
Custo benefício: 4
Brooklyn Black Chocolate Stout
A czarina Catarina, a Grande (que era russa), viajou para a Inglaterra e acabou por conhecer o estilo stout adorando-o imediatamente. Por conta disso, exigiu que barris da cerveja fossem enviados para sua corte em grande quantidade.
Com a demorada viagem, a cerveja nunca chegaria em condições de ser consumida. Mas tudo se resolveu quando a cervejaria Barclay, em Londres, produziu uma stout encorpada e alcoólica o suficiente para aguentar a viagem e chegar em condições de ser saboreada por Catarina.
A cerveja apresentava mais de 10% de álcool e fez sucesso instantâneo na corte russa. Daí em diante esse tipo de stout foi batizada de Russian Imperial Stout*.
É com esse espírito que a Brooklyn resolveu reeditar o estilo, utilizando maltes que quando fermentados produzem sabor de chocolate (não vai chocolate adicionado diretamente como a Young Double Chocolat Stout) e criando uma receita extremamente peculiar. A cerveja é sazonal: só é produzida para o inverno americano, entre os meses de Outubro a Março.
No copo, a cerveja é preta, bem escura e quase não é formada espuma. O líquido é denso e aveludado.
No nariz, prevalecem os aromas de chocolate (como era esperado), caramelos e café. O aroma não é tão pronunciado como eu esperava, mas não desaponta.
Já o sabor, esse sim tem várias coisas interessantes. Comecemos pelo sabor forte de chocolate amargo (aqueles que tem mais de 80% de cacau). Porém, ela não tem quase nenhuma doçura. Outro ponto que me surpreendeu muito é que ela é extremamente lupulada (característica das cervejas americanas). Isso faz com que o sabor seja ácido e bem carbonetado.
No geral, o custo benefício é médio: paguei R$ 17 em uma long neck, no "Los Compadres".
Apesar do alto teor alcoólico (10%) o sabor residual não aparece. E isso tem muito a dizer sobre a cerveja: ela é FORTE em sabor ! Talvez, a cerveja mais forte que eu já tenha tomado.
Por causa disso, acho difícil conseguir tomar mais de uma em uma noite. Outra coisa difícil também deve ser harmonizar essa cerveja com alguma comida: ela vai sobrepor qualquer sabor existente.
Por isso, quem não está acostumado, com certeza não vai gostar !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 3
Custo Benefício: 3
*Texto retirado do blog Santa Cerveja
Com a demorada viagem, a cerveja nunca chegaria em condições de ser consumida. Mas tudo se resolveu quando a cervejaria Barclay, em Londres, produziu uma stout encorpada e alcoólica o suficiente para aguentar a viagem e chegar em condições de ser saboreada por Catarina.
A cerveja apresentava mais de 10% de álcool e fez sucesso instantâneo na corte russa. Daí em diante esse tipo de stout foi batizada de Russian Imperial Stout*.
É com esse espírito que a Brooklyn resolveu reeditar o estilo, utilizando maltes que quando fermentados produzem sabor de chocolate (não vai chocolate adicionado diretamente como a Young Double Chocolat Stout) e criando uma receita extremamente peculiar. A cerveja é sazonal: só é produzida para o inverno americano, entre os meses de Outubro a Março.
No copo, a cerveja é preta, bem escura e quase não é formada espuma. O líquido é denso e aveludado.
No nariz, prevalecem os aromas de chocolate (como era esperado), caramelos e café. O aroma não é tão pronunciado como eu esperava, mas não desaponta.
Já o sabor, esse sim tem várias coisas interessantes. Comecemos pelo sabor forte de chocolate amargo (aqueles que tem mais de 80% de cacau). Porém, ela não tem quase nenhuma doçura. Outro ponto que me surpreendeu muito é que ela é extremamente lupulada (característica das cervejas americanas). Isso faz com que o sabor seja ácido e bem carbonetado.
No geral, o custo benefício é médio: paguei R$ 17 em uma long neck, no "Los Compadres".
Apesar do alto teor alcoólico (10%) o sabor residual não aparece. E isso tem muito a dizer sobre a cerveja: ela é FORTE em sabor ! Talvez, a cerveja mais forte que eu já tenha tomado.
Por causa disso, acho difícil conseguir tomar mais de uma em uma noite. Outra coisa difícil também deve ser harmonizar essa cerveja com alguma comida: ela vai sobrepor qualquer sabor existente.
Por isso, quem não está acostumado, com certeza não vai gostar !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 3
Custo Benefício: 3
*Texto retirado do blog Santa Cerveja
Vixnu Colorado
Esse post é sobre a Imperial IPA feita pela cervejaria de Ribeirão Preto, Colorado.
Vishnu é o deus principal da trindade hindú, representa SATTVAGUNA, o modo da bondade, e é responsável pela sustentação, proteção, e manutenção do universo. Ele é a fonte original de todos os Avatares e deuses e está presente em cada átomo da criação, bem como no coração de todos os seres.
A palavra Vishnu significa "aquele que tudo penetra", ou "aquele que tudo impregna". Forma junto com Brama e Shiva a trindade da religião Indú. Ótimo nome para uma cerveja forte, imponente e memorável !
A Colorado Vixnu utiliza na receita a rapadura, maltes Pilsen e Caramunich I, e lúpulos das varietais Galena, Cascade, Simcoe, Amarillo e Citra. Isso faz com que seu sabor seja extremamente complexo e delicioso de degustar. Somando isso à característica de que ela não é pasteurizada (a Cervejaria Colorado garante que toda a sua cadeia logística é refrigerada , desde a fábrica, transporte, distribuição até o ponto de venda), faz com que a experiência de tomá-la seja inesquecível e única (uma vez que é bem raro encontrar essa cerveja em bares, mesmo os especializados).
Colocada no copo, a cor é amarelo cobre, com espuma de fácil formação. O aroma é forte de lúpulo, característica das cervejas Colorado. O buquê é de flores, com fundo doce. Como era de se esperar, ela parece muito o rótulo "Indica", da mesma cervejaria, mas com todas as características acentuadas.
O sabor é levemente doce, com amargor característico, porem super equilibrado. Um diferencial dessa cerveja é que o açúcar usado em adição ao mosto é proveniente da rapadura, ou seja, da cana de açúcar não refinado. E isso fica evidente no sabor.
Outro ponto interessante, mesmo tendo um teor alcoólico considerável (9,5°), a cerveja não tem sabor residual de álcool. O custo benefício é médio-alto: paguei R$ 18 em uma garrafa de 500 ml.
Essa é uma cerveja forte... não é para pessoas que não estão acostumadas com sabor de lúpulo e malte marcantes. Iniciantes da arte devem tomar com cuidado. A harmonização deve ser cuidadosa também, para que a cerveja não sobreponha o sabor do prado. Porém, para quem gosta, é uma ótima pedida...
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 5
Custo-Benefício: 4
Gottlich Divina Pilsen Extra
Quando meu querido amigo Piteco me falou dessa cerveja, fiquei meio desacreditado. Estava em Ribeirão Preto, afim de experimentar cervejas importadas com sabor forte, e ele me vinha com a (inicialmente) esdrúxula ideia de tomar uma cerveja de Guaraná...
Pensei: "não vou gastar meu paladar com isso...", mas como ele insistiu, eu resolvi dar o braço a torcer. E essa foi uma decisão super acertada ! =) Uma cerveja de guaraná... no mínimo é uma ideia original ! Ainda mais pois essa é uma fruta original do Brasil, que tem um sabor característico e inconfundível.
A cerveja é feita em Joinville, pela empresa Opa Bier, e foi criada pelo mestre cervejeiro Leonardo Botto. Alem de contar em sua formulação com lúpulos Weihenstephan, Hallertau e Saaz, ela ainda tem dry hopping, o que garante aromas frescos e expressivos à cerveja.
No copo, ela tem cor de amarelo cobre. O liquido é de baixa densidade e a espuma de fácil formação e pouco densa.
No nariz, ela é impressionante ! Não é somente o aroma de guaraná que chama a atenção... há todo um buquê floral que completa o aroma principal. Bem complexo, mas super divertida. O buquê também é levemente lupulada.
O sabor é um caso à parte: levemente amargo, com um residual bem pouco doce. Porém, devido ao dry hopping e a baixa fermentação (ela é vendida como uma cerveja Pilsen) ela é super refrescante... de maneira que dá para tomar várias sem enjoar ou empapuçar !
Não tem nenhum sabor residual de álcool e o custo benefício em bem alto, uma vez que uma garrafa de 500 ml me custo R$ 14 em um bar em Ribeirão Preto.
É uma cerveja excepcional, que vai agradar tanto quem busca algo novo, quanto as pessoas que bebem junto, só para curtir o momento !
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 5
Pensei: "não vou gastar meu paladar com isso...", mas como ele insistiu, eu resolvi dar o braço a torcer. E essa foi uma decisão super acertada ! =) Uma cerveja de guaraná... no mínimo é uma ideia original ! Ainda mais pois essa é uma fruta original do Brasil, que tem um sabor característico e inconfundível.
A cerveja é feita em Joinville, pela empresa Opa Bier, e foi criada pelo mestre cervejeiro Leonardo Botto. Alem de contar em sua formulação com lúpulos Weihenstephan, Hallertau e Saaz, ela ainda tem dry hopping, o que garante aromas frescos e expressivos à cerveja.
No copo, ela tem cor de amarelo cobre. O liquido é de baixa densidade e a espuma de fácil formação e pouco densa.
No nariz, ela é impressionante ! Não é somente o aroma de guaraná que chama a atenção... há todo um buquê floral que completa o aroma principal. Bem complexo, mas super divertida. O buquê também é levemente lupulada.
O sabor é um caso à parte: levemente amargo, com um residual bem pouco doce. Porém, devido ao dry hopping e a baixa fermentação (ela é vendida como uma cerveja Pilsen) ela é super refrescante... de maneira que dá para tomar várias sem enjoar ou empapuçar !
Não tem nenhum sabor residual de álcool e o custo benefício em bem alto, uma vez que uma garrafa de 500 ml me custo R$ 14 em um bar em Ribeirão Preto.
É uma cerveja excepcional, que vai agradar tanto quem busca algo novo, quanto as pessoas que bebem junto, só para curtir o momento !
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 5
Sauber Honey
Tenho muito prazer em escrever no blog sobre cervejas brasileiras artesanais. É impressionante como nosso mercado tem crescido e as pessoas tem se disposto a experimentar coisas novas e sair do senso comum.
Nosso assunto aqui é uma cerveja fabricada em Mogi Mirim, a Sauber Beer. Dando uma passada no seu site, é possível ver que eles são bem ousados em seus sabores. Tem cervejas de Limão, Gengibre, Abóbora, Tangerina e todas as outros tipos padrão.
Foi fundada em 2009 pelo Eng Químico Renato Marquetti, inicialmente como um hobby que deu muito certo !
Nesse post, vamos falar do seu rótulo de Mel. Cervejas com Mel sempre são deliciosas, mas se engana quem acha que elas possam ser muito doces: geralmente não a são. Colocara no copo, ela tem uma cor bem dourada, puxado para o amarelo. O líquido é denso e a espuma é de fácil formação.
No nariz, há um aroma realmente bom de mel. Redondo e equilibrado. O melhor é que o aroma parece ser "original" da cerveja; não parece ser algo "adicionado" depois. Ele se equilibra totalmente com o aroma de lúpulo também bem presente.
Isso também acontece no sabor, que é levemente doce e pouco amargo. O mel se funde totalmente ao sabor da cerveja, de maneira super equilibrada, sem tornar a cerveja enjoativa (escondendo os sabores de malte e lúpulo), mas também sem parecer que é apenas uma propaganda. O sabor de alcool residual é bem baixo (ela tem 6,5°).
O custo benefício é médio-alto, uma vez que paguei R$ 18 uma garrafa de 500 ml em um bar em Ribeirão Preto.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 4
Custo Benefício: 4
Nosso assunto aqui é uma cerveja fabricada em Mogi Mirim, a Sauber Beer. Dando uma passada no seu site, é possível ver que eles são bem ousados em seus sabores. Tem cervejas de Limão, Gengibre, Abóbora, Tangerina e todas as outros tipos padrão.
Foi fundada em 2009 pelo Eng Químico Renato Marquetti, inicialmente como um hobby que deu muito certo !
Nesse post, vamos falar do seu rótulo de Mel. Cervejas com Mel sempre são deliciosas, mas se engana quem acha que elas possam ser muito doces: geralmente não a são. Colocara no copo, ela tem uma cor bem dourada, puxado para o amarelo. O líquido é denso e a espuma é de fácil formação.
No nariz, há um aroma realmente bom de mel. Redondo e equilibrado. O melhor é que o aroma parece ser "original" da cerveja; não parece ser algo "adicionado" depois. Ele se equilibra totalmente com o aroma de lúpulo também bem presente.
Isso também acontece no sabor, que é levemente doce e pouco amargo. O mel se funde totalmente ao sabor da cerveja, de maneira super equilibrada, sem tornar a cerveja enjoativa (escondendo os sabores de malte e lúpulo), mas também sem parecer que é apenas uma propaganda. O sabor de alcool residual é bem baixo (ela tem 6,5°).
O custo benefício é médio-alto, uma vez que paguei R$ 18 uma garrafa de 500 ml em um bar em Ribeirão Preto.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 4
Custo Benefício: 4
Boont Amber Ale
A cervejaria Anderson Valley inicialmente era mais um de vários pubs que fazem sua própria cerveja, o The Buckhorn Saloon, criada em 1987. Inspirada pelas paisagens do norte da Califórnia (USA), se localiza no povoado de Boonville, com pouco mais de 1000 habitantes.
A cervejaria fabrica hoje 10 tipos de cerveja, das quais vamos analisar hoje a super premiada Amber Ale. Feita com malte levemente doce e com adição modesta de lúpulo, tem a característica de não ser pasteurizada nem filtrada, o que garante um dose extra de leveza ao líquido e matem o sabor bem expressivo.
Colocada no copo, ela tem uma cor bem avermelhada, puxada para o bronze. A espuma é pouco densa e de fácil formação.
No nariz é que essa cerveja começa a se mostrar especial. Um delicioso aroma de laranjas em compota, acompanhado de açúcar mascavo e caramelhos, finalizado por lúpulo. É realmente fantástico.
Na boca ela é bem amarga e lupulada. O sabor bem fundo doce e levemente frutado. No final, é possível sentir um leve sabor de morangos e capins molhados, o que remete a paisagem bucólica do vale. O que chama a atenção é um fantástico equilíbrio entre amargor e doçura, sendo uma cerveja com ótimo drinkability (não enjoa nem deixa o paladar cansado).
O custo benefício é médio-alto, uma vez que uma long neck custa em média R$ 16.
Aproveito o post para dizer que comprei essa cerveja (e tenho comprado várias outras) no ótimo "Los Compadres", aqui em Rio Claro.
Quem gosta de cervejas diferentes deve passar lá !
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 4
A cervejaria fabrica hoje 10 tipos de cerveja, das quais vamos analisar hoje a super premiada Amber Ale. Feita com malte levemente doce e com adição modesta de lúpulo, tem a característica de não ser pasteurizada nem filtrada, o que garante um dose extra de leveza ao líquido e matem o sabor bem expressivo.
Colocada no copo, ela tem uma cor bem avermelhada, puxada para o bronze. A espuma é pouco densa e de fácil formação.
No nariz é que essa cerveja começa a se mostrar especial. Um delicioso aroma de laranjas em compota, acompanhado de açúcar mascavo e caramelhos, finalizado por lúpulo. É realmente fantástico.
Na boca ela é bem amarga e lupulada. O sabor bem fundo doce e levemente frutado. No final, é possível sentir um leve sabor de morangos e capins molhados, o que remete a paisagem bucólica do vale. O que chama a atenção é um fantástico equilíbrio entre amargor e doçura, sendo uma cerveja com ótimo drinkability (não enjoa nem deixa o paladar cansado).
O custo benefício é médio-alto, uma vez que uma long neck custa em média R$ 16.
Aproveito o post para dizer que comprei essa cerveja (e tenho comprado várias outras) no ótimo "Los Compadres", aqui em Rio Claro.
Quem gosta de cervejas diferentes deve passar lá !
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 4
Brooklyn East India Pale Ale
IPA (India Pale Ale) são cervejas do tipo Pale Ale preparadas para o consumo das tropas Inglesas, durante o século 19, na Índia. Usando maltes e lúpulos extra, o cervejeiro George Hodgson desenvolver uma cerveja ale com amargor e força para aguentar a longa viagem (que podia chegar a 18 meses).
Lembrando que, naquela época, as cervejas não tinam os conservantes que possuem hoje, dificultando o translado.
A IPA da cervejaria americana Brooklyn é feita com maltes britânicos e lúpulos da variedade East Kent Golding variety. Também passa por um processo de Dry Hopping para adicionar aromas mais delicados e acentuados.
No copo, ela tem um cor amarelo com tons avermelhados, próximas do cobre. A espuma é pouco densa e de fácil formação.
O Aroma é frutado (mas eu esperava mais por ser Dry-Hopping) e bem lupulado. Na boca, o sabor é levemente ácido, com amargor bem pronunciado e seco. É bem pouco doce. Também não senti sabor residual de alcool, mesmo sendo sua graduação um pouco maior do que as cervejas normais (6,9°).
No geral, é uma cerveja para quem gosta de amargor, mas sinceramente, sem nada de muito especial (esperava mais por ser da Brooklyn, cervejaria do mestre cervejeiro Garrett Oliver, que escreveu o ótimo livro A Mesa do Mestre Cervejeiro)
Por isso, o custo benefício é médio, uma vez que paguei R$ 15 em uma long-neck, em um bar em São Paulo.
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 3
Lembrando que, naquela época, as cervejas não tinam os conservantes que possuem hoje, dificultando o translado.
A IPA da cervejaria americana Brooklyn é feita com maltes britânicos e lúpulos da variedade East Kent Golding variety. Também passa por um processo de Dry Hopping para adicionar aromas mais delicados e acentuados.
No copo, ela tem um cor amarelo com tons avermelhados, próximas do cobre. A espuma é pouco densa e de fácil formação.
O Aroma é frutado (mas eu esperava mais por ser Dry-Hopping) e bem lupulado. Na boca, o sabor é levemente ácido, com amargor bem pronunciado e seco. É bem pouco doce. Também não senti sabor residual de alcool, mesmo sendo sua graduação um pouco maior do que as cervejas normais (6,9°).
No geral, é uma cerveja para quem gosta de amargor, mas sinceramente, sem nada de muito especial (esperava mais por ser da Brooklyn, cervejaria do mestre cervejeiro Garrett Oliver, que escreveu o ótimo livro A Mesa do Mestre Cervejeiro)
Por isso, o custo benefício é médio, uma vez que paguei R$ 15 em uma long-neck, em um bar em São Paulo.
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 3
sábado, 22 de setembro de 2012
Wäls Dubbel Ale
Fico muito feliz de experimentar cervejas especiais feitas em solo Tupiniquim... muito mais do que experimentar cervejas importantes.
A cervejeria Wäls, sediada na região da Pampulha, em Belo Horizonte é uma das que me trouxeram alegre surpresa recentemente. Fundada em 1999, tem em sua carta vários tipos interessantes. A desse post será a Dubbel Ale. Cervejas Dubbel são sempre interessantes, por serem muito diferentes umas das outras. Por permitirem a adição de vários condimentos / complementos, são mostra da criatividade dos mestres cervejeiros.
A Dubbel da Wäls tem apresentação premium, com rolha de espumante. Colocada no copo, tem a cor escura, puxado para o púrpura, bem turva. Quase não faz espuma. O aroma é bem doce, de frutas secas, uvas passa, ameixa e jabuticadas. O fundo é defumado e tem um fundo alcoólico pronunciado (7,5%).
Na boca, tem baixíssima carbonetação, quase sem acidez. Ela é bem pouco lupulada também, o que faz com que o amargor dessa cerveja seja bem tímido (ele aparece só no final e é pouco persistente). O sabor é de maltes torrados, mas não pronunciado, completado pelas uvas passas e jabuticabas maduras.
No geral, é uma cerveja bem gostosa, e dá para tomar mais de uma em uma noite (não é muito forte). Ótimo para quem quer começar a conhecer novos sabores.
Quanto ao custo benefício, não posso falar pois ganhei de presente da minha noiva !
Sabor: 4
Aspecto Geral: 4
A cervejeria Wäls, sediada na região da Pampulha, em Belo Horizonte é uma das que me trouxeram alegre surpresa recentemente. Fundada em 1999, tem em sua carta vários tipos interessantes. A desse post será a Dubbel Ale. Cervejas Dubbel são sempre interessantes, por serem muito diferentes umas das outras. Por permitirem a adição de vários condimentos / complementos, são mostra da criatividade dos mestres cervejeiros.
A Dubbel da Wäls tem apresentação premium, com rolha de espumante. Colocada no copo, tem a cor escura, puxado para o púrpura, bem turva. Quase não faz espuma. O aroma é bem doce, de frutas secas, uvas passa, ameixa e jabuticadas. O fundo é defumado e tem um fundo alcoólico pronunciado (7,5%).
Na boca, tem baixíssima carbonetação, quase sem acidez. Ela é bem pouco lupulada também, o que faz com que o amargor dessa cerveja seja bem tímido (ele aparece só no final e é pouco persistente). O sabor é de maltes torrados, mas não pronunciado, completado pelas uvas passas e jabuticabas maduras.
No geral, é uma cerveja bem gostosa, e dá para tomar mais de uma em uma noite (não é muito forte). Ótimo para quem quer começar a conhecer novos sabores.
Quanto ao custo benefício, não posso falar pois ganhei de presente da minha noiva !
Sabor: 4
Aspecto Geral: 4
Lambic Lindemans Framboise
O post de hoje é sobre um dos tipos mais antigos de cerveja. Da época em que o lúpulo ainda não era considerado um componente essencial da cerveja. Mais antiga do que a própria lei alemã da pureza (Reinheitsgebot).
Nessa época, sobras de frutas da estação, já em processo de fermentação natural, eram usadas para dar um sabor extra à cerveja. Isso acontecia também porque não se utilizava leveduras para fazer a fermentação (as bactérias que transformavam o malte em açúcar e álcool eram as próprias das cascas das frutas).
Esse rótulo tem origem em uma vila bem pequena da Bélgica, aproximadamente 100 km a sudoeste de Bruxleas, com aproximadamente 8 mil habitantes. Por isso recebe seu nome: Lembeek.
E ainda hoje, ela é feita da mesma maneira que no passado. Somente as bactérias selvagens do ar de Lembeek são responsáveis por fazer a fermentação inicial da cerveja. Para isso, o mosto é exposto ao ar, através de aberturas nas áreas de fermentação. Por isso, cada lote sai diferente e único. Cada lote representa a pureza e sabedoria da natureza em transformar e criar sabores únicos. No geral, os sabores são secos, ácidos, vínicos e as vezes amargos.
As frutas ainda são adicionadas para trazer sabor, o que cria uma diversão à parte, pois não parece algo "adicionado"... da maneira que é feita, parece que era para ser assim !
A Lindemans é uma das mais tradicionais cervejarias lambic que existem hoje. Ela está funcionando desde 1809, e ainda é controlada pela família. Alem do tipo Framboise, eles fazem mais seis tipos de cervejas, incluindo as Kriek (cereja), Cassis e Maçã.
A Lindemans Framboise recebe suco de framboesas após a fermentação. Ela vem em uma garrafa com rolha de cortição, parecendo um pequeno espumante. Colocada no copo a cor é bem avermelhada, parecendo um rubi. A espuma é de baixa densidade e de difícil formação. Nem parece cerveja.... parece aqueles vinhos com adição de frutas (Keep Cooler).
Colocado o copo perto do nariz, há uma explosão de aromas, totalmente diferentes do que se espera. Nada de lúpulo ou malte... muita framboesa e vinho do porto (um fundo doce). Estupendo !
