domingo, 27 de novembro de 2011

Rasen Dunkel

Em Gramado, também tive a oportunidade de experimentar uma outra cerveja que é feita lá: a Rasen. O tipo que experimentei foi a Dunkel, em uma noite fria de domingo.

Possui quatro tipos diferentes de maltes e 2 tipos de lúpulo e segue a lei da pureza alemã. Por ser uma Lager (baixa fermentação) ela é mais fraca que outras as Dunkel que já experimentei. Com forte gosto de café (sem outros sabores especiais) tem cor marrom bem escuro, com tons avermelhados. Tem densidade e amargor média e final levemente doce.

No geral, não achei uma cerveja surpreendente - valeu por ser de lá e não ter em SP para comercializar. Mas o custo benefício deixa a desejar R$ 15 uma garrafa.

Pontuação:

Sabor: 3

Aspecto Geral: 3

Custo Benefício: 2

Santa Brígida Irish Pub – Gramado - RS


Esse é um post um pouco diferente... em vez de analisarmos uma cerveja, vou falar de um Bar inteiro. Em Gramado-RS, o Santa Brígida Irish Pub proporcionou a mim e a minha noiva Fernanda algumas fantásticas horas e ótimas surpresas.

Localizada na avenida das Hortênsias (muito famosa em Gramado), é uma casa de madeira com calefação (afinal lá faz muito frio) simples por fora. Dentro, uma carta com mais de 100 rótulos e várias comidinhas, somadas a um ambiente despojado, tornam a experiência completa de se achar na Irlanda.

Fui com a intenção de experimentar vários rótulos importados mas quando fui pedir, uma luz bateu em mim e eu decidi perguntar: “Vocês têm alguma cerveja da região ?”. Esperava que o garçom fosse me oferecer a Razen (que é feita em Gramado) ou a Oak, de Santa Catarina. Ledo engano... O que o garçom me ofereceu foram quatro tipos de cervejas produzidas pelo próprio bar...

Quando a idéia bateu, fiquei meio receoso. Afinal, nunca se sabe o quanto está se desejando fazer um bom produto, ou apenas tentando enganar turistas. Porém, mesmo assim, decidi experimentar a rodada. No primeiro gole, percebi que acabara de tomar uma decisão super acertada...

- Santa Brígida Golden Ale: essa foi uma das cervejas MAIS IMPRESSIONANTES             que eu já tive a oportunidade de experimentar. E foi logo a primeira (eles devem fazer de propósito...). As Golden Ale são geralmente mais doces e frutadas e essa não é diferente. Porém, o que realmente impressionou foi tanto o aroma quanto o sabor frutado, com saliente sabor de mangas e pêssegos. Bem pouco amarga e densa, sua cor dourada turva completa o pacote. Perfeita. Sabor: 5, Aspecto Geral: 5, Custo Benefício: 5. Essa cerveja é a primeira a receber nota máxima em todos os quesitos.



- Santa Brígida Deutsch Ale: segunda cerveja experimentada é leve e adocicada. A cor é um pouco mais escura que a Golden, puxado para o vermelho. Foi a que menos me impressionou, por ser a mais “normalzinha”... Sabor: 3, Aspecto Geral: 3, Custo Benefício: 3

- Santa Brígida Vienna Ale: terceira experimentada é bem encorpada, puxada para as cervejas Dunkel. Tem aroma de bolo de laranja e um fundo de malte torrado. Sua cor é avermelhada cobre e sua densidade é média. Sabor: 4, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 4

- Santa Brígida Strong Dark Ale: como toda boa Strong Dark Ale inglesa, é uma cerveja bem amarga, mas não excessivamente. É turva puxada para o marrom. O sabor não tem nada de especial a não ser o do próprio malte. Apesar do amargor, é possível tomar mais de uma em uma noite. Sabor: 3, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 4

Para não ser bairrista demais, e para fins de comparação com a Strong Ale da casa, o garçom me indicou a Baldhead Belgian Dark Strong Ale, produzida na Bélgica produzida pela Cervejaria Baldhead de Porto Alegre / RS (Valeu Filipo Andreolla). É impressionante como ela é diferente da cerveja da casa com a mesma denominação. Geralmente, as cervejas belgas são mais doces que as inglesas, e aqui não foi diferente. Sabor de café adocicado, não é turva e sem final amargo (parecido com a holandesa 86 Red). Sabor: 4, Aspecto Geral: 4, Custo Benefício: 2

A grande diferença é que essa última custou aproximadamente R$ 15 e todas as cervejas da casa têm o preço de R$ 5,00.

Finalizando, a todos que forem visitar Gramado, recomendo fortemente irem a esse Pub. É diversão garantida.

Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel


A cerveja Franziskaner é um curinga do bom bebedor. Comercializada do Brasil pela InBev, que também é dona da sua marca, é fabricada pela cervejaria Spaten-Franziskaner-Bräu, em Munich, na região da Bavaria, na Alemanha.

Digo que é um curinga por tem, primeiro de tudo, um EXCELENTE custo benefício. E aqui não estou sendo “mão-de-vaca”... realmente é um produto que oferece um ótimo sabor por um preço módico (R$ 5 em média a garrafa).

Já falei das cervejas Dunkel em outro post (bit.ly/uFGVMg), então vou me focar na cerveja. A Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel apresenta cor caramelo e aspecto opaco, com um sabor mais intenso de malte do que a variedade Hell. Se distingue pelo seu agradável nível de carbonato e sabor, deixando uma sensação refrescante. Pelo fato de conter menos lúpulo, quando comparada com a maioria das Pilsen, as cervejas do tipo weiss proporcionam uma sensação gustativa mais suave e frutada. O processo de filtragem permite a presença de fermento após o envase o que, além de dar uma aparência turva à cerveja, promove a re-fermentação na própria garrafa em um processo similar ao das champanhes.

Na boca, é forte o sabor de trigo, azeitonas e banana. É bem pouco amarga e levemente doce no final. Sua densidade é média alta e sua espuma é densa e de difícil formação. A cor, muito bonita, é um marrom puxado para o vermelho.

No geral, além de ser uma cerveja excelente, o custo benefício, como dito, é excepcional, tornando essa uma cerveja digna, para degustadores e iniciantes.



Pontuação

Sabor: 3 

Aparência: 3

Custo Benefício: 5

Greene King Strong Suffolk Vintage Ale


A cervejaria Greene King foi fundada em 1799, na cidade de  Bury St Edmunds, estado de Suffolk,  Inglaterra, por Benjamin Greene.

Dos vários títulos disponíveis dessa cervejaria, a Stong Suffolk chama muito atenção. Por ser uma Old Ale (tipo de cerveja geralmente envelhecida ou segundamente fermentada em tonéis de madeira), é a única cerveja da Inglaterra que fica cerