terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Baden Baden Golden Ale


Esse post é sobre uma das mais sensacionais cervejas produzidas no Brasil, em minha opinião. Baden Baden Golden Ale.

A microcervejaria Baden Baden nasceu em 1999, no município paulista de Campos do Jordão. A primeira cerveja fabricada por eles foi a Red Ale, talvez a mais famosa da marca, que ainda não analisamos por aqui.

A denominação Golden Ale admite muitas variações, mas algumas características são fundamentais: a adição de sabores e aromas não convencionais, a cor amarelo dourado (as vezes puxado para o cobre), o sabor levemente doce e o baixo teor alcoólico (com excessão das Golden Strong Ale, que admitem um pouco mais de álcool).

Por ter essa denominação aberta, é a cerveja geralmente escolhida pela casa para ser “diferente” e surpreender. A Baden Baden Golden Ale faz as duas coisas: é diferente e surpreende, tanto no sabor quanto no aroma. Isso porque, alem de toda sua composição diferenciada, ela é feita de trigo, o que a deixa ainda mais especial.

Servida no copo característico das cervejas de trigo, logo que este é levado à boca, aromas de canela, cravo da índia e frutas vermelhas são sentidos. E esse é só o começo dessa experiência maravilhosa.

O primeiro sabor é de mel e frutas cristalizadas (que são colocadas no Panetone). O segundo sabor (residual) é bem pouco amargo e levemente doce.

Sua cor é de ouro vermelho, e sua espuma é de baixa densidade e de difícil formação. O líquido é pouco denso e devido a sua baixa graduação alcoólica (4,3%) pode-se tomar mais de uma garrafa tranquilamente.

No geral, essa cerveja vale o preço e muito mais. Altamente recomendado por esse blog, tanto para bebedores experientes quanto para iniciantes que querem experimentar coisas novas.

Pontuação

Sabor: 5

Aspecto Geral: 5

Custo/Benefício: 5

domingo, 25 de dezembro de 2011

Cervejas Backer


O post de hoje é sobre as cervejas Backer, marca autodeclarada a primeira artesanal de Minas-Gerais.

Tive o prazer de experimentar dois rótulos na deliciosa Poços de Caldas, famosa capital do Sul de Minas. Estive lá por uma ocasião muito feliz: eu e minha noiva fomos padrinho e madrinha de casamento de um grande amigo meu - Vinícius. Como chegamos cedo, procuramos um bar com alguns amigos para passar o tempo. Encontramos o Empório Casa São Jorge, na rua Prefeito Chagas.

Á despeito das cervejas, o local é altamente recomendado... Ótimas comidinhas, ótima carta de cervejas, preço compatível... Só o atendimento que deixa um pouco a desejar: garçons lentos e as vezes mal-humorados.

A primeira cerveja que experimentei foi a Medieval, desenvolvida pelo mestre cervejeiro Paulo Schiaveto. Com é uma receita especial para a marca, é difícil classificá-la, mas por ser de alta fermentação, pelo menos de Ale ela pode ser chamada.

Ao colocar o copo na boca, é possível sentir um aroma de brownie, levemente picante. O primeiro gosto, surpreendentemente, é pouco amargo (para uma Ale receita com inspiração tão antiga) e o segundo sabor (residual) é levemente doce. O líquido é pouco denso, assim com a espuma, que também é de difícil formação. O teor alcoólico é moderado (6,7%)

No geral, é uma cerveja para bebedores “experenciados”.... Pessoas não acostumadas com Ales mais fortes acharão ela muito amarga. Quanto ao custo benefício, paguei na garrafa R$ 13, o que considero um preço bem razoável.

A segunda cerveja que experimentei foi a Brow. Também uma cerveja de alta fermantação (Ale), porém escura. Ao colocar o copo na boca, o aroma inicial é de malte torrado, assim com o primeiro gosto, que também é puxado para o café.

Porém, logo após sorver com mais cuidado, os aroma e sabor de chocolate amargo (e de bolo de chocolate) surgem de maneira bem pronunciada (achei mais forte que a Young´s Double Chocolate). E o mais impressionante: não tem nenhum fundo doce. É como se você colocasse na boca um pouco de café gelado com um pedaço de chocolate com 90% de cacau. No mínimo, interessante. Eu achei surpreendente. No mais, pouco densa, assim com a espuma, que é de difícil formação.