Na boca, o sabor é ácido e seco, como eu esperava. Mas é bem pouco doce, como eu não esperava (aqui ela se diferencia totalmente dos Keep Cooler). Também quase não há amargor ou gosto de álcool residual. Assim como no aroma, prevalece a framboesa no sabor.
No geral, esse rótulo permite uma experiência diferenciada... bem diferente do que se espera de uma cerveja "normal", e vai surpreender até os que não estão acostumados com cervejas diferentes. Altamente recomendado. Há apenas um ponto não tão bom: o preço geralmente são um pouco altos. No bar que tomei (Melograno) paguei R$48 por 350 ml.
Mas já encontrei aqui em Rio Claro, no Los Compadres, por R$ 19.90. Ainda sim, é um preço alto, mas vale à pena de vez em quando !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 5
Custo Benefício: 3
Nessa época, sobras de frutas da estação, já em processo de fermentação natural, eram usadas para dar um sabor extra à cerveja. Isso acontecia também porque não se utilizava leveduras para fazer a fermentação (as bactérias que transformavam o malte em açúcar e álcool eram as próprias das cascas das frutas).
Esse rótulo tem origem em uma vila bem pequena da Bélgica, aproximadamente 100 km a sudoeste de Bruxleas, com aproximadamente 8 mil habitantes. Por isso recebe seu nome: Lembeek.
E ainda hoje, ela é feita da mesma maneira que no passado. Somente as bactérias selvagens do ar de Lembeek são responsáveis por fazer a fermentação inicial da cerveja. Para isso, o mosto é exposto ao ar, através de aberturas nas áreas de fermentação. Por isso, cada lote sai diferente e único. Cada lote representa a pureza e sabedoria da natureza em transformar e criar sabores únicos. No geral, os sabores são secos, ácidos, vínicos e as vezes amargos.
As frutas ainda são adicionadas para trazer sabor, o que cria uma diversão à parte, pois não parece algo "adicionado"... da maneira que é feita, parece que era para ser assim !
A Lindemans é uma das mais tradicionais cervejarias lambic que existem hoje. Ela está funcionando desde 1809, e ainda é controlada pela família. Alem do tipo Framboise, eles fazem mais seis tipos de cervejas, incluindo as Kriek (cereja), Cassis e Maçã.
A Lindemans Framboise recebe suco de framboesas após a fermentação. Ela vem em uma garrafa com rolha de cortição, parecendo um pequeno espumante. Colocada no copo a cor é bem avermelhada, parecendo um rubi. A espuma é de baixa densidade e de difícil formação. Nem parece cerveja.... parece aqueles vinhos com adição de frutas (Keep Cooler).
Colocado o copo perto do nariz, há uma explosão de aromas, totalmente diferentes do que se espera. Nada de lúpulo ou malte... muita framboesa e vinho do porto (um fundo doce). Estupendo !
Na boca, o sabor é ácido e seco, como eu esperava. Mas é bem pouco doce, como eu não esperava (aqui ela se diferencia totalmente dos Keep Cooler). Também quase não há amargor ou gosto de álcool residual. Assim como no aroma, prevalece a framboesa no sabor.
No geral, esse rótulo permite uma experiência diferenciada... bem diferente do que se espera de uma cerveja "normal", e vai surpreender até os que não estão acostumados com cervejas diferentes. Altamente recomendado. Há apenas um ponto não tão bom: o preço geralmente são um pouco altos. No bar que tomei (Melograno) paguei R$48 por 350 ml.
Mas já encontrei aqui em Rio Claro, no Los Compadres, por R$ 19.90. Ainda sim, é um preço alto, mas vale à pena de vez em quando !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 5
Custo Benefício: 3
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Bear Beer Extra Strong
Hoje falaremos do rótulo Extra Strong da marca Bear Beer, da cervejaria Darguner Brewery. Essa cervejaria fica na província de Dargun, bem ao norte da Alemanha, quase na divisa com a Dinamarca (aproximadamente 240 Km de Berlin).
O diferencial dessa cerveja é a enorme quantidade de álcool: 12%. Quase três vezes o que contem uma cerveja normal no Brasil. Ou seja, tomar uma lata dessa cerveja é a mesma coisa que tomar três latas de Skol. Completando que ela só é vendida em latas de 500 ml... dá para ficar bem relaxado !
Para garantir esse teor de álcool, durante o processo de fermentação, açúcar extra (em forma de xarope de glicose) é adicionada ao mosto. Isso aumenta o trabalho da levedura, que produz muito mais álcool do que o normal.
Porém, não somente de álcool essa cerveja é feita. Uma coisa que me chamou muita atenção é que, quando abri e coloquei no copo (tipo flauta, com bojo um pouco mais largo), o aroma de malte espalhou por onde eu estava (e eu estava em um lugar aberto).
Colocando o copo no nariz, o aroma é doce e fermentado. Notas de vinho do porto, farinha de mandioca e frutas cristalizadas (bem no fundo) são trazidos. A cor é âmbar escuro, com leves tons de vermelho. A espuma é pouco densa, de fácil formação, e a carbonetação é média.
Na boca, o primeiro gosto é de álcool... com se fosse uma bebida destilada. É bem forte mesmo. A acidez é leve, mas perceptível. O segundo gosto é bem doce (devido ao xarope de glicose e a fermentação extra da cerveja). O amargor é leve, no final da língua.
No geral, é uma cerveja bem forte... porém não no sabor. O álcool e o açúcar roubam a cena e eu não consegui perceber mais nenhum outro. Não dá para tomar mais de uma... ela é meio enjoativa e de fato, você não vai querer ficar tão bêbado assim com tão pouca cerveja.
Vale experimentar uma, até porque, em Rio Claro, o custo benefício é bem alto. Comprei no supermercado Enxuto por R$ 6,90 (pouco para uma cerveja diferenciada).
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 3
Custo Benefício: 4
O diferencial dessa cerveja é a enorme quantidade de álcool: 12%. Quase três vezes o que contem uma cerveja normal no Brasil. Ou seja, tomar uma lata dessa cerveja é a mesma coisa que tomar três latas de Skol. Completando que ela só é vendida em latas de 500 ml... dá para ficar bem relaxado !
Para garantir esse teor de álcool, durante o processo de fermentação, açúcar extra (em forma de xarope de glicose) é adicionada ao mosto. Isso aumenta o trabalho da levedura, que produz muito mais álcool do que o normal.
Porém, não somente de álcool essa cerveja é feita. Uma coisa que me chamou muita atenção é que, quando abri e coloquei no copo (tipo flauta, com bojo um pouco mais largo), o aroma de malte espalhou por onde eu estava (e eu estava em um lugar aberto).
Colocando o copo no nariz, o aroma é doce e fermentado. Notas de vinho do porto, farinha de mandioca e frutas cristalizadas (bem no fundo) são trazidos. A cor é âmbar escuro, com leves tons de vermelho. A espuma é pouco densa, de fácil formação, e a carbonetação é média.
Na boca, o primeiro gosto é de álcool... com se fosse uma bebida destilada. É bem forte mesmo. A acidez é leve, mas perceptível. O segundo gosto é bem doce (devido ao xarope de glicose e a fermentação extra da cerveja). O amargor é leve, no final da língua.
No geral, é uma cerveja bem forte... porém não no sabor. O álcool e o açúcar roubam a cena e eu não consegui perceber mais nenhum outro. Não dá para tomar mais de uma... ela é meio enjoativa e de fato, você não vai querer ficar tão bêbado assim com tão pouca cerveja.
Vale experimentar uma, até porque, em Rio Claro, o custo benefício é bem alto. Comprei no supermercado Enxuto por R$ 6,90 (pouco para uma cerveja diferenciada).
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 3
Custo Benefício: 4
sábado, 25 de agosto de 2012
Edelweiss Hefetrüb Weissbier
O assunto desse post é o maravilhoso rótulo Edelweiss Hefetrüb Weisbier, fabricado pela cervejaria austríaca Kautenhausen, que tem mais de 530 anos de tradição.
No Brasil, esse rótulo é comercializado pelas Cervejarias Heineken, que merece nosso respeito pela ótima lager premium e por propiciar a nós, Brasileiros, a possibilidade de experimentar outros rótulos maravilhosos.
