domingo, 3 de novembro de 2013

Brooklin Wheat Beer

Uma das coisas que mais me fascina na cerveja (que o vinho não tem) é que, usando uma receita básica com poucas variações em seus ingredientes básicos (malte, lúpulo e levedura) consegue-se bebidas com distinto aroma e sabor... de verdade !

Baseado nessas possibilidades, várias escolas foram criadas que, com filosofias distintas, fazem quase milagres com uma mesma receita.

É o caso da "Escola Americana" e da cervejaria Brooklin, que por aqui já foi citada nos posts da Black Chocolate Stout e a East India Pale Ale. No geral, cervejas do EUA sempre são mais lupuladas e florais, menos doces e mais secas que cervejas de outras escolas (como a doces e alcoólicas belgas).

Dessa vez, vamos falar da receita de trigo da Brooklin, sua Wheat Beer, que segue os mesmos preceitos das outras... bastante lúpulo, bastante aroma e pouco açúcar ! De cara, eles já informam que a inspiração para a cerveja é a região da Bavária, berço cervejeiro da Europa e da Reinheitsgebot.

No copo, ela tem cor amarelo turvo, bem parecido com melaço de cana (mas só a cor). A espuma é pouco densa e de fácil formação.

No nariz, o aroma é bem característico de cervejas de trigo, porém me desapontou um pouco... ele não tem nada de mais. O lúpulo utilizado é o Hallertauer Perle. Talvez por ser SingleHop, ela não consiga ir muito alem nesse quesito.

Já na boca, o que ela não consegue com o aroma, consegue com o sabor, que é super equilibrado e bem refrescante. É bem pouco lupulada (IBU de 17), tem uma doçura média e um final cítrico com um azedinho característico da Brooklin. Muita personalidade. Um ponto interessante é que os costumeiros sabores de banana e trutti-frutti não estão lá... são substituídos pelo sabor do malte puro. Porém, o final eu achei meio aguada (esperava um final mais "seco" para balancear o azedinho).

Em relação ao custo beneficio, achei Médio-Baixo, uma vez que paguei R$ 19 no site do Have a Nice Beer, e por esse preço, bebi cervejas mais interessantes.

No geral, é uma cerveja gostosa e refrescante, com um final azedinho. Mas poderia ser muito melhor.

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 4

Custo benefício: 3

Crew AleWekerstatt IPA

A Alemanha, apesar de ser um pais que consideramos o mais tradicional, quando se pensa em cerveja, não tem lá muitos tipos em sua tradição. Quase toda a totalidade de cervejas bebidas lá ou é Pislner, Weiss, Dunkel e as cervejas de Munique (Koltch e etc). Ou seja, fora a Weiss, todas são Lager.

Foi com a intenção de quebrar essa tradição que uma dupla de amigos (Mario e Timm) resolveram fundar a Crew AleWerkerstatt: fazer cervejas tipo Ale, porem sem ferir a Reinheitsgebot.

Dessa cervejaria, experimentei a IPA, que, conforme definição própria da AleWerkerstatt tem "...quantidades insanas de lúpulo e elevado teor de álcool!"

No copo, ela tem uma cor âmbar fosco e turvo, bem diferente das IPA inglesas (sem bem que, esse é o tipo de Ale mais fabricado hoje e com certeza o que tem mais variação).  A espuma é pouco densa e de difícil formação.

No nariz, um aroma delicado de mangas e laranjas, bem surpreendente. Digo isso pois as IPA inglesas geralmente tendem a ter uma aroma menos floral e mais abiscoitado. Portanto, fica claro que eles estão seguindo a escola americana, que sempre usa lúpulos mais florais, para deixar a cerveja bem aromatizada. Os lúpulos usados a receita são: Herkules, Caskade, Citra e Simcoe

Na boca, o sabor é bem complexo, com várias camadas. Começa com um amargor equilibrado (58 IBU) e seco e termina com um leve doce, com notas de maracujá e laranja. Tem boa carbonetação e um teor equilibrado de álcool (6,4%).

Quanto ao custo benefício, acho médio, uma vez que uma long neck custou R$ 19,00 pelo site do Have a Nice Beer.

Achei bem refrescante... combina com comidas leves e saladas.


Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo-Benefício: 3

sábado, 17 de agosto de 2013

Maria Degolada Belgian Tripel

Maria Francelina Trenes, mais conhecida como Maria Degolada (Alemanha, c. 1878 - Porto Alegre, 12 de novembro de 1899), foi uma prostituta que, após ser morta pelo namorado, se tornou parte do folclore de Porto Alegre, no Brasil, e centro de um culto popular na Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre.
Declara-se que em 12 de novembro de 1899 ela e o namorado, um soldado da Brigada Militar chamado Bruno Soares Bicudo, estavam fazendo um piquenique com amigos no Morro do Hospício. A certa altura o casal de afastou dos outros e começou a discutir. Maria atacou o namorado com um pedaço de lenha e depois com um cano de ferro, após o que ele a matou cortando seu pescoço com uma faca. Disso vem seu apelido.
É sob a essa lenda que o rótulo desse post foi criado por Glauco Caon, da Anner Bier, micro-cervejaria da já citada cidade. Na sua receita é utilizado o gruit, uma mistura de ervas usada na época medieval para dar aroma ás cervejas, antes do uso do lúpulo. O teor alcoólico real também não é informado, sendo apenas colocado no rótulo que é maior que 10,5 %.
No copo, ela é dourada com fundo cobre. Faz poca espuma, mas é bem persistente. No nariz há um aroma suave de maltes e um pouco de biscoito, como as Ale inglesas, só que mais fraco.
Na boca, o sabor é forte e doce com pouco álcool residual. O final é de abóbora e bananas, com um "restinho" cítrico. Isso é porque sua receita é extremamente complexa, levando trigo e sementes de coentro.
O custo benefício é médio, uma vez que paguei R$24 em uma garrafa de 500 ml em um bar chique Ribeirão Preto. 
No geral, é uma cerveja super saborosa, com uma complexidade intensa. E é forte ! Recomendado somente para bebedores um pouco mais "experenciados" na arte !

Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 4











Dortmund White IPA

Dortmund é uma cidade da Alemanha localizada no estado da Renânia do Norte-Vestfália. Dortmund também é um tipo de cerveja com maltes pale ale leve, originada da cidade citada acima, puxada para as lager da região de Pilsner.

E o mais importante, Dortmund é o nome de uma cervejaria de Serra Negra, no estado de São Paulo. Essa cidade está localizada no Circuito das Águas, tem equipamentos de última geração e toda a cerveja é feita por uma pessoa só (o mestre cervejeiro).

É da lá o rótulo que vamos falar nesse post: a impressionante e original White IPA. Cervejas India Pale Ale tem feito muito sucesso no Brasil, sendo que todas as micro-cervejarias nacionais tem algum rótulo seguindo essa receita. 

Acredito eu que a adição de lúpulos garante um tempo de validade para a cerveja maior, o que pode ajudar muito aqui no Brasil, aonde o consumo de cervejas artesanais e com receitas diferentes da American Lager ainda é pequeno. Já falamos aqui de várias IPA, nacionais e importadas. Mas essa é diferente... ela mistura a receita tradicional da IPA com a receita da Witbier.

O tipo Witbier é a cerveja de trigo da Bélgica (Wit significa "branco"). Ela difere da cerveja de trigo Alemã por levar menos trigo em sua receita (geralmente 40% ou 50%) e sempre ter raspas de casca de laranja. Tudo isso faz com que o sabor mais adocicado do malte de trigo seja equilibrado com um pouco de acidez, tornando a cerveja extremamente refrescante (tanto que os Belgas a tomam no café da manhã).

A junção dessas duas receitas se mostra quase que "óbivia", do tipo: "... como nunca pensei nisso antes?". A junção começa pelos olhos... no copo, a cor dourada é acompanhada de uma palidez fosca. É realmente convidativo !

No nariz, o aroma é de cascas de laranja com fundo de maracujá. Tem um floral extremamente delicado e delicioso, e digo mais: surpreendente. Na boca o primeiro sabor é o da IPA, bem lupulado e amargo. Mas o mais impressionante é que depois do sabor amargo, vem o sabor doce da Witbier, fazendo com que tudo se equilibre perfeitamente.

Isso faz com que o drinkability seja excelente... dá para tomar várias sem cansar a boca. Em relação ao alcool, quase não se sente o residual, uma vez que a quantidade é bem moderada (4,5%). Em relação ao custo benefício, acho médio-alto. Paguei em um bar chique em Ribeirão Preto R$19 por uma garrafa de 500ml.

No geral, é uma cerveja excelente e super original ! Altamente recomendada !

Sabor: 5

Aspectos Gerais: 4

Custo-Benefício: 4

sábado, 13 de julho de 2013

Shepherd Neame IPA

Em outro post falamos da cervejaria Sheperd Neame, que se conclama a cervejaria mais antiga da Inglaterra em funcionamento. Hoje vamos falar de outro rótulo dessa cervejaria, uma ótima e bem britânica (equilibrada com personalidade) India Pale Ale.

Colocada no copo, ela tem uma cor rubi com fundo amarronzado. Mais forte do que outras que eu já bebi. É bem bonita a cor, e bem convidativa. A espuma é de fácil formação e bem pouco densa.

No nariz ela surpreende... o aroma é levemente doce e frutado, com um fundo de cerejas em conserva e um final de biscoito amanteigado bem característico do malte Pale Ale. O aroma da cereja é sentido só no começo, mas o aroma do biscoito é bem pronunciado até o final, e vai ficando mais forte conforme a cerveja vai esquentando um pouco.

Na boca, o sabor é bem equilibrado entre o amargo do lúpulo e o doce do malte. Porém, ele pende mais para o amargo (característico das IPA), mas sem ficar impossível de beber. Ela é bem seca e carbonetada na medida, sem sabor alcoólico residual (apesar dos seus 6,1% de álcool). O sabor final é sem malte, levemente adocicado e o amargor se fundo ao aroma de biscoito formando um corpo redondo e suave.

Quanto a custo benefício, ela custou aproximadamente R$20,00 (500 ml) pelo Have a Nice Beer.

No geral, a cerveja é excelente, bem equilibrada... é boa para tomar gelada também, caso o dia esteja muito quente.

Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 3


domingo, 23 de junho de 2013

Way Beer American IPA

As cervejas do tipo americano estão inundando o mercado ! E elas são sempre bem diferentes das receitas originais... sempre trazendo surpresas !

De maneira geral, toda receita "americana" leva mais lúpulo que a receita não americana... então você sempre pode esperar mais amargor e mais floral.

Esse é o caso do Way Beer American IPA, que apesar de ser uma cervejaria Brasileira, produz essa maravilhosa Índia Pale Ale, com um toque especial dos nossos irmãos do norte !

No copo, ela tem espuma de fácil formação e bem pouco duradora. A cor é amarelo escuro com fundo abóbora.

No nariz o aroma é forte, licoroso e bem doce. Lembrei dos doces de compota que minha avó faz, principalmente o de figos e de mamão. E quando você espera um líquido igual ao aroma (doce) você é surpreendido por um sabor bem amargo, com quase nada de doce (nem no fundo). Bem lupulado, e com pouco álcool residual (6,5%). No final do sabor fica um "q" cítrico, que completa o aroma e dá um corpo especial à cerveja.

Quando ao custo-benefício, uma garrafa de 500 ml me custou aproximadamente R$ 17,00 já com o frete, por isso considero uma boa relação.

Como sempre, nossas cervejarias fazendo bonito ! Altamente recomendada em um dia bem calor. Novatos podem estranhar um pouco o amargor, mas os experenciados vão gostar do aroma !


Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo-benefício: 4

domingo, 26 de maio de 2013

Hofbräuhaus Dunkel

A cervejaria Hofbräuhaus foi fundada em 1859 pelo então atual Duque da Bavária Wilhem V, que estava insatisfeito com a cerveja feita em Munique e tinha que importar de outros lugares.

Para evitar o custo alto da importação, recrutou o mestre cervejeiro Heimeran Pongaz, até então metre cervejeiro do mosteiro de Geisenfeld para planejar e construir uma cervejaria nova que atendesse à necessidades do Duke. Hofbräuhaus pode ser traduzido do alemão como "Cervejaria do Duke".A primeira cerveja fabricada na cervejaria foi o tipo Dunkel, pois naquela época, cervejas escuras eram muito mais comuns do que cervejas claras (na região).

No copo, ela tem uma cor vermelho bem escuro, e sua espuma é bem densa, de difícil formação (como era de se esperar).

No nariz, ela tem um aroma de ameixas doces bem característicos das cervejas Dunkel. Seu sabor é leve e pouco amargo, doce de maneira bem equilibrada. Ela é bem mais leve do que eu esperava, se comparada com outras Dunkel que já publiquei aqui no Blog. Isso faz com que o seu drinkability seja bem alto. Sua carbonetação é média com pouquíssima acidez. 

Quanto ao custo benefício, eu considero alto. Uma garrafa de 500 ml custou R$ 12,00 no supermercado.

No geral, é uma cerveja gostosa e se for bebida gelada, deve agradar a maioria das pessoas (porque ela é "docinha").

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo-benefício: 4



Shepherd Neame Double Stout

O post de hoje é sobre uma Double Stout proveniente da cervejaria mais antiga da Inglaterra. Ou seja... não tem com ser ruim !

A cervejaria Shepherd Neame foi fundada em 1698, em Faversham e desde lá, usa a mesma água e os mesmos ingredientes para fabricar suas cervejas. Porém, como eles mesmo dizem em seu site, com processos usando tecnologias do século 21.

A Double (com o dobre de malte e lúpulo que a receita original) é bem famosa por ser um a cerveja clássica, sem muitas surpresas. Ou seja, é gostosa e pronto. É fabricada em toneis de carvalho inglês com o uso do lúpulo East Kent Golding, que é a assinatura da cervejaria a muito tempo. E ela só está disponível entre 25 de Fevereiro a 24 de Março de cada ano.

