sábado, 14 de julho de 2012

Bacia Hidrográfica da Cerveja

Faz um tempo que achei esse infográfico na revista Super Interessante, e resolvi postar no Blog. Achei no site Confraria da Birita.

Vou colar aqui em baixa resolução, mas segue o link para download em alta: http://confrariadabirita.com.br/bacia-hidrografica-da-cerveja.html

Baden Baden Red Ale

Faz algum tempo que estou para falar desse rótulo, atualmente o meu preferido. E como hoje está bem frio em Rio Claro, vou juntar a sede com a vontade de beber.

Essa foi a primeira cerveja especial que eu experimentei, na praia do Guarujá, com meu Pai. Lembro que eu adorei e ele não, pois achou muito forte. Foi dela que nasceu minha vontade de conhecer mais sobre essa bebida. Fico ainda mais feliz de falar dela por ser uma cerveja Brasileira, feita em Campos do Jordão.

Deixei na geladeira para não ficar muito gelada, afinal as papilas gustativas devem estar bem "acordadas" para saborear todas as nuances do sabor e aroma. Comecei a degustação com 1,5 °C, com a esperança que ela chegue a 6 °C (que é a temperatura ideal). Isso é muito quente para uma cerveja tradicional.

Colocada no copo, a cor vermelho escuro predomina. Parece vinho rosé. A espuma é pouco densa, de fácil formação, ainda mais devido à temperatura de servir. O aroma é de rapadura e açúcar mascavo com fundo de banana (mesmo não sendo uma cerveja de trigo). Depois desse aroma, vem  os caramelos, o café, e por último, o lúpolo, que segundo o site do fabricante, é herbal.

O aroma é realmente especial, de ficar bastante tempo só sentindo e apreciando. Como eu comecei com a cerveja mais gelada do que o necessário, não tive a preocupação dela "esquentar".

Na  boca, o primeiro sabor que aparece é o amargor. Porém, é um amargor equilibrado - já tomei lagers que são mais amargas. Quando o amargor passa, um leve sabor doce complementa, com o lúpulo no fundo. O sabor de alcool é forte também, afinal ela tem 9,2% de alcool (o dobro das cervejas Pilsners normais, como Skol e Bhrama).

O custo benefício é alto. ela custa aproximadamente R$ 11 no supermercado, uma garrafa de 600 ml. Com esse preço, fica na frente de muitas cervejas importadas, que custam ás vezes até duas vezes mais, e não entregam tanto aroma e sabor.

Enfim, é uma cerveja maravilhosa. Porém, quem não está acostumado, vai achar bem forte e amarga, por isso, se for experimentar, tenha a mente aberta !

Sabor: 5

Aspectos Gerais: 5

Custo Benefício: 5


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Old Engine Oil – Porter


Cervejas Porter são cervejas escuras, originárias da Inglaterra, no século 18. Descendentes das cervejas escuras, são feitas com muito lúpulo e malte marrom. É o tipo que originou a cerveja Stout, sendo essas consideras versões mais fortes que a cerveja Porter.

Originalmente, a cerveja Porter era feita com 100% malte escuro. Porém, durante o século 18,  malte escuros, embora mais baratos que os maltes Pale, produziam apenas cerca de dois terços de material fermentado.

Quando o imposto de malte foi aumentado para ajudar a pagar a guerra napoleônica, os cervejeiros tinham um incentivo para usar menos malte. A solução foi usar uma proporção de malte claro e adicionar o corante para obter o tom esperado.

Quando foi aprovada uma lei em 1816 permitindo que apenas malte e lúpulo para ser usado na produção de cerveja (uma espécie de Reinheitsgebot inglesa), surgiu o dilema. O problema foi resolvido pela invenção de Wheeler do malte de quase negros em 1817. Assim, se tornou possível fabricar cerveja porter de 95% de malte pálido e 5% malte quase negro, embora a maioria dos fabricantes de cerveja de Londres continuou a usar alguns malte marrom para o sabor.

A cerveja escocesa Old Engine Oil Porter, feita com lúpulos Galena, Worcester Fuggles e Kent Goldings, tem esse nome pois o primeiro Mestre-Cervejeiro da Harviestoun (cervejaria responsável pelo rótulo), Ken Brooker, passou parte de sua vida fazendo protótipos de madeira para a Ford Motor Company. Essa cerveja preta e espessa fazia Ken se lembrar do óleo de motores velhos e por isso ele a batizou em homenagem ao seu segundo amor, o motor de combustão interna.

Colocada no copo, sua cor escura, totalmente pálida, e sua viscosidade, deixa parecer que é óleo de motor.   A espuma é bem densa, e de difícil formação.

Seu aroma é caramelado, de malte torrado, com fundo doce, e seu líquido, completando a apresentação, é de média densidade.

O sabor tem amargor médio, notas café torrado e chocolate amargo. Achei um pouco menos amargo que a Guinness, porém mais rico, pois tem um fundo levemente doce. Tem pouco sabor de álcool residual (6%).

No geral, apesar do nome super divertido, é uma cerveja interessante para se experimentar. Mas o sabor é forte, por isso, os menos acostumados vão estranhar um pouco.


O custo benefício não é tão alto... paguei R$14 em uma longneck, na padaria Gaib (a nova), em Rio Claro.



Sabor: 4

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 3




domingo, 1 de julho de 2012

Badger Poacher´s Choice


Resolvi reservar um post para esse rótulo, pois quanto provei, lembrei os motivos por ter começado esse blog e experimentar cervejas diferentes.

Essa cerveja é impressionante!

Colocado no copo, ela tem cor rubi intenso. Um cobre puxado para o vermelho, que nunca tinha visto em nenhuma outra. A espuma é de difícil formação e o líquido é pouco denso.