O Edelweiß é uma flor branca que nasce nos Alpes da Europa na região da França, Itália, Suíça, Iugoslávia e Áustria, onde, tradicionalmente, se tornou o símbolo do país. É uma flor de verão de climas temperados, portanto, nasce nas porções mais altas e frias das montanhas.
Existem muitas lendas sobre esta flor. Uma delas diz que um rapaz, quando apaixonado por uma garota, deveria escalar a montanha, numa expedição difícil e arriscada, pegar um edelweiss e trazê-lo para a amada como prova de seu amor. Ainda hoje, no folclore austríaco, as danças e músicas tirolezas fazem referência a esta lenda. *
Como toda boa Weissbier, ela tem uma cor maravilhosa e um sabor complexo, cheio de notas frutadas e divertidas.
Esse tipo de cerveja deve ser servido conforme a tradição: em um copo que caiba todo o volume da garrafa. Geralmente, eu passo um pouco de água no copo antes de servir, para evitar a formação de espuma ao despejar. Nunca se deve despejar todo o conteúdo da garrafa no copo de uma vez. O malte de trigo decanta na fermentação, então um "restinho" (de aproximadamente 1 ou 2 dedos) deve ser deixado na garrafa, para que o que decantou seja misturado novamente.
Quando isso é feito, a cerveja, que tinha uma cor dourada e limpa, passa a ter uma cor amarelada turva e opaca, sendo que o espetáculo da mistura acontece lentamente.
Colocado o copo perto do nariz, a Edelweiss propicia aromas de azeitonas verdes, bananas e laranjas (levemente ácido), com final de lúpulo. A espuma de baixa densidade. Quanto a formação, na maneira de servir, ela só é formada na própria garrafa.
Na boca, o liquido é aveludado e de média densidade. O primeiro sabor é de bananas, bem acentuado, misturado com chiclete de tutti-frutti. O amargor do lúpulo é redondo, não muito forte. Primeiramente, ele vem junto com uma leve acidez, depois sobra só o amargor sóbrio e bem equilibrado. O gosto final é composto do amargor e de um final levemente doce, que completa a complexa experiência da degustação.
Essa cerveja é deliciosa e impressionantemente leve, o que a faz uma ótima pedida para pessoas que ainda não estão acostumados com cervejas diferentes e querem experimentar algo novo. Vai muito bem com carnes (degustei junto com uma fraldinha com bacon na cerveja e arroz carreteiro). O rico sabor levemente adocicado atravessa o sabor forte da Fraldinha e completa a residual doçura do bacon.
Quanto ao custo benefício, fica difícil estimar pois ela é presente, mas em geral é alto, tendo um preço médio de R$ 11 no supermercado.
Por fim, faço uma menção honrosa à minha cunhada, a Mari, por ter me presenteado com essa delícia (e com várias outras coisinhas), e ter nos divertido com sua visita !
* Retirado do blog Das Haus Die Frau
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 5
No Brasil, esse rótulo é comercializado pelas Cervejarias Heineken, que merece nosso respeito pela ótima lager premium e por propiciar a nós, Brasileiros, a possibilidade de experimentar outros rótulos maravilhosos.
O Edelweiß é uma flor branca que nasce nos Alpes da Europa na região da França, Itália, Suíça, Iugoslávia e Áustria, onde, tradicionalmente, se tornou o símbolo do país. É uma flor de verão de climas temperados, portanto, nasce nas porções mais altas e frias das montanhas.
Existem muitas lendas sobre esta flor. Uma delas diz que um rapaz, quando apaixonado por uma garota, deveria escalar a montanha, numa expedição difícil e arriscada, pegar um edelweiss e trazê-lo para a amada como prova de seu amor. Ainda hoje, no folclore austríaco, as danças e músicas tirolezas fazem referência a esta lenda. *
Como toda boa Weissbier, ela tem uma cor maravilhosa e um sabor complexo, cheio de notas frutadas e divertidas.
Esse tipo de cerveja deve ser servido conforme a tradição: em um copo que caiba todo o volume da garrafa. Geralmente, eu passo um pouco de água no copo antes de servir, para evitar a formação de espuma ao despejar. Nunca se deve despejar todo o conteúdo da garrafa no copo de uma vez. O malte de trigo decanta na fermentação, então um "restinho" (de aproximadamente 1 ou 2 dedos) deve ser deixado na garrafa, para que o que decantou seja misturado novamente.
Quando isso é feito, a cerveja, que tinha uma cor dourada e limpa, passa a ter uma cor amarelada turva e opaca, sendo que o espetáculo da mistura acontece lentamente.
Colocado o copo perto do nariz, a Edelweiss propicia aromas de azeitonas verdes, bananas e laranjas (levemente ácido), com final de lúpulo. A espuma de baixa densidade. Quanto a formação, na maneira de servir, ela só é formada na própria garrafa.
Na boca, o liquido é aveludado e de média densidade. O primeiro sabor é de bananas, bem acentuado, misturado com chiclete de tutti-frutti. O amargor do lúpulo é redondo, não muito forte. Primeiramente, ele vem junto com uma leve acidez, depois sobra só o amargor sóbrio e bem equilibrado. O gosto final é composto do amargor e de um final levemente doce, que completa a complexa experiência da degustação.
Essa cerveja é deliciosa e impressionantemente leve, o que a faz uma ótima pedida para pessoas que ainda não estão acostumados com cervejas diferentes e querem experimentar algo novo. Vai muito bem com carnes (degustei junto com uma fraldinha com bacon na cerveja e arroz carreteiro). O rico sabor levemente adocicado atravessa o sabor forte da Fraldinha e completa a residual doçura do bacon.
Quanto ao custo benefício, fica difícil estimar pois ela é presente, mas em geral é alto, tendo um preço médio de R$ 11 no supermercado.
Por fim, faço uma menção honrosa à minha cunhada, a Mari, por ter me presenteado com essa delícia (e com várias outras coisinhas), e ter nos divertido com sua visita !
* Retirado do blog Das Haus Die Frau
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 5
domingo, 12 de agosto de 2012
Baden Baden Bock
A cerveja tipo Bock é a prova de que cervejas Lager, de baixa fermentação, podem ser tão fortes e saborosas como as cervejas Ale. Esse tipo de cerveja tem origem na Alemanha, na cidade de Einbeck
Geralmente é escura, com forte sabor de malte, pouco amarga (pouco lupulada) e de fato foi criada sendo uma cerveja Ale. Somente no século 17 foi adaptada para a maneira Lager de se fazer cerveja. É historicamente associada a ocasiões especiais como festivais religiosos, e geralmente só podia ser consumida pelos monges.
A Baden Baden Bock vai ao encontro da tradição, adicionando açúcar mascavo na sua composição e maltes importados, que fazem com que ela tenha um sabor balanceado e refinado.
A degustação foi à temperatura pouco menor que a ambiente (10 °C). Isso deve ser feito para que o sabor seja totalmente revelado (o frio adormece as papilas gustativas).
Colocada no copo, sua cor ambar escuro é revelada. Sua espuma é de difícil formação e o líquido aveludado tem média densidade.
No nariz, o aroma é de malte torrado, com fundo doce. Lembra balas toffe, mas quelas que tinham embalagem preta. Mesmo o aroma tem fundo alcoólico.
Na boca, sobressai o sabor adocicado com pouco amargor. Realmente é perceptível que há bem pouco lúpulo na formulação. O final do sabor traz notas leves de anis, com médio residual alcoólico (6,5%)
No geral, é uma cerveja muito boa, porem, eu achei um pouco doce demais. É para se tomar uma e depois partir para alguma cerveja mais lupulada, como uma Heineken ou Stela Artois. Tomei junto com um sanduiche de pastrami com salada, e de fato, ela combina com carnes de sabores fortes (completa o sabor levemente ácido do pastrami).
Recomendo para quando quiser experimentar algo diferente, como início de um jantar aonde não se queria tomar um vinho.
O custo benefício é o mesmo de todas as Baden Baden, paguei R$ 11,90. Acho esse custo benefício alto, pois é uma cerveja que traz um experiência diferente por um preço módico.
