O assunto desse post é o maravilhoso rótulo Edelweiss Hefetrüb Weisbier, fabricado pela cervejaria austríaca Kautenhausen, que tem mais de 530 anos de tradição.
No Brasil, esse rótulo é comercializado pelas Cervejarias Heineken, que merece nosso respeito pela ótima lager premium e por propiciar a nós, Brasileiros, a possibilidade de experimentar outros rótulos maravilhosos.
O Edelweiß é uma flor branca que nasce nos Alpes da Europa na região da França, Itália, Suíça, Iugoslávia e Áustria, onde, tradicionalmente, se tornou o símbolo do país. É uma flor de verão de climas temperados, portanto, nasce nas porções mais altas e frias das montanhas.
Existem muitas lendas sobre esta flor. Uma delas diz que um rapaz, quando apaixonado por uma garota, deveria escalar a montanha, numa expedição difícil e arriscada, pegar um edelweiss e trazê-lo para a amada como prova de seu amor. Ainda hoje, no folclore austríaco, as danças e músicas tirolezas fazem referência a esta lenda. *
Como toda boa Weissbier, ela tem uma cor maravilhosa e um sabor complexo, cheio de notas frutadas e divertidas.
Esse tipo de cerveja deve ser servido conforme a tradição: em um copo que caiba todo o volume da garrafa. Geralmente, eu passo um pouco de água no copo antes de servir, para evitar a formação de espuma ao despejar. Nunca se deve despejar todo o conteúdo da garrafa no copo de uma vez. O malte de trigo decanta na fermentação, então um "restinho" (de aproximadamente 1 ou 2 dedos) deve ser deixado na garrafa, para que o que decantou seja misturado novamente.
Quando isso é feito, a cerveja, que tinha uma cor dourada e limpa, passa a ter uma cor amarelada turva e opaca, sendo que o espetáculo da mistura acontece lentamente.
Colocado o copo perto do nariz, a Edelweiss propicia aromas de azeitonas verdes, bananas e laranjas (levemente ácido), com final de lúpulo. A espuma de baixa densidade. Quanto a formação, na maneira de servir, ela só é formada na própria garrafa.
Na boca, o liquido é aveludado e de média densidade. O primeiro sabor é de bananas, bem acentuado, misturado com chiclete de tutti-frutti. O amargor do lúpulo é redondo, não muito forte. Primeiramente, ele vem junto com uma leve acidez, depois sobra só o amargor sóbrio e bem equilibrado. O gosto final é composto do amargor e de um final levemente doce, que completa a complexa experiência da degustação.
Essa cerveja é deliciosa e impressionantemente leve, o que a faz uma ótima pedida para pessoas que ainda não estão acostumados com cervejas diferentes e querem experimentar algo novo. Vai muito bem com carnes (degustei junto com uma fraldinha com bacon na cerveja e arroz carreteiro). O rico sabor levemente adocicado atravessa o sabor forte da Fraldinha e completa a residual doçura do bacon.
Quanto ao custo benefício, fica difícil estimar pois ela é presente, mas em geral é alto, tendo um preço médio de R$ 11 no supermercado.
Por fim, faço uma menção honrosa à minha cunhada, a Mari, por ter me presenteado com essa delícia (e com várias outras coisinhas), e ter nos divertido com sua visita !
* Retirado do blog Das Haus Die Frau
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 5
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