Esse rótulo me agradou mais que a Medieval, e acabei por repetir algumas vezes (hehe !). Devido à combinação do chocolate com o café, pode se que agrade paladares menos acostumados. O custo benefício também é muito bom, R$ 9 a long neck.

No fim, foi uma tarde muito divertida, que foi seguida por uma festa muito animada, o mínimo que o Vinícius merece ! Para finalizar, fica uma foto, do padrinho (à direita) com o noivo (à esquerda). 


domingo, 27 de novembro de 2011

Rasen Dunkel

Em Gramado, também tive a oportunidade de experimentar uma outra cerveja que é feita lá: a Rasen. O tipo que experimentei foi a Dunkel, em uma noite fria de domingo.

Possui quatro tipos diferentes de maltes e 2 tipos de lúpulo e segue a lei da pureza alemã. Por ser uma Lager (baixa fermentação) ela é mais fraca que outras as Dunkel que já experimentei. Com forte gosto de café (sem outros sabores especiais) tem cor marrom bem escuro, com tons avermelhados. Tem densidade e amargor média e final levemente doce.

No geral, não achei uma cerveja surpreendente - valeu por ser de lá e não ter em SP para comercializar. Mas o custo benefício deixa a desejar R$ 15 uma garrafa.

Pontuação:

Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 2

Santa Brígida Irish Pub – Gramado - RS


Esse é um post um pouco diferente... em vez de analisarmos uma cerveja, vou falar de um Bar inteiro. Em Gramado-RS, o Santa Brígida Irish Pub proporcionou a mim e a minha noiva Fernanda algumas fantásticas horas e ótimas surpresas.

Localizada na avenida das Hortênsias (muito famosa em Gramado), é uma casa de madeira com calefação (afinal lá faz muito frio) simples por fora. Dentro, uma carta com mais de 100 rótulos e várias comidinhas, somadas a um ambiente despojado, tornam a experiência completa de se achar na Irlanda.

Fui com a intenção de experimentar vários rótulos importados mas quando fui pedir, uma luz bateu em mim e eu decidi perguntar: “Vocês têm alguma cerveja da região ?”. Esperava que o garçom fosse me oferecer a Razen (que é feita em Gramado) ou a Oak, de Santa Catarina. Ledo engano... O que o garçom me ofereceu foram quatro tipos de cervejas produzidas pelo próprio bar...

Quando a idéia bateu, fiquei meio receoso. Afinal, nunca se sabe o quanto está se desejando fazer um bom produto, ou apenas tentando enganar turistas. Porém, mesmo assim, decidi experimentar a rodada. No primeiro gole, percebi que acabara de tomar uma decisão super acertada...

- Santa Brígida Golden Ale: essa foi uma das cervejas MAIS IMPRESSIONANTES             que eu já tive a oportunidade de experimentar. E foi logo a primeira (eles devem fazer de propósito...). As Golden Ale são geralmente mais doces e frutadas e essa não é diferente. Porém, o que realmente impressionou foi tanto o aroma quanto o sabor frutado, com saliente sabor de mangas e pêssegos. Bem pouco amarga e densa, sua cor dourada turva completa o pacote. Perfeita. Sabor: 5, Aspecto Geral: 5, Custo Benefício: 5. Essa cerveja é a primeira a receber nota máxima em todos os quesitos.



- Santa Brígida Deutsch Ale: segunda cerveja experimentada é leve e adocicada. A cor é um pouco mais escura que a Golden, puxado para o vermelho. Foi a que menos me impressionou, por ser a mais “normalzinha”... Sabor: 3, Aspecto Geral: 3, Custo Benefício: 3

- Santa Brígida Vienna Ale: terceira experimentada é bem encorpada, puxada para as cervejas Dunkel. Tem aroma de bolo de laranja e um fundo de malte torrado. Sua cor é avermelhada cobre e sua densidade é média. Sabor: 4, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 4

- Santa Brígida Strong Dark Ale: como toda boa Strong Dark Ale inglesa, é uma cerveja bem amarga, mas não excessivamente. É turva puxada para o marrom. O sabor não tem nada de especial a não ser o do próprio malte. Apesar do amargor, é possível tomar mais de uma em uma noite. Sabor: 3, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 4

Para não ser bairrista demais, e para fins de comparação com a Strong Ale da casa, o garçom me indicou a Baldhead Belgian Dark Strong Ale, produzida na Bélgica produzida pela Cervejaria Baldhead de Porto Alegre / RS (Valeu Filipo Andreolla). É impressionante como ela é diferente da cerveja da casa com a mesma denominação. Geralmente, as cervejas belgas são mais doces que as inglesas, e aqui não foi diferente. Sabor de café adocicado, não é turva e sem final amargo (parecido com a holandesa 86 Red). Sabor: 4, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 2

A grande diferença é que essa última custou aproximadamente R$ 15 e todas as cervejas da casa têm o preço de R$ 5,00.

Finalizando, a todos que forem visitar Gramado, recomendo fortemente irem a esse Pub. É diversão garantida.

Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel


A cerveja Franziskaner é um curinga do bom bebedor. Comercializada do Brasil pela InBev, que também é dona da sua marca, é fabricada pela cervejaria Spaten-Franziskaner-Bräu, em Munich, na região da Bavaria, na Alemanha.

Digo que é um curinga por tem, primeiro de tudo, um EXCELENTE custo benefício. E aqui não estou sendo “mão-de-vaca”... realmente é um produto que oferece um ótimo sabor por um preço módico (R$ 5 em média a garrafa).

Já falei das cervejas Dunkel em outro post (bit.ly/uFGVMg), então vou me focar na cerveja. A Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel apresenta cor caramelo e aspecto opaco, com um sabor mais intenso de malte do que a variedade Hell. Se distingue pelo seu agradável nível de carbonato e sabor, deixando uma sensação refrescante. Pelo fato de conter menos lúpulo, quando comparada com a maioria das Pilsen, as cervejas do tipo weiss proporcionam uma sensação gustativa mais suave e frutada. O processo de filtragem permite a presença de fermento após o envase o que, além de dar uma aparência turva à cerveja, promove a re-fermentação na própria garrafa em um processo similar ao das champanhes.

Na boca, é forte o sabor de trigo, azeitonas e banana. É bem pouco amarga e levemente doce no final. Sua densidade é média alta e sua espuma é densa e de difícil formação. A cor, muito bonita, é um marrom puxado para o vermelho.

No geral, além de ser uma cerveja excelente, o custo benefício, como dito, é excepcional, tornando essa uma cerveja digna, para degustadores e iniciantes.



Pontuação

Sabor: 3 

Aparência: 3

Custo Benefício: 5

Greene King Strong Suffolk Vintage Ale


A cervejaria Greene King foi fundada em 1799, na cidade de  Bury St Edmunds, estado de Suffolk,  Inglaterra, por Benjamin Greene.

Dos vários títulos disponíveis dessa cervejaria, a Stong Suffolk chama muito atenção. Por ser uma Old Ale (tipo de cerveja geralmente envelhecida ou segundamente fermentada em tonéis de madeira), é a única cerveja da Inglaterra que fica cerca de dois anos maturada em tonéis de carvalho.

Mistura de duas Ales clássicas (BPA e 5X), foi a primeira vencedora da medalha de ouro do ‘Brewing Industry International Awards’, evento que premiou os melhores produtores de cerveja do mundo, em 1998.
Ao colocar o copo na boca, sente-se o aroma forte de malte, com fundo caramelizado. O sabor é levemente amargo (comparado com outras Old Ales), com forte gosto de café, e fundo de caramelos (o que garante notas doces que complementam o amargor). O teor alcólico (6%) nem é sentido.

Pouco densa, sua espuma é cremosa, e de fácil formação. A cor é rubi escuro, mas com estava em um bar com pouca iluminação, não posso dar mais detalhes. Um fato interessante é que ela não estava muito gelada quando experimentei. Isso é bom – cervejas Ales foram feitas para serem tomadas à temperatura ambiente. Isso maximiza os aromas e acentua o sabor.

No geral, é uma boa cerveja para apreciadores, mas para mim faltou algo especial. O sabor do carvalho não é tão proeminente como deveria ser e ela custa caro – aprox. R$ 20 a garrafa  de 500 ml no bar. 


Pontuação

Sabor: 3 

Aparência: 3

Custo Benefício: 2 

domingo, 9 de outubro de 2011

London Pride Premium Ale


Nesse final de semana, finalmente fui conhecer em Araras-SP o bar Santa Garrafa, com a promessa de experimentar cervejas diferentes e ouvir um bom Rock´n´Roll tocado pelo meu grande amigo MuriloBernardi. O bar é excelente, e realmente tem um cardápio fantástico, que alem de vários rótulos importados de cerveja, oferece comidinhas maravilhosas (recomendo a Berinjela.... muito boa).

Nunca havia falado das cervejas Ales no blog, o que é um contracenso, pois é meu tipo preferido de cerveja. Conhecida como cerveja de alta fermentação, recebe essa denominação pois ao final do processo, a fermentação é feita a com leveduras de temperatura alta, diferente das Lagers, que são fermentadas à baixa temperatura. Estas leveduras fermentam a cerveja rapidamente, proporcionando um sabor adocicado, encorpado e frutado.

Essa divisão é tão fundamental no processo, que diz-se somente existir dois tipos de cervejas no mundo, Ale´s e Lager´s. Todas as outras são derivações dessas duas.

A maioria das ales contém lúpulo que ajuda a equilibrar o sabor adocicado e preservar a cerveja. É comum também adicionar outros agentes amargantes, que também agem como conservantes. Antes da popularização do lúpulo, era utilizada uma mistura de diversas ervas e especiarias chamada de Gruit, que era fervida no mosto.

Geralmente são cervejas mais fortes no gosto e na graduação alcoólica, com cor avermelhada e espuma densa. A maioria delas tem um sabor inicial puxado para o café, apesar de que várias marcas conseguem sabores variados.

A London Pride é considera a marca número de um de Ales Premium da Inglaterra. Possui uma base de malte diferenciada complementada por um rico balanço com sabores de lúpulo das variedades Target, Challenger e Northdown na fermentação.

Logo que se coloca o copo na boca um impressionando e muito delicado aroma de bolo de chocolate com nozes é sentido. O primeiro gosto é amargo, mas não de maneira excessiva. Como toda boa Ale, o gosto de café vem na primeira sensação, acompanhado por um gosto futado não cítrico.

O que achei mais fantástico é que, apesar do aroma surpreendente e do frutado no final, não senti nenhum sabor doce.A densidade (viscosidade) é média, e a espuma é de fácil formação. A cor é um vermelho claro, pálido mas não opaco. A temperatura de apreciação não foi baixa, uma vez que é normal tomar esse tipo de cerveja a uma temperatura mais alta.

No geral, é uma cerveja que me encantou pelo aroma. Não recomendada para pessoas que não estejam acostumados. A relação custo benefício, apesar de estar distorcida pois cervejas importadas em bar serem mais caras, não é tão ruim. Paguei R$22 na garrafa, mais os 10% do garçom.



Pontuação

Sabor: 4 (estou considerando o aroma junto)

Aparência: 3

Custo Benefício:

domingo, 25 de setembro de 2011

Eisenbahn Kölsch


Já há algum tempo que quero escrever sobre a Eisenbahn, essa fantástica e super premiada cervejaria do sul do país, fundada em 2002 em Blumenau. Eisenbahn, em alemão, significa “ferrovia” e para representar o primeiro post dessa casa, vamos falar da cerveja Kölsch.

A Kölsch é uma Ale originada na região da Colônia, na Alemanha. Esse termo foi usado oficialmente pela 
primeira vez em 1918. Uma curiosidade sobre a cidade de Colônia é que Karl Marx disse que sua revolução nuca poderia funcionar lá, uma vez que os chefes iam para o bar beber com seus empregados.

O que torna essa cerveja única é que ela, apesar de ser uma cerveja de alta fermentação (fermentada entre 13 °C e 21 °C), após esse processo é acondicionada no frio (o que é conhecido como “lagerização”). Isso garante a ela um sabor mais suave do que outras Ale´s mais fracas, como as Pale Ale.

Segundo a convenção Kölsch (um acordo entre as cervejarias da Colônia), essa cerveja é pálida, altamente atenuada (medida que determina a conversão de açúcares em álcool e dióxido de carbono pelo processo de fermentação) e clara.

O exemplar apresentado pela Eisenbahn é distinto e bem diferenciado. Ao colocar o copo perto do nariz, aromas de arroz e frutas são sentidos (o que é não esperado, uma vez que, por ser uma Ale, a cerveja é puro malte).