A espuma é de difícil formação, bem densa. O líquido é negro brilhante e sem nenhuma outra cor de fundo.

No nariz, o aroma de café é bem forte, e já demarca quase toda a experiência posterior.

Na boca, o líquido é bem aveludado e os sabores de café e cacau e maltes torrados são bem pronunciados. A cerveja é seca e com aftertaste delicado, que em sua totalidade é um pouco ácido com uma leve azedo.

Quanto ao custo benefício, é bom. Paguei R$ 19,00 em uma garrafa de 500 ml.

No geral, é uma cerveja forte de sabor (mas não tanto de álcool... tem 5,2%), indicada para dias frios e acompanhar doces bem doces. É um pouco mais forte que a Guinness e mais fraca que a Bavik Petrus Oud Bruin.

Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 3

Mikkeller Pale Ale para o Have a Nice Beer

Esse post é sobre uma cervejaria fantasma !

Mas antes que alguém pense que essa é uma daquelas cervejarias antigas, no subsolo de alguma caverna, rodeada por lendas etc... não, não é o caso !

Cervejarias fantasmas (ou itinerantes, ou ciganas) são aquelas que não tem um prédio fixo. Na verdade, a cervejaria é formada somente pelo mestre cervejeiro, que desenvolve receitas e as faz em outras cervejarias em todo o mundo.

A prática está ficando tão comum "fábricas" tem sido levantadas somente para oferecer o serviço de fazer a cerveja que você quiser (se você arcar com os custos e talz...)

A história da Mikkeller começou quando Mikkel Borg Bjergsø (até então professor de matemática e física), influenciado por algumas cervejas que experimentou, formou um clube de cervejeiros. Posteriormente, se juntou com seu amigo Kristian Klarup Keller e formou a Mikkeller (junção do primeiro nome de um com o último nome do outro).

A Pale Ale que eles fizeram especialmente para o site Have a Nive Beer é produzida na cervejaria De Proef Browerij, na Bélgica.

Quando ela é colocada no copo, ela tem uma cor amarelo bem turvo e fosco. Sua espuma é de fácil formação e bem pouco densa. 

No nariz, o primeiro aroma é de laranja, seguido de outras frutas cítricas. O aroma tem um fundo doce bem delicado.

O sabor é bem lupulado, com amargor médio e seco. Tem uma acidez leve de média carbonatação. No aftertaste, alem de mangas e pêssegos (de maneira bem suave) sente-se um malte leve (que parece o da cerveja Pilsen Brasileira). Isso equilibra bastante o dinkability, que é bem alto (para os que já estão acostumados com cervejas um pouco mais amargas). Quase não há álcool nenhum no sabor (5%). 

Quanto ao custo benefício, pelo site ela custo R$ 19,00 com frete. Preço que acho alto por uma long-neck mas ainda não é abusivo !

No geral, é uma Pale Ale um pouco mais amarga do que eu imaginaria, com mais personalidade. Ótima para o verão e para acompanhar um bom Parmesão (na verdade, metade da degustação foi junto de um Faixa Azul). Recomendado !

Sabor: 4

Aspecto Geral: 4

Custo Benefício: 3

domingo, 7 de abril de 2013

Way Beer Single Hop Summit

Mestres cervejeiros usam geralmente mais de um tipo de lúpulo para cada receita. Há lúpulos que são específicos para o sabor, outros para o aroma e outros ainda para a técnica de Dry Hopping (que consiste em adicionar mais lúpulo à cerveja para uma dose extra de aroma).

Porém, uma outra possibilidade (que tem se tornado muito comum lá fora) é usar a mesma receia base e usar apenas um tipo de lúpulo ao longo de todo o processo de produção.

A vantagem dessa técnica, conhecida como Single Hop, é conseguir sentir a influência única de cada lúpulo na cerveja, contribuindo para o aprendizado sobre cerveja, e mais importante, produzindo rótulos com assinatura única de sabor e aroma.

A Way Beer (cervejaria nacional da cidade de Pinhais, na área metropolitana de Curitiba - PR) apresenta uma linha com 4 Single Hop: Cascade, Amarillo, Citra e Summit (esse último criado especialmente para o site Have a Nice Beer, que foi por onde eu consegui o rótulo do post de hoje).

A Way Beer Single Hop Summit usa o lúpulo americano Summit, lúpulo "novo" (pois só é cultivado desde 2003) conhecido por lúpulo "anão". Ainda por ser novo, a opinião sobre esse lúpulo não está totalmente estabelecida.

No copo, esse rótulo tem espuma de fácil formação e bem densa. Sua cor é um amarelo escuro, com um fundo puxado para o cobre. A cor é bem interessante: não chega a ser "turva" mas também não é uma cor totalmente "limpa".

O aroma tem um floral simples e bem elegante. Não é exagerado mas está presente, com um fundo levemente doce. Tudo bem que eu prefiro um floral mais marcado, mas antes não ter nada (como as cervejas nacionais comerciais) e ter esse... fico com esse.

O sabor é bem de lúpulo americano, como as Brookling, mas tem  notas de maracujá, o que  é um divertimento extra e tipicamente brasileiro (ponto super positivo) !

Ainda sobre o sabor, é importante dizer que, apesar do fundo do aroma ser levemente doce, o sabor não é... características das cervejas americanas e bem lupuladas. Porem, o amargor é bem equilibrado, o que não deve causar tanto estranhamento para as pessoas que estão acostumadas apenas com cervejas comerciais.

No geral, é uma cerveja gostosa, com um bom drinkablity (daria para tomar várias... não fosse o preço). Por falar em preço, o custo benefício é médio-alto. Paguei R$ 17,50 com frete em uma long neck.

Vale conferir !

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo benefício: 3


domingo, 24 de março de 2013

Aulne Abbey (ADA) Triple Blonde 8°

As pessoas que acham que o pais de maior tradição cervejeira é a Alemanha se enganam... agente só acha isso pois o tipo de cerveja mais consumida no Brasil (American Lager) é vendido aqui erroneamente como o nome de Pilsen, nome que homenageia uma região da Bavária, a qual se origina o tipo de Cerveja Pislner, o mais comum na Alemanha e República Tcheca !

Que confusão, não ? Mas o importante de tudo isso é o que pais com maior tradição cervejeira é a Bélgica !    (apesar de eu achar que é a Inglaterra...) e é de lá que vem o rótulo do post de hoje !

Trazida com muito custo e muita demora pelo Have a Nice Beer, com certeza a experiência valeu a espera (alem de poder dizer que esse rótulo é quase exclusivo, e não há importadoras que a trazem para o Brasil de maneira freqüente) !

Cervejas Tripple são aquelas em que o mestre cervejeiro coloca três vezes mais malte do que a receita original. Essa denominação não depende do tipo de cerveja em que está se fazendo, mas geralmente traz as mesmas características: a cerveja fica um pouco mais doce e com um pouco mais de álcool: mais malte, mais  fermentação feitas pela levedura.
Seguindo essa linha, a Cervejaria do Vale de Sambre nos apresenta um produto fantástico, com a personalidade típica das cervejas belgas. No copo, sua espuma é densa e de fácil formação. A cor é um amarelo escuro (mas não turvo) com fundo de tons avermelhados. É bem bonita a cor !

A degustação começou a 0,5°C pois aqui em Rio Claro fez um belo calor no dia de hoje. O ideal é degustar a uma temperatura um pouco mais alta (8° C), pois as papilas gustativas não adormecem. Para ver como ela se comportava na temperatura mais alta, esperei um pouco entre o primeiro e o segundo copo.

O aroma é bem leve. Tem notas cítricas, com predominância de laranjas. O primeiro gole traz um sabor muito parecido com cervejas de trigo (WeissBeer) mas sem o sabor de banana e tutti-frutti. Isso são as três adições de malte se manifestando. A propósito, é impressionante o quanto essa cerveja é equilibrada entre o doce e o amargo (o que é bem difícil em cervejas Tripple). Quase não tem amargor (nem residual).

Quanto ao álcool, é impressionante como ele não é sentido (pois são 8°) no sabor. Você só sente que bebeu uma cerveja forte quado tenta levantar da cadeira !! Ai você percebe o quanto ela é forte !

Quanto ao custo benefício, paguei aproximadamente R$ 18 em uma long neck, o que considero médio.

No geral, é uma cerveja excelente, mas perigosa.. se você tomar algumas pode ser que não consiga voltar para casa !

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo Benefício: 3

sábado, 9 de março de 2013

Brains Dark

Esse post é sobre um dos mais conhecidos rótulos do Pais de Gales, a Branis Dark.

No passado, essa cerveja era conhecida como "Dragão Vermelho" e sempre foi muito apreciada pelos trabalhadores das docas.

Ela é considerada uma Cask Ale - cervejas que geralmente são servidas em barris, sem adição de nitrogênio ou gás carbônico. Ela também é não pasteurizada e não filtrada.

No copo ela é escura (com fundo avermelhado). Espuma de difícil formação, porém bem densa.

No nariz o aroma é leve, de maltes torrados e licor de café . É bem simples e direto, mas bem equilibrado. O sabor também é bem leve (para uma cerveja preta). Tem traços de café, chocolate bem amargo. O lúpulo é equilibrado, fazendo com que a doçura seja apenas uma lembrança no gosto residual. É mais saborosa que a Guiness, e um pouco menos amarga.