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 3
Custo Benefício: 4
sábado, 14 de julho de 2012
Bacia Hidrográfica da Cerveja
Faz um tempo que achei esse infográfico na revista Super Interessante, e resolvi postar no Blog. Achei no site Confraria da Birita.
Vou colar aqui em baixa resolução, mas segue o link para download em alta: http://confrariadabirita.com.br/bacia-hidrografica-da-cerveja.html
Vou colar aqui em baixa resolução, mas segue o link para download em alta: http://confrariadabirita.com.br/bacia-hidrografica-da-cerveja.html
Baden Baden Red Ale
Faz algum tempo que estou para falar desse rótulo, atualmente o meu preferido. E como hoje está bem frio em Rio Claro, vou juntar a sede com a vontade de beber.
Essa foi a primeira cerveja especial que eu experimentei, na praia do Guarujá, com meu Pai. Lembro que eu adorei e ele não, pois achou muito forte. Foi dela que nasceu minha vontade de conhecer mais sobre essa bebida. Fico ainda mais feliz de falar dela por ser uma cerveja Brasileira, feita em Campos do Jordão.
Deixei na geladeira para não ficar muito gelada, afinal as papilas gustativas devem estar bem "acordadas" para saborear todas as nuances do sabor e aroma. Comecei a degustação com 1,5 °C, com a esperança que ela chegue a 6 °C (que é a temperatura ideal). Isso é muito quente para uma cerveja tradicional.
Colocada no copo, a cor vermelho escuro predomina. Parece vinho rosé. A espuma é pouco densa, de fácil formação, ainda mais devido à temperatura de servir. O aroma é de rapadura e açúcar mascavo com fundo de banana (mesmo não sendo uma cerveja de trigo). Depois desse aroma, vem os caramelos, o café, e por último, o lúpolo, que segundo o site do fabricante, é herbal.
O aroma é realmente especial, de ficar bastante tempo só sentindo e apreciando. Como eu comecei com a cerveja mais gelada do que o necessário, não tive a preocupação dela "esquentar".
Na boca, o primeiro sabor que aparece é o amargor. Porém, é um amargor equilibrado - já tomei lagers que são mais amargas. Quando o amargor passa, um leve sabor doce complementa, com o lúpulo no fundo. O sabor de alcool é forte também, afinal ela tem 9,2% de alcool (o dobro das cervejas Pilsners normais, como Skol e Bhrama).
O custo benefício é alto. ela custa aproximadamente R$ 11 no supermercado, uma garrafa de 600 ml. Com esse preço, fica na frente de muitas cervejas importadas, que custam ás vezes até duas vezes mais, e não entregam tanto aroma e sabor.
Enfim, é uma cerveja maravilhosa. Porém, quem não está acostumado, vai achar bem forte e amarga, por isso, se for experimentar, tenha a mente aberta !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 5
Custo Benefício: 5
Essa foi a primeira cerveja especial que eu experimentei, na praia do Guarujá, com meu Pai. Lembro que eu adorei e ele não, pois achou muito forte. Foi dela que nasceu minha vontade de conhecer mais sobre essa bebida. Fico ainda mais feliz de falar dela por ser uma cerveja Brasileira, feita em Campos do Jordão.
Deixei na geladeira para não ficar muito gelada, afinal as papilas gustativas devem estar bem "acordadas" para saborear todas as nuances do sabor e aroma. Comecei a degustação com 1,5 °C, com a esperança que ela chegue a 6 °C (que é a temperatura ideal). Isso é muito quente para uma cerveja tradicional.
Colocada no copo, a cor vermelho escuro predomina. Parece vinho rosé. A espuma é pouco densa, de fácil formação, ainda mais devido à temperatura de servir. O aroma é de rapadura e açúcar mascavo com fundo de banana (mesmo não sendo uma cerveja de trigo). Depois desse aroma, vem os caramelos, o café, e por último, o lúpolo, que segundo o site do fabricante, é herbal.
O aroma é realmente especial, de ficar bastante tempo só sentindo e apreciando. Como eu comecei com a cerveja mais gelada do que o necessário, não tive a preocupação dela "esquentar".
Na boca, o primeiro sabor que aparece é o amargor. Porém, é um amargor equilibrado - já tomei lagers que são mais amargas. Quando o amargor passa, um leve sabor doce complementa, com o lúpulo no fundo. O sabor de alcool é forte também, afinal ela tem 9,2% de alcool (o dobro das cervejas Pilsners normais, como Skol e Bhrama).
O custo benefício é alto. ela custa aproximadamente R$ 11 no supermercado, uma garrafa de 600 ml. Com esse preço, fica na frente de muitas cervejas importadas, que custam ás vezes até duas vezes mais, e não entregam tanto aroma e sabor.
Enfim, é uma cerveja maravilhosa. Porém, quem não está acostumado, vai achar bem forte e amarga, por isso, se for experimentar, tenha a mente aberta !
Sabor: 5
Aspectos Gerais: 5
Custo Benefício: 5
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Old Engine Oil – Porter
Cervejas Porter são cervejas escuras, originárias da Inglaterra,
no século 18. Descendentes das cervejas escuras, são feitas com muito lúpulo e
malte marrom. É o tipo que originou a cerveja Stout, sendo essas consideras
versões mais fortes que a cerveja Porter.
Originalmente, a cerveja Porter era feita com 100% malte escuro.
Porém, durante o século 18, malte escuros,
embora mais baratos que os maltes Pale, produziam apenas cerca de dois terços de
material fermentado.
Quando o imposto de malte foi aumentado para ajudar a pagar
a guerra napoleônica, os cervejeiros tinham um incentivo para usar menos malte.
A solução foi usar uma proporção de malte claro e adicionar o corante para
obter o tom esperado.
Quando foi aprovada uma lei em 1816 permitindo que apenas
malte e lúpulo para ser usado na produção de cerveja (uma espécie de Reinheitsgebot
inglesa), surgiu o dilema. O problema foi resolvido pela invenção de Wheeler do
malte de quase negros em 1817. Assim, se tornou possível fabricar cerveja
porter de 95% de malte pálido e 5% malte quase negro, embora a maioria dos
fabricantes de cerveja de Londres continuou a usar alguns malte marrom para o
sabor.
A cerveja escocesa Old Engine Oil Porter, feita com lúpulos Galena, Worcester Fuggles e Kent
Goldings, tem esse nome pois o primeiro Mestre-Cervejeiro da Harviestoun
(cervejaria responsável pelo rótulo), Ken Brooker, passou parte de sua vida
fazendo protótipos de madeira para a Ford Motor Company. Essa cerveja preta e
espessa fazia Ken se lembrar do óleo de motores velhos e por isso ele a batizou
em homenagem ao seu segundo amor, o motor de combustão interna.
Colocada no copo, sua cor escura, totalmente pálida, e sua
viscosidade, deixa parecer que é óleo de motor. A espuma é bem densa, e de difícil formação.
Seu aroma é caramelado, de malte torrado, com fundo doce, e
seu líquido, completando a apresentação, é de média densidade.
O sabor tem amargor médio, notas café torrado e chocolate
amargo. Achei um pouco menos amargo que a Guinness, porém mais rico, pois tem
um fundo levemente doce. Tem pouco sabor de álcool residual (6%).
No geral, apesar do nome super divertido, é uma cerveja
interessante para se experimentar. Mas o sabor é forte, por isso, os menos
acostumados vão estranhar um pouco.
O custo benefício não é tão alto... paguei R$14 em uma longneck, na padaria Gaib (a nova), em Rio Claro.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 3
domingo, 1 de julho de 2012
Badger Poacher´s Choice
Resolvi reservar um post para esse rótulo, pois quanto provei, lembrei os motivos por ter começado esse blog e experimentar cervejas diferentes.
Essa cerveja é impressionante!
Colocado no copo, ela tem cor rubi intenso. Um cobre puxado para o vermelho, que nunca tinha visto em nenhuma outra. A espuma é de difícil formação e o líquido é pouco denso.
