Cervejas Porter são cervejas escuras, originárias da Inglaterra,
no século 18. Descendentes das cervejas escuras, são feitas com muito lúpulo e
malte marrom. É o tipo que originou a cerveja Stout, sendo essas consideras
versões mais fortes que a cerveja Porter.
Originalmente, a cerveja Porter era feita com 100% malte escuro.
Porém, durante o século 18, malte escuros,
embora mais baratos que os maltes Pale, produziam apenas cerca de dois terços de
material fermentado.
Quando o imposto de malte foi aumentado para ajudar a pagar
a guerra napoleônica, os cervejeiros tinham um incentivo para usar menos malte.
A solução foi usar uma proporção de malte claro e adicionar o corante para
obter o tom esperado.
Quando foi aprovada uma lei em 1816 permitindo que apenas
malte e lúpulo para ser usado na produção de cerveja (uma espécie de Reinheitsgebot
inglesa), surgiu o dilema. O problema foi resolvido pela invenção de Wheeler do
malte de quase negros em 1817. Assim, se tornou possível fabricar cerveja
porter de 95% de malte pálido e 5% malte quase negro, embora a maioria dos
fabricantes de cerveja de Londres continuou a usar alguns malte marrom para o
sabor.
A cerveja escocesa Old Engine Oil Porter, feita com lúpulos Galena, Worcester Fuggles e Kent
Goldings, tem esse nome pois o primeiro Mestre-Cervejeiro da Harviestoun
(cervejaria responsável pelo rótulo), Ken Brooker, passou parte de sua vida
fazendo protótipos de madeira para a Ford Motor Company. Essa cerveja preta e
espessa fazia Ken se lembrar do óleo de motores velhos e por isso ele a batizou
em homenagem ao seu segundo amor, o motor de combustão interna.
Colocada no copo, sua cor escura, totalmente pálida, e sua
viscosidade, deixa parecer que é óleo de motor. A espuma é bem densa, e de difícil formação.
Seu aroma é caramelado, de malte torrado, com fundo doce, e
seu líquido, completando a apresentação, é de média densidade.
O sabor tem amargor médio, notas café torrado e chocolate
amargo. Achei um pouco menos amargo que a Guinness, porém mais rico, pois tem
um fundo levemente doce. Tem pouco sabor de álcool residual (6%).
No geral, apesar do nome super divertido, é uma cerveja
interessante para se experimentar. Mas o sabor é forte, por isso, os menos
acostumados vão estranhar um pouco.
O custo benefício não é tão alto... paguei R$14 em uma longneck, na padaria Gaib (a nova), em Rio Claro.
Sabor: 4
Aspecto Geral: 3
Custo Benefício: 3
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