Ao dar a primeira golada, sente-se um líquido mais denso que as cervejas comuns. O sabor é levemente doce e após algum tempo na língua, é possível sentir um fundo frutado. Sua cor é amarelo ouro bem translúcido. Sua espuma é pouco densa e difícil de formar.

No geral, achei uma cerveja boa, salva pelo leve gosto doce. Se não fosse esse “tchans”, ela não teria nada de especial. As mulheres vão adorar, pois ela não amarra a boca e pode-se tomar várias sem “empapuçar”. Quanto ao custo benefício, comprei no supermercado por aproximadamente R$ 5, o que acho alto para uma long neck. Indicada para quem quer tomar uma cerveja diferente mas não quer arriscar um sabor muito fora do gosto comum.





Pontuação

Sabor:  4

Aparência: 2

Custo-benefício: 2

domingo, 11 de setembro de 2011

Próximo post...

Eisenbahn Kölsh


1975


A cerveja 1975 leva esse nome, pois esse foi o ano em que a cervejaria Bürgerliches Brauhaus Budweis (hoje chamada  BMP - Budejovicky Mestansky Pivovar)  foi fundada na cidade de Budweis, na região da Bohemia. Essa região é uma das mais tradicionais para a cerveja no mundo, originária do tipo Pislner, o tipo mais famoso de cerveja do Brasil.

Segundo o site da importadora Bier & Wien, a evolução história da cervejaria ajuda a entender a sua relação com a cerveja americana Budweiser:

· 1795 - É fundada a cervejaria BMP (Budejovicky Mestansky Pivovar).
· 1802 - A cervejaria BMP produz a primeira Budweiser Bier.
· 1872 - A cervejaria BMP inicia exportações aos Estados Unidos.
· 1877 - A cervejaria Anheuser-Busch, nos EUA, registra a marca "Budweiser"
· 1882 - A cervejaria BMP registra a marca "Budweiser Lager Bier".
· 1895 - É fundada a cervejaria Budejovicky Budvar, a concorrente tcheca da BMP.


Também segundo o site, em 1894, Adolphus Busch testemunhou na Corte do Distrito Sul de Nova Iorque, em favor da Cervejaria Anheuser-Busch na disputa pelo uso da marca Budweis, afirmando que sua idéia era simples: "produzir uma cerveja com a mesma qualidade, cor e gosto da cerveja que era produzida em Budweis". Ele se referia à BMP, pois na época não existia nenhuma outra cervejaria em Budweis.

Fabricada sob rigorosos e tradicionais processos, com malte próprio e o lúpulo de Saaz, a 1795 é uma cerveja premium lager com sabor um pouco mais amargo do que as disposníveis no mercado brasileiro (me refiro à Heineken e a Stela Artois). Depois de ser engolida, sobre um leve saber doce e frutado, o que diminui um pouco a sensação de amargor, comum das cervejas Lager.

Sua textura mais viscosa que o normal a torna bem cremosa, com um peso médio a língua e garantindo que seu sabor se espalhe por toda a boca. Sua espuma é pouco densa sua cor é dourado forte, parecido com a Kaiser Gold. O aroma é pouco pronunciado.
No geral é uma boa cerveja, mas não achei nada de especial. Para mim, esse tipo de cerveja ainda é dominado pela Heineken, o que me leva a pontuar a 1975 com uma nota bem ruim no quesito custo-benefício. Paguei aproximadamente R$ 10 no supermercado, mesmo preço de outras cervejas de respeito como Baden-Baden ou a Paulaner. Por isso, indico apenas para os mais curiosos.


Pontuação

Sabor: 3

Aparência: 3

Custo-benefício: 1

domingo, 4 de setembro de 2011

Aguardem...

Essa semana ainda, a Tcheca 1795.

Young´s Double Chocolate Stout

Estava ontem no Shopping de Piracicaba, quando fui surpreendido por um “kioske” novo, quase em frente a C&AA. Atraindo a atenção de várias pessoas, uma filial do Mr. Beer me fez pensar: “Agora fudeu...”

Com muitas opções disponíveis (inclusive a Belga Deus), escolhi para ser o assunto desse post um exemplar que há muito me chama atenção: A cerveja Stout de Chocolate Young, importado da cervejaria inglesa Wells Young´s. Essa cervejaria foi criada por Charles Wells em 1875, a fim de mostrar para o pai da moça em que estava interessado que poderia deixar de ser marinheiro e cuidar de uma família.

A denominação Stout, presente no mercado Brasileiro já há bastante tempo (com a cerveja Caracu) é de uma personalidade sem igual. Sendo uma variação da cervejas Ale, quase não perece cerveja para os que não estão acostumados.

 Feita de malte torrado, possui várias sub-denominações. Porém, todas elas se caracterizam por cervejas com sabor acentuado, geralmente com nível alcoólico elevado (acima de 7%). Sua origem data de 1721, na Inglaterra, e sua variação foi o tipo Porter. Stout significa “bravo”, “corajoso” e “orgulhoso”. A denominação Chocolate Stout é assim designada por conter malte de chocolate em sua formulação. Esse mate é torrado em forno, até atingir a cor do chocolate.

 No caso da Young´s Double Chocolate Stout, alem do malte de chocolate, essência e chocolate amargo são incluídos na mistura (por isso o Double), o que aumenta ainda mais a percepção desse sabor.


Ao colocar o copo perto da boca, o aroma de chocolate amargo, bem suave, me transportou imediatamente para a infância, quando minha mãe fazia para mim leite com quente com chocolate do Padre. Super bem harmonizado, o aroma é a parte mais surpreendente dessa cerveja, e realmente vale o preço.

O primeiro sabor é o café, marca da Stouts. Depois, de maneira muito suave o chocolate amargo toma forma, justificando o título. Lembrou-me o sabor de quando dissolvo um tablete de chocolate 70% em uma xícara de café expresso e não coloco açúcar. O sabor é forte, porém um pouco mais fraco que as stouts brasileiras. E para quem esta achando que seria enjoativo, não é. A cerveja não é doce! (Na verdade, passa longe disso). O sabor de álcool quase imperceptível (devido ao baixo teor alcoólico 5,2%).

A espuma é cremosa e de fácil formação. A textura aveludada, um pouco mais densa do que as lager´s, mas não chega a ser algo que envolve toda a boca.

No geral, é uma cerveja para bebedores iniciados, que querem experimentar sabores exóticos. Um bebedor comum vai achar a cerveja forte e talvez não conseguirá tomar a garrafa inteira. Para quem está procurando sabores novos, é altamente recomendada.

O único ponto fraco dessa cerveja é a relação custo/benefício. Paguei R$ 32 na garrafa, o que acho um preço não abusivo, porem não é barato.

Pontuação

Sabor: 5 (estou considerando o aroma junto)
Aparência: 3
Custo Benefício: 2

domingo, 8 de maio de 2011

Weltenburguer Kloster Hefe Dunkel

Após outro grande hiato, vamos tentar voltar à programação original. Essa semana com uma grande surpresa do mercado brasileiro, uma suave Hefe Dunkel da Weltenburguer Kloster.


Essa fantástica cerveja nasceu no ano de 1050 no monastério beneditino Weltenburg, às margens do Rio Danúbio, na Baviera - Alemanha. Hoje, essa cervejaria é considerada a mais antiga em monastérios do mundo.

No Brasil, ela é produzida pela Cervejaria Petrópolis, a mesma que faz a Itaipava e a Petra, que ganha ponto positivo por faver cervejas diferentes em solo tupiniquim.

A denominação Dunkel (que em alemão é um sinônimo de escuro) é muito famosa fora daqui. Normalmente feita com maltes de Munique, é originada da região da Bavaria.

Sempre de cor avermelhada, é diferenciada das outras cervejas pelo processo de produção chamado Decoction Mashing (não achei uma tradução boa para o Português). Nesse processo uma parte dos grãos é cozida e depois volta à mistura, elevando sua temperatura. A ebulição do amido extrai mais do grão por quebrar suas paredes celulares. Isso confere um sabor extra de malte à cerveja.

No caso da Hefe Dunkel, é utilizado Trigo em vez da cevada convencional, o que traz sabores extras e uma textura mais aveludada ao líquido.

A degustação da Kloster Hefe Dunkel foi feita à aproximadamente 0,2 ºC, em uma tarde ensolarada com tempo variando de ameno para calor. É o Verão dando seus últimos suspiros, não querendo deixar o Outono tomar posse...