Mesmo bebendo em copo de plástico (estava em um churrasco), o aroma que surgiu foi realmente memorável. Com estrutura bem doce, amoras, cerejas e ameixas bem marcadas. Fiquei apreciando um bom tempo antes de tomar o primeiro gole, torcendo para que o sabor completasse as notas frutadas do aroma.
Ao colocar na boca, realmente fiquei realizado. O amargor médio do começo é rapidamente substituído por um sabor levemente doce, com as frutas que estavam no aroma.
Impressionou muito o equilíbrio do nível de açúcar. Uma composição como essa pode ficar ou só na promessa ou então ficar enjoativa. Mas pode-se beber essa cerveja por bastante tempo sem enjoar ou empapuçar.
Essa cerveja realmente valeu à pena. É totalmente indicada para pessoas que querem experimentar algo diferente, mas tem medo de não gostar do sabor e jogar dinheiro fora.
O custo benefício é exponecializado pela entrega – paguei R$ 14 no Empório Folha de Uva, em Rio Claro.
Ele merece a marca Editor´s Choice.
Sabor: 5
Aspecto Geral: 5
Custo Benefício: 4
Badger First Gold
Cada dia que entro em emporiuns no Brasil e vejo cervejas diferentes, fico feliz do mercado estar crescendo e a disponibilidade de novos títulos aumentando.
Já havia experimentado um título da Badger, a Golden Glory. Por ocasião do aniversário do meu grande amigo Tiago (Marrone), comprei outros dois rótulos dessa marca, a First Gold, que vamos falar aqui, e a Poacher´s Choice.
Todas elas são marcas da cervejaria Hall & Woodhouse, e são produzidas desde 1777. Hoje, essa cervejaria é aque mais produz cervejas Ales do Reino Unido e a quarta maior produtora do mundo.
A First Gold usa o exclusivo lúpulo floral inglês First Gold.Colocada no copo, seu aroma é de malte torrado, com fundo doce. Tem um belo floral misturado. Seu líquido é de baixa densidade e a espuma é de fácil formação. Sua cor é cobre pálida, bem transparente. Seu paladar é limpo e ligeiramente picante, com sutis traços de laranja. É bem refrescante. Porém, o sabor não é muito pronunciado. Até o amargor, que é o que mais se sobressai, e bem mais leve do que o normal para Ales.
No geral, achei uma cerveja “charmosa”, boa para tomar em dia quente (quanto bem gelada), e acompanhar alguma sobremesa mais doce (ela vai contrabalancear o sabor). Recomendada!
O custo benefício é interessante, paguei R$ 14 no Empório Folha de Uva, em Rio Claro.
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 4
Duvel
O Diabo... místico, inebriante e sedutor ! Não é à toa que a cerveja desse post empresta o nome desse ser peculiar. Ela é uma cerveja peculiar.
A história dessa cerveja começou no dia 12 de setembro de 1871 quando Jan-Leonard Moortgat, juntamente com a mulher, Maria Hendrika De Block, construiu a cervejaria Moorthgat no centro da cidade de Breendonk, localizada próxima a Bruxelas e Antuérpia na Bélgica. Era uma cervejaria familiar com a produção vendida somente no mercado local.
A história da cervejaria (e da cerveja) começou a mudar no ano de 1918, quando Albert viajou para a Escócia com o objetivo de obter uma amostra da levedura da cerveja McEwan's, que seria empregada na produção de uma nova cerveja semelhante às inglesas, que estavam muito populares nesta época. Segundo a cervejaria, foi Van De Wouwer, um sapateiro e amigo de Albert, que descreveu a cerveja como um verdadeiro diabo (“nen echten Duvel”), isto porque sua graduação alcoólica era extremamente alta, aproximadamente 8.5%. Daí surgiu, em 1923, o nome para a cerveja que passaria a ser conhecida como DUVEL, que em idioma flamenco significa diabo.*
Considerada por muitos a versão definitiva da denominação Belgian Strong Golden Ale, é feita com malte Pilsner e açúcar branco, e com lúpulos Saaz e Styrian Goldins. Há uma particularidade super interessante na produção dessa cerveja, ela é um misto de cerveja lager e cerveja ale.
A fermentação é feita em duas partes. A primeira leva de 4 a 8 dias com a levedura Saccharomyces cerevisiae cerevisiae, à temperatura ambiente (20°C a 26°C). A segunda leva aproximadamente 20 dias, e é feita à baixas temperaturas (-2°C).
Após isso, ela é maturada durante 2 semanas na própria garrafa, com uma adição extra de leveduras, e depois é maturada durante 6 semanas a aproximadamente 5°C.
A degustação deve ser feita à temperatura ambiente (não se deve bebê-la gelada pois isso atrapalha as papilas gustativas a sentir os sabores). Colocada no copo correto, a espuma é pouco densa e de fácil formação. A cor é amarelo brilhante, porém um pouco turvo. O aroma é de lúpulo, com um fundo doce. Ao levar à boca, o líquido é bem pouco denso. Seu sabor é super equilibrado, entre o doce e o amargo, com sabor de álcool devido ao seu alto grau alcoólico.
No geral, é uma cerveja muito boa. Mas achei que ficou faltando algo. Ele á uma cerveja simples, com um final doce. Geralmente, as Golden Ale são aquelas que as cervejarias escolhem para acrescentar sabores diferentes e inusitados á fórmula (vide Baden Baden Golden Ale). Isso faz sentido se você considerar a sua origem (Bélgica). Vale a pena experimentar, mas com certeza, não se tornou uma de minhas favoritas.
Quanto ao custo benefício, acho baixo pois paguei aproximadamente R$25 em um bar, em São Paulo. Há cervejas mais baratas que entregam uma experiência mais memorável.
Sabor: 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 2
* História retirada do site Mundo das Marcas.
domingo, 20 de maio de 2012
Baden Baden 1999 Bitter Ale
Bitter Ale é uma denominação inglesa para o tipo de cerveja mais conhecido como Pale Ale, portanto, é uma denominação exclusiva de lá.
Pale Ales tem a característica singular de levar maltes secos (defumados) com coque (tipo de combustível derivado do carvão betuminoso). Variam muito com relação ao sabor e possuem vários subtipos, como a Ordinary Bitter (com até 4,1 % de álcool e também conhecida como IPA); Regular Bitter (com teor alcoólico variando entre 4,1 % e 4,7%) e Strong Bitter (com teores alcoólicos acima de 4,8%).
Fora da Inglaterra (principalmente nos EUA), o termo Pale Ale é o mais utilizado, ficando reservado para as Bitter a denominação de cervejas com menor teor alcoólico e com menos sabor de lúpulo.
Utilizando a classificação inglesa (e não americana), a Baden Baden apresenta sua Bitter Ale, primeira cerveja produzida por eles, justamente no ano de 1999, quando a cervejaria foi aberta.
É uma cerveja deliciosa, principalmente para ser consumida no inverno. No copo, sua cor é cobre, bem avermelhada. Sua espuma é de fácil formação e longa permanência, mas pouco densa.
O aroma dá indícios de que é realmente uma cerveja especial, feita manualmente. Delicado, de fundo floral, misturando caramelos e vinho do porto. Vale apreciar bastante antes de beber.
O líquido é pouco denso, mas envolve a língua de maneira uniforme. O sabor também é delicado. O fundo é doce, com notas de caramelos. Ao final, respeitando a denominação Bitter, é pouco amarga (se comparado com outras Ales). Tem um leve sabor de álcool (5,7%) residual.
É uma cerveja muito boa para apreciar com a namorada (geralmente mulheres gostam de bebidas mais doces) e ao mesmo tempo experimentar algo diferente das Pilsen. Por ser bem menos amarga que as Ale comuns e ter um fundo doce, deve agradar. E por ter um teor alcóolico levemente maior, é indicada para o nosso inverno. Tudo isso com as vantagens de uma cerveja artesanal: sabores e aromas surpreendentes.
Tome com calma e não tenha medo que ela esquente. Cervejas desse tipo (ale artesanais) foram feitas para serem tomadas à temperatura ambiente. Quando isso é feito, novos sabores são revelados (cerveja muito gelada amortece as papilas gustativas, dificultando a percepção dos sabores).