O teor alcoólico é baixo (4,1%) o que não deixa sabor residual de álcool na boca e permite que se tome mais de uma tranquilamente.

Degustei junto com a fantástica Carne Maluca da minha amada Fernanda. Impressionante é que a falta de doçura da cerveja é compensada pela leve doçura dessa receita (que é feita com lagarto, tomates e azeitonas pretas). O casamento é perfeito !

Quanto ao custo benefício, eu paguei aproximadamente R$ 18,50 no site Have a nice beer !

No geral, é gostosa (mas eu achei que não tem nada de muito especial). Portanto, beba somente se for curioso ou se estive no país da Gales (porque lá deve ser bem mais barato...)

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo

 

Fuller´s IPA

A Fuller´s IPA é uma cerveja sazonal que a Fuller´s, portanto, achá-la em lojas em sempre um golpe de sorte. O que é uma pena, pois esse rótulo é impressionante do aroma e no sabor... mais uma amostra da perfeição com que a Fuller´s faz suas cervejas.

Fabricada tradicionalmente com maltes e lúpulos ingleses, como Goldings, Fuggles e Target, a cerveja Índia Pale Ale da Fuller’s é fiel à tradição deste tipo de cerveja, originalmente desenvolvido para sobreviver à longa e incerta viagem até a Índia (onde residia parte da realiza britânica na época da colônia). 

Depois da maturação na cervejaria, é refermentada em garrafa para garantir o sabor mais fresco e enfrentar os rigores do embarque e armazenamento.

No copo, ela tem uma cor amarelo, com fundo cobre e sua espuma é de fácil formação e bem pouco densa.  

No nariz, há um incrível aroma de figos em compota e laranjas azedas, somado com o sabor abiscoitado, comum das IPA. O sabor é leve (para uma IPA), bem puxado para o café e bem menos amargo do que eu imaginava. Comparado com a Fuller´s London Pride, o sabor é mais leve e um pouco mais lupulada.

O custo benefício é médio-alto: paguei R$ 20 na Barraca Mineira, em Rio Claro.

No geral, é uma cerveja excelente, com um aroma bem desenvolvido e divertido. Beberei mais vezes !

Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 4

Fuller´s 1845

A cada rótulo que experimento da Fuller´s, tenho mais certeza que, na minha opinião, eles são os melhores (ou pelo menos, meus prediletos...)

Segundo o site brejas.com.br, ela foi "criada exclusivamente para celebrar os 150 anos da Fundação da Sociedade Fuller, baseada em uma receita tradicional dos antigos livros de fermentação da Fuller. 

Por duas vezes, ganhou a medalha de ouro no CAMRA Great British Beer Festival. O acondicionamento em garrafa pressupõe a colocação de um pouco de fermento na garrafa para permitir, com o passar do tempo, a maturação da bebida gerando um refrescante e complexo sabor de uma verdadeira Ale."

Esse processo de maturação dura 100 dias (antes do lote ser enviado para venda). Uma curiosidade: a primeira adição de lúpulo foi feita pelo próprio príncipe de Gales.

No copo ela é marrom avermelhada, bem escura e turva. a espuma é de fácil formação e pouco densa !

No nariz, ela surpreende com um aroma delicioso de vinho do porto e ameixas secas. Bem frutado e doce. Seu sabor é bem equilibrado entre o amargor e a doçura. Há ali um amargor esfumaçado e defumado, completando o sabor doce dos maltes torrados !

Apesar da graduação alcoólica normal, não há sabor residual de álcool no paladar. 

No geral, é uma cerveja poderosa, de muita personalidade. Realmente agrada pessoas que não estão tão acostumados (mas que gostam de cervejas fortes) e pessoas que esperam requinte e outras camadas de sensações.

Com relação ao custo benefício, ele é médio-alto. Eu paguei R$ 20 na Barraca Mineira, aqui em Rio Claro.

Sabor: 5

Aspectos Gerais: 4

Custo-benefício: 4

Anderson Valley Imperial IPA

Esse post é sobre esse fantástico e "soco no queixo" rótulo da cervejaria Anderson Valley.

Já falamos dessa cervejaria em outro post bem legal (a Boont Amber Ale), então vou economizar o papo e ir direto, porque se já tinha ficado impressionado, agora virei fã !

A Imperial India Pale Ale foi criada para celebrar o aniversário de 20 anos da cervejaria, então eles não podiam fazer feio... e não fizeram! E ela se tornou tão especial que eles nem tem mais no site da cervejaria.

Com uma quantidade não usual de malte e mais de 20 adições individuais de lúpulo Pacific Northwest, essa cerveja é FORTE ! Como um não pasteurizado e não filtrado soco no queixo !

