Para comemorar o retorno do Blog, falaremos dessa maravilhosa cerveja Holandesa, feita com a supervisão dos monges Trapistas. Tive a oportunidade de apreciar uma garrafa, presente do meu querido amigo Guilherme. Mas, antes de falar da apreciação, vamos colocar um pouco de história.
A cerveja Trapista
Para receber o rótulo de Trapista, é necessária à cerveja ser produzida em algum dos 7 monastérios (6 na Bélgica e 1 na Holanda), sob a supervisão dos monges de mesmo nome. Além da restrição da localidade, também tem que cumprir com três regras: (1) a cerveja é feita dentro dos monastérios, sob a supervisão dos monges, (2) a cerveja é controlada pelo monastério, e sua agenda de produção segue a agenda do mesmo, (3) a venda da cerveja não deve ser rentável – todo o lucro vai para caridade, ou para ajudar a manter os monastérios.
À propósito, a ordem dos Trapistas é originada da ordem dos Cisterianos, também conhecidos como Monges Brancos, por causa da cor de suas vestes. A ordem dos Trapistas surgiu no monastério de La Trappe (que dá o nome à cerveja desse tópico), na França, em 1664, em resposta a um “relaxamento” aos preceitos das Regras de São Benedito.
As cervejas trapistas são Ale (alta fermentação) por definição. A variação Dubbel (também conhecida como “Double”) tem sua origem na abadia de Westmalle, na Bélgica, em 1856. De cor marrom-avermelhado, feito com malte caramelado, é uma cerveja forte, com boa graduação alcoólica (~7%).
Apresentação da Cerveja La Trappe Dubbel
A ceveja La Trappe Dubbel é apresentada em uma garrafa de 600 ml, com rolha tipo Chanpagne. O rótulo trás o nome da cerveja , o tipo (Dubbel) e a inscrição O.L.V. Koningshoeven Abbey, que designa a abadia de origem (fundada em 1880 e convertida em um monastério trapista em 1884).
Apreciação
A apreciação foi feita em uma taça específica para cevejas de alta fermentação, à temperatura de 0,4 °C.
Como esperado, a cor marrom-avermelhado é facilmente notada. O sabor é primeiramente forte mas fica leve e bem delicado no final (para uma cerveja Ale). Amargor característico das Ale, um pouco adocicado, com notas de café e chocolate amargo.
Outro ponto marcante – os 7% de alcool não são sentidos, como em outras cervejas com teor mais elevado. O que não enjôa e nem desencoraja a apreciação de mais de uma garrafa.
O custo benefício é um pouco desavantajado – olhei no Buscapé e encontre um custo médio de R$ 38,00. Mas como a minha foi presente, não tive esse problema ^^ !
Pontuação
Sabor: 4
Aparência: 4
Custo Benefício: 3
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