O custo benefício é bom também: no super mercado, o preço varia entre R$ 9 a R$ 11 a garrafa de 500 ml.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 4
Pilsner Urquell
O tipo de cerveja conhecida como Pilsen no Brazil, (ou Pilsner no resto do mundo, ou Pils na Alemanha) é a tipo mais vendido no mundo todo. Estima-se que 9 em cada 10 cervejas sejam desse tipo.
Existem três grandes tipos de Pilsner: as Tchecas tem sabor mais leve enquanto as Alemãs tem sabor mais amargo e as Holandesas sabor mais doce.
Sua origem data do ano de 1842, por uma receita do cervejeiro Josef Groll (conhecido com o pai da Pilsner), como resposta ao descontentamento dos cidadãos da cidade de Pilsen (na região da Bavária, na República Tcheca) com a qualidade da cerveja de alta fermentação (Ale) que estava disponível.
Groll então decidiu fazer a fermentação nas próprias garrafas, em uma caverna, para que ela acontecesse à baixa temperatura. Seguiu também a lei da Bavária (ou lei Alemã da Pureza – Reinheitsgebot, que originalmente obrigava a cerveja ter apenas água, malte de cevada e lúpulo) o que garantiu um líquido claro e com pouco grau alcoólico (totalmente o oposto das cevejas tipo Ale existentes até então).
Aqui vale uma ressalva em relação às cervejas Pilsen brasileiras (Skol, Bhrama, Antártica, etc.) Elas são totalmente diferentes da Pilsner original. Devido ao nosso clima e o padrão do nosso paladar, são adicionados arroz e cereais não maltados à constituição, o que retira quase que todo o amargor original, e deixa a cerveja mais leve ainda.
É sobre essa primeira cerveja criada por Groll que vamos falar hoje. A Pilsner Urquell (em tcheco, o nome é Prazdroj, e o significado é “fonte original”).
Comercializada pela SABMiller, é considera da primeira Pilsner do mundo, a mãe do gênero. Utiliza em sua formulação o famoso lúpulo Saaz que tem um aroma floral e picante e o malte de cevada de Moravia dá um toque suave e delicado.
No copo, a cor é um amarelo dourado, pálido. O aroma é bem suave, de lúpulo, seco e puro. Tem fundo floral (mas bem pouco). A espuma é de difícil formação, bem pouco densa. Na boca, o líquido é de média densidade (estava bem gelado, o que aumenta um pouco essa sensação). O sabor é de lúpulo, com amargor moderado para médio. Como era de se esperar não se sente o gosto do álcool.
No geral, é uma cerveja gostosa, sem frescura. Por isso não recomendo para quer tomar uma cerveja “diferente”; recomendo para quem quer tomar uma cerveja de qualidade. Quem gosta de Heineken ou Stella Artois deve gostar dessa, lembrando que ela tende a ser menos doce. Não tem muita diferença das outras Pilsner tchecas que já foram assunto desse blog (1975 e Bernardo Celebration).
Por fim, considero um custo benefício baixo – a garrafa custa em média R$ 17 (existem cervejas mais baratas que me trouxeram mais diversão).
A foto ao lado é no Pub PHD, no Boulevard do Jardins, em Rio Claro, onde apreciei o rótulo.
Sabor : 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 2
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Badger Golden Glory
A cervejaria familiar artesanal Hall & Woodhouse, fundada em 1777, está localizada na região sudoeste da Inglaterra, em Blandford, no condado de Dorset. Hoje comandada pela quinta geração e líder na produção de cervejas Ales da Inglaterra. Atualmente produz mais de 15 rótulos, todas Ale.
É de lá que vem o fantástico rótulo de hoje. A Badger Golden Glory é produzida com flores de pêssego e maltes especiais. Mas para essa cerveja, quero logo ir para a análise, pois ela é fenomenal!!!!
Colocada no copo a cor dourada, puxado para o mel, te deixa ansioso para a experiência que está por vir. A espuma de fácil formação e densidade média denuncia a alta fermentação na medida certa.
E vem o aroma... Mato molhado quando chove, junto com doce de pêssego em calda com fundo de manjericão.
O aroma é excepcional! Se iguala à Golden Ale que experimentei em Gramado, no Santa Brígida. Por mim, junto com a cerveja Gaúcha, são os melhores aromas de cerveja que eu já senti! Muito perfumado! Lembrei-me dos chicletes Trident sabor Connection Bali Sunrise Fruit, que vem na caixinha preta.
O primeiro gosto é levemente amargo, menos do que normalmente são as Ale. Na verdade, se não soubesse, acharia que ela uma Lager leve, ao estilo das Tchecas. O segundo gosto é de pêssego. Ela é levemente doce, com fundo de bolo. Pouco gosto de álcool (4,5), líquido de média densidade, quase aveludado.
Resumindo, todos que gostam de cerveja, se puderem, devem experimentar esse rótulo. Ele não é tão fácil de achar, e nem tão barato (R$ 18 em média), mas com certeza é uma experiência sensorial única.
Sabor: 5
Aspecto Geral: 5
Custo Benefício: 4
sábado, 7 de abril de 2012
Bernard Celebration
Hoje vou falar sobre esse rótulo lager premium da República Tcheca, presente do meu querido amigo Rafael Marconato.
Segundo o site da sua importadora, a Tarantino, desde que começou a ser produzida, em 1995, essa cerveja é considerada por muitos tchecos a melhor cerveja especial da República Tcheca. Alguns diferenciais são que ela não é pasteurizada (usam um processo de microfiltragem), que sua fermentação final é feita na própria garrafa, durante os últimos 7 dias do processo produtivo e utiliza lúpulos tchecos e água mineral das montanhas da Morávia.
A sua apresentação é luxuosa, em garrafa flip-top e sua cor é dourada com fundo cobre, um pouco fosca. Sua espuma é de fácil formação e baixa densidade.
Seu aroma é bem suave, principalmente constituído por lúpulo. Na boca, ela tem um forte gosto de lúpulo, com um amargor médio-alto. Nada doce!
O primeiro gosto não é tão amargo, mas o gosto residual é bem caprichado, com fundo completo e saboroso. O líquido é aveludado e bem denso (o que não é comum em cervejas lager).
No geral, é uma cerveja muito boa, sem frescuras. Com gosto de cerveja e nada mais. Boa para tomar várias, pois não empapuça e não enjoa.
Pontuação
Sabor : 3
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: NA - foi presente ! Hehehe !
PS: foto retirada do site Santa Cerveja (http://santacerveja.blogspot.com.br/2011/08/bernard-celebration.html)
domingo, 11 de março de 2012
Therezópolis Ebenholz
Vamos hoje falar sobre o novo rótulo da cervejaria St. Gallen, uma Dunkel Premium produzidos com a água da região de Therezópolis, no Rio de Janeiro.
A cervejaria St. Gallen ficou conhecida por fabricar a o rótulo Therezópolis Gold, homenagem ao empreendedor Alfredo Claussen, descendente de imigrantes dinamarqueses que povoaram Teresópolis – RJ, durante o século XIX.
Com a expansão do mercado, e a disponibilidade de vários rótulos nos supermercados, a cervejaria decide aumentar sua família.
Porém, o rótulo em questão não deixa tão marcante a lembrança. É uma Dunkel normal, sem muitas características especiais, que a diferenciariam de outros rótulos disponíveis, as vezes até pelo mesmo preço.
A sua cor é marrom avermelhado (Ebenholz significa ébano em Alemão) e sua espuma é densa, de fácil formação.
O aroma é simples, levemente adocicado, puxado para o malte torrado.
O sabor tem corpo médio assim como o amargor. Ela tem menos gosto de café do que outras Dunkell que eu já experimentei e é levemente doce no final. Como eu disse, o sabor não é nada diferençável e tem média presença alcoólica, mesmo com teor normal (5,5%).
No geral, a cerveja não é ruim, mas pelo preço disponível (aprox. R$ 9) é possível beber cervejas muito melhores, que oferecem sabores e aromas distintos.
Assim, vale experimentar, mas não repetir.
Pontuação
Sabor: 2
Aspecto Geral: 2
Custo Benefício: 2
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