No copo, ela é vermelha bem pálida e turva (resultado da não filtragem). Sua cor é muito bonita e convidativa. Sua espuma é de fácil formação e não é muito densa.

No nariz, o aroma é abiscoitado, de caramelos tipo toffe e levemente ácido. Sem muita à dizer, a não ser que é um presságio do que está por vir no sabor.

E quando ele chega, mostra a que veio. O sabor é bem lupulado e doce (como era de se esperar, devido à quantidade não usual de malte e as mais de 20 adições inidividuais de lúpulo). É forte, pesado e marcante. Porém, é surpreendente no final... um floral aparece para dar um toque extra... como se fosse um prêmio de consolação por você ter enfrentado todo aquele malte.

Lembrou-me muito a Colorado Vixnu... mas essa ainda consegue ser mais poderosa !

Apesar da graduação alcoólica considerável (8,7 %) ela não tem muito sabor residual de álcool! Quanto ao custo benefício, não sei pois foi presente do meu querido amigo Danilo Gil (que está comigo na foto abaixo).



No geral, é uma cerveja excelente, mas somente para as pessoas experienciadas na arte !

Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: N/A - presente !

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Chimay Rouge

Está ai um rótulo que faz algum tempo que gostaria de experimentar: as Strong Ale Belgas da Chimay, que funciona no monastério trapista de Scourmont Abbey, no sul da Bélgica, na província de Hainaut.

Já falamos aqui da tradição Trappista de fabricar cervejas. E, apesar de serem cervejas mais caras, sempre valem à pena.

A Chimay Rouge é a mais antiga das cervejas desse monastério. Do tipo Belgian Dubbel (um Brown Ale mais forte, aonde o mestre cervejeiro coloca o dobro - por isso "dubble - de malte do que colocaria em uma receita normal), ela se destaca pelos aromas frutados (o que não é comum em cervejas Trapistas, uma vez que geralmente elas levam pouca quantidade de lúpulo).

No copo, ela tem cor amarelo avermelhado, puxado para o cobre. A espuma é de difícil formação, mas é bem densa.

O que impressiona na verdade é o aroma delicado mas presente de frutas vermelhas, especialmente cerejas e amoras. Impressiona porque essas frutas não são ingredientes da cerveja: o aroma é resultado da sábia escolha da levedura e sua combinação com o malte e o lúpulo.

Na boca, a primeira impressão é realmente de uma Strong Ale Blega: doce, pouco lupulada, aveludada e forte.

Depois do primeiro impacto, vêem as surpresas. Primeiro, que ela tem uma lupulação residual inesperada (o amargor fica na boca). Segundo que há um equilíbrio perfeito entre o doce e o lúpulo. Terceiro que as frutas vermelhas continuam lá, e assim como no aroma, elas são delicadas porém presentes. E por último, eu senti um final refrescante, como se tivesse tomado alguma coisa com menta ou hortelã (mas sem o sabor, somente o refresco), e para arrematar, senti a boca um pouco dormente.

Com tanta surpresas, é impossível não ficar impressionado ! E com vontade de experimentar os outros rótulos (o azul, o amarelo e o preto).

O custo benefício foi moderado: paguei R$ 15,90 por uma long-neck, no Reino da Cerveja, aqui em Rio Claro. Mas valeu à pena devido à quantidade de coisas diferentes.

Recomendo para as pessoas que querem experimentar algo diferente, porém sutil !

Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 4

Bierland Vienna

Hoje vamos falar de mais um rótulo Brasileiro que não perde em nada para outros rótulos importados. A Vienna da Cervejaria Bierland, de Blumenau, SC.

Essa cervejaria foi inaugurada em 2003, e seu nome é uma homenagem a Blumenau, cidade onde está localizada a cervejaria. A fábrica da Bierland está instalada no bairro Itoupava Central, um dos bairros que ainda concentra grande número de descendentes alemães. Com a capacidade inicial instalada de 20.000 litros, iniciou produzindo 2 tipos de chope: o Pilsen e o Amber.

Dessa cervejaria, vamos falar do rótulo Vienna, um tipo de Lager pouco comum, mas com muita personalidade. Originalmente, esse rótulo (que também é conhecido por Amber Lager) foi desenvolvido por Anton Dreher, na cidade Viena (em alemão Wien - capital da Áustria). Cervejeiros Austríacos emigraram para o México, no final do século 19 e levaram a receita com eles.

Geralmente, esse tipo de cerveja é avermelhada ou de cor cobre, com um sabor levemente doce (proveniente do malte), podendo às vezes, ter características defumadas. Uma curiosidade: apesar do nome, esse tipo de cerveja não é tão comum na Europa.