A primeira vez que vem a boca, a cerveja surpreende por não ser tão amarga quanto outras Dunkels (Paulaner por exemplo). Na verdade, achei até bem fraca, combinando com o paladar médio do Brasileiro, que não está ainda acostumado com cervejas mais fortes.

A cor é bem vermelha e o aroma é suave - caramelos predominam. Após o primeiro sabor, o que fica é o doce do caramelo e um fraco resíduo de café. Também tem baixo residual alcoólico - com apenas 5,3% (pouca coisa mais que as cervejas Pilsen comuns), não sobra nada após ser engolida.

No geral, é uma cerveja para quem está querendo se aventurar pelo mundo das "importadas" mas ainda não está habituado á sabores mais fortes e marcantes. Mas é muito gostosa de se beber e novamente, o fato de que é produzida aqui aumenta a apreciação.

A relação custo benefício não é das mais altas, mas também não é ruim. Comprei no supermercado Covabra,   por aproximadamente R$ 10,00 (as Baden estavam mais caras).


Pontuação

Sabor: 3
Aparência: 3
Custo Benefício: 3

domingo, 16 de janeiro de 2011

La Trappe - Dubbel

Para comemorar o retorno do Blog, falaremos dessa maravilhosa cerveja Holandesa, feita com a supervisão dos monges Trapistas. Tive a oportunidade de apreciar uma garrafa, presente do meu querido amigo Guilherme. Mas, antes de falar da apreciação, vamos colocar um pouco de história.

A cerveja Trapista

Para receber o rótulo de Trapista, é necessária à cerveja ser produzida em algum dos 7 monastérios (6 na Bélgica e 1 na Holanda), sob a supervisão dos monges de mesmo nome. Além da restrição da localidade, também tem que cumprir com três regras: (1) a cerveja é feita dentro dos monastérios, sob a supervisão dos monges, (2) a cerveja é controlada pelo monastério, e sua agenda de produção segue a agenda do mesmo, (3) a venda da cerveja não deve ser rentável – todo o lucro vai para caridade, ou para ajudar a manter os monastérios.

À propósito, a ordem dos Trapistas é originada da ordem dos Cisterianos, também conhecidos como Monges Brancos, por causa da cor de suas vestes. A ordem dos Trapistas surgiu no monastério de La Trappe (que dá o nome à cerveja desse tópico), na França, em 1664, em resposta a um “relaxamento” aos preceitos das Regras de São Benedito.

As cervejas trapistas são Ale (alta fermentação) por definição. A variação Dubbel (também conhecida como “Double”) tem sua origem na abadia de Westmalle, na Bélgica, em 1856. De cor marrom-avermelhado, feito com malte caramelado, é uma cerveja forte, com boa graduação alcoólica (~7%).

Apresentação da Cerveja La Trappe Dubbel


















A ceveja La Trappe Dubbel é apresentada em uma garrafa de 600 ml, com rolha tipo Chanpagne. O rótulo trás o nome da cerveja , o tipo (Dubbel) e a inscrição  O.L.V. Koningshoeven Abbey, que designa a abadia de origem (fundada em 1880 e convertida em um monastério trapista em 1884).

Apreciação

















A apreciação foi feita em uma taça específica para cevejas de alta fermentação, à temperatura de 0,4 °C.
Como esperado, a cor marrom-avermelhado é facilmente notada. O sabor é primeiramente forte mas fica leve e bem delicado no final (para uma cerveja Ale). Amargor característico das Ale, um pouco adocicado, com notas de café e chocolate amargo.
Outro ponto marcante – os 7% de alcool não são sentidos, como em outras cervejas com teor mais elevado. O que não enjôa e nem desencoraja a apreciação de mais de uma garrafa.

O custo benefício é um pouco desavantajado – olhei no Buscapé e encontre um custo médio de R$ 38,00. Mas como a minha foi presente, não tive esse problema ^^ !

Pontuação

Sabor: 4
Aparência: 4
Custo Benefício: 3

Importadora: Bier&Wein

Retorno !

Após um longo hiato, pretendo retomar as postagens do blog, com as cervejas que tenho experimentado e outros assuntos relacionados à cultura de bar !