domingo, 23 de dezembro de 2012

Velhas Virgens Indie Rocking Beer IPA

"Eu gosto de você
Você gosta de mim
Mas com essa timidez
Só o que rola entre nós

É siririca baby
Siririca baby
A gente se come com os olhos
Não rola nada
Só bronha e siririca..."

É com esse espírito (bem humorado e rockeiro) que vamos falar da cerveja feita para a comemoração de 25 anos de carreira da Banda das Velhas Virgens.

Uma curiosidade: o nome dessa banda tem origem em um filme do Mazzaropi, onde um "maestro" chamado Gostoso é responsável por uma banda de senhoras beatas de uma pequena cidade do interior de São Paulo.
Proveniente de São Paulo, o grupo tem doze discos lançados e, gradualmente, tem ganhado espaço no cenário alternativo nacional, mesmo sem tocar em rádios, ou aparecerem em programas de TV ao longo de seus 25 anos de história.

Meu primeiro contato com a banda foi em 2003, quando estava no segundo ano da faculdade... e não há melhor som para curtir os churrascos e festas desse tempo. A música "Abre essas pernas" é que fez o maior sucesso até então e rendeu várias risadas entre mim eu meu grande amigo Piteco !

"Abre essas pernas pra mim baby
Tô cansado de esperar
Você dá pra todo mundo
Só pra mim que você não qué dá

Esse papo de pele e de química
Não tem nada a vê
Não é filme, nem novela
É só sexo, eu e você

Já deixei você nua em pêlo
E na hora você deu pra trás
Então abre essas pernas pra mim, baby
Pra aprender como é que se faz."

A cerveja é produzida pela cervejaria Invicta, de Ribeirão Preto, capitaneada pelo mestre cervejeiro Rodrigo Silveira, ex-Colorado e autor, entre outras, da fórmula da Dama IPA de Piracicaba.

Ela é inspirada na receita das IPA (India Pale Ale), geralmente cervejas que tem um bom amargor, com sabor de malte equilibrado e não tão lupulada. No copo ela tem cor cobre com tons alaranjados, e sua espuma é de fácil formação e bem densa.

A degustação foi feita a aproximadamente 1°C, um pouco mais gelado do que o recomendado (de 6 a 7 °C), mas como estava bem calor, isso não foi um problema.

No nariz, o aroma é forte de malte, levemente doce, com fundo de caramelos. O lúpulo está lá, mas é bem sutil.

Na boca o sabor amargo característico das IPA´s é o predominante.  Porém, achei um pouco mais moderando que outras IPA´s que já tomei (as comparações com a Colorado Indica são inevitáveis, já que são da mesma cidade - essa é um pouco menos amargo que a Colorado).

O diferencial dessa cerveja é que o gosto residual não é de uma IPA e sim de uma Lager. Ele não é seco como o esperado... o que me desapontou um pouco. De certo isso foi feito pois o gosto brasileiro não está acostumado com Ales - então o "drinkability" foi alterando para ficar menos "pesado".

No geral, é uma ótima cerveja, ainda mais se contar a história por traz dela. Porém, sem nada de especial.

O que fez com que o custo benefício fosse um pouco baixo, afinal, com o frente ficou em quase R$ 20 uma garrafa de 500 ml.

Mas recomendo experimentar !





"Ela tava ali, com o instrumento nos lábios 
Não queria engolir nem magoar sua paixão 
De repente a porta abre e entra o seu pai 
Com a boca cheia, ela corta a sucção 
Olhando para o lado, sem saber onde jogar 
E o pai, insistente a perguntar: 
O que é que você tem na boca, Maria? 
Hum, hum, hum, hum, hum, hum! 

Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 2

As letras aqui reproduzidas em "itálico" (sem permissão, pois isso é Rock´n´Roll) são das músicas: Siririca Baby, Abre essas pernas e O que é que você tem na boca Maria, todas da banda das Velhas Virgens !

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