Mesmo bebendo em copo de plástico (estava em um churrasco), o aroma que surgiu foi realmente memorável. Com estrutura bem doce, amoras, cerejas e ameixas bem marcadas. Fiquei apreciando um bom tempo antes de tomar o primeiro gole, torcendo para que o sabor completasse as notas frutadas do aroma.

Ao colocar na boca, realmente fiquei realizado. O amargor médio do começo é rapidamente substituído por um sabor levemente doce, com as frutas que estavam no aroma. 
Impressionou muito o equilíbrio do nível de açúcar. Uma composição como essa pode ficar ou só na promessa ou então ficar enjoativa. Mas pode-se beber essa cerveja por bastante tempo sem enjoar ou empapuçar.

Essa cerveja realmente valeu à pena. É totalmente indicada para pessoas que querem experimentar algo diferente, mas tem medo de não gostar do sabor e jogar dinheiro fora.

O custo benefício é exponecializado pela entrega – paguei R$ 14 no Empório Folha de Uva, em Rio Claro.

Ele merece a marca Editor´s Choice.

Sabor: 5

Aspecto Geral: 5

Custo Benefício: 4

Badger First Gold


Cada dia que entro em emporiuns no Brasil e vejo cervejas diferentes, fico feliz do mercado estar crescendo e a disponibilidade de novos títulos aumentando.

Já havia experimentado um título da Badger, a Golden Glory. Por ocasião do aniversário do meu grande amigo Tiago (Marrone), comprei outros dois rótulos dessa marca, a First Gold, que vamos falar aqui, e a Poacher´s Choice.

Todas elas são marcas da cervejaria Hall & Woodhouse, e são produzidas desde 1777. Hoje, essa cervejaria é aque mais produz cervejas Ales do Reino Unido e a quarta maior produtora do mundo.

A First Gold usa o exclusivo lúpulo floral inglês First Gold.Colocada no copo, seu aroma é de malte torrado, com fundo doce. Tem um belo floral misturado. Seu líquido é de baixa densidade e a espuma é de fácil formação. Sua cor é cobre pálida, bem transparente. Seu paladar é limpo e ligeiramente picante, com sutis traços de laranja. É bem refrescante. Porém, o sabor não é muito pronunciado. Até o amargor, que é o que mais se sobressai, e bem mais leve do que o normal para Ales.

No geral, achei uma cerveja “charmosa”, boa para tomar em dia quente (quanto bem gelada), e acompanhar alguma sobremesa mais doce (ela vai contrabalancear o sabor). Recomendada!

O custo benefício é interessante, paguei R$ 14 no Empório Folha de Uva, em Rio Claro.


Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 4


Duvel


O Diabo... místico, inebriante e sedutor ! Não é à toa que a cerveja desse post empresta o nome desse ser peculiar. Ela é uma cerveja peculiar.

A história dessa cerveja começou no dia 12 de setembro de 1871 quando Jan-Leonard Moortgat, juntamente com a mulher, Maria Hendrika De Block, construiu a cervejaria Moorthgat no centro da cidade de Breendonk, localizada próxima a Bruxelas e Antuérpia na Bélgica. Era uma cervejaria familiar com a produção vendida somente no mercado local.

A história da cervejaria (e da cerveja) começou a mudar no ano de 1918, quando Albert viajou para a Escócia com o objetivo de obter uma amostra da levedura da cerveja McEwan's, que seria empregada na produção de uma nova cerveja semelhante às inglesas, que estavam muito populares nesta época. Segundo a cervejaria, foi Van De Wouwer, um sapateiro e amigo de Albert, que descreveu a cerveja como um verdadeiro diabo (“nen echten Duvel”), isto porque sua graduação alcoólica era extremamente alta, aproximadamente 8.5%. Daí surgiu, em 1923, o nome para a cerveja que passaria a ser conhecida como DUVEL, que em idioma flamenco significa diabo.*

Considerada por muitos a versão definitiva da denominação Belgian Strong Golden Ale, é feita com malte Pilsner e açúcar branco, e com lúpulos Saaz e Styrian Goldins. Há uma particularidade super interessante na produção dessa cerveja, ela é um misto de cerveja lager e cerveja ale.

A fermentação é feita em duas partes. A primeira leva de 4 a 8 dias com a levedura Saccharomyces cerevisiae cerevisiae, à temperatura ambiente (20°C a 26°C). A segunda leva aproximadamente 20 dias, e é feita à baixas temperaturas (-2°C).

Após isso, ela é maturada durante 2 semanas na própria garrafa, com uma adição extra de leveduras, e depois é maturada durante 6 semanas a aproximadamente 5°C.

A degustação deve ser feita à temperatura ambiente (não se deve bebê-la gelada pois isso atrapalha as papilas gustativas a sentir os sabores). Colocada no copo correto, a espuma é pouco densa e de fácil formação. A cor é amarelo brilhante, porém um pouco turvo. O aroma é de lúpulo, com um fundo doce. Ao levar à boca, o líquido é bem pouco denso. Seu sabor é super equilibrado, entre o doce e o amargo, com sabor de álcool devido ao seu alto grau alcoólico.

No geral, é uma cerveja muito boa. Mas achei que ficou faltando algo. Ele á uma cerveja simples, com um final doce. Geralmente, as Golden Ale são aquelas que as cervejarias escolhem para acrescentar sabores diferentes e inusitados á fórmula (vide Baden Baden Golden Ale). Isso faz sentido se você considerar a sua origem (Bélgica). Vale a pena experimentar, mas com certeza, não se tornou uma de minhas favoritas.

Quanto ao custo benefício, acho baixo pois paguei aproximadamente R$25 em um bar, em São Paulo. Há cervejas mais baratas que entregam uma experiência mais memorável.


Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 2

* História retirada do site Mundo das Marcas.