A Bierland Vienna é possui três tipos de malte de cevada, e três tipos de lúpulo, que lhe conferem uma coloração avermelhada e um aroma floral. Foi várias vezes premiada, destacando-se como World's Best Amber / Vienna Lager no World Beer Awards 2012.

No copo, a cor é amarelo-cobre, com fundo dourado, pouca coisa pálido. No copo, a espuma é de difícil formação e pouco densa.

No nariz, o aroma é levemente adocicado e abiscoitado. Nada de mais. O sabor é meio amargo, bem lupulado. É equilibrado  porém, devido à boa quantidade de lúpulo, o amargor fala um pouco mais forte. O final é de cerveja lager comum. Se não fosse o fraco floral, teria achado sem graça.

No geral, é uma cerveja muito boa, por ser Brasileira. Mas não tem muitas coisas especiais. O custo benefício é médio pois paguei em um bar aqui de Rio Claro R$ 16,90 a garrafa de 500 ml. Recomendo para os curiosos e entusiastas.

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo-Benefício: 3

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Petrus Speciale

Não é porque a cerveja é importa que ela será extraordinária. Ainda mais com o mercado brasileiro para cervejas "especiais" crescendo (o que também faz com que produtores pequenos ganhem fôlego para se desenvolvam).

Mas dificilmente elas serão ruins !

Esse é o caso da cerveja dessa semana, uma Ale Belga que é somente gostosa. Nada demais !Depois da semana passada, com a extravagante Oud Bruin, esperava mais da cervejaria Bavik e de seu rótulo Petrus Speciale.

No copo ela tem uma cobre amarelada e uma espuma de fácil formação mas de pouca duração. No nariz, o aroma simples de malte com bem pouco lúpulo. No fundo há um pequeno residual doce, mas nada de mais.

Na boca, o amargor é bem equilibrado com o doce do malte. Mas o sabor não tem nada de especial. É de cerveja Pale Ale normal, muito parecido com a Eisenbahn. O sabor de álcool é muito pequeno (5,5°) e nada residual.

No geral, é uma cerveja gostosa, mas pelo peço que paguei (R$ 17 a long neck), e por ser uma Belga, esperava muito mais. Deve ser uma cerveja comum lá, vendida sem muitas firulas.

Experimente somente se for muito curioso !

Sabor: 3

Aspecto Geral: 2

Custo-benefício: 2

domingo, 27 de janeiro de 2013

Bavik Petrus Oud Bruin

Hoje vamos falar de um tipo de cerveja regional que quase não se encontra no Brasil. Originada da região Flamenca da Bélgica, a Oud Buin, ou Flanders Brown (Oud Bruin tem tradução do Holandes para o Inglês como "Old Brown").

Esse tipo de cerveja tem uma fermentação toda especial: a primeira parte pode durar até um ano. Após isso,   ela passa por uma segunda fermentação (que dura de uma semana a um mês) e ainda é envelhecida na garrafa por vários meses. Esse processo demorado permite que a levedura residual desenvolva sabores característicos, geralmente de frutas negras, e muito aromáticos.

O rótulo que falaremos hoje é da cervejaria Belga Bavik, fundada em 1894 e hoje comandada pela quarta geração da família. Segundo o site da fabricante, a Petrus Old Bruin passa por 24 meses de fermentação em barris de carvalho.

Colocada no copo, a luz se difrata em tons marrons e uma impressionante aura de cereja e ameixa madura. A espuma é pouco densa e de difícil formação (coloquei em um copo tipo "taça" borgonha).

O aroma é bem leve, com notas de malte torrado doce e biscoitos amanteigados. Porém, o sabor é que faz dessa cerveja inesquecível !!!! Na primeira vez que você coloca na boca, ele parece uma boa dunkel trapista. Mas a confusão passa bem rápido. Logo após vem um azedo levemente ácido, como se fosse de frutas ainda não maduras. Mas não um azedo do tipo "nossa... está estragada...", é um azedo inesperado que mostra o quanto os dois anos de fermentação em barris de carvalho fizeram diferença.

Após o azedo passar, resta o sabor de ameixas. Leve porém inconfundível ! Como se fosse uma recompensa por você não fazer desfeita a uma cerveja que ameaça trair os seus sentidos. Ela não tem quase nenhum amargor, e também não tem sabor residual de alcool (5,5%). A carbonetação é na medida certa para não tornar a cerveja insossa ! O custo benefício não é tão alto: pela Have a Nive Beer, ela me custou aproximadamente R$ 17 (com frete)

No geral, achei interessante, no mínimo. Nunca tinha provado nada igual. Recomendo somente para os curiosos e que já estão acostumados a beber cervejas diferentes.

Sabor: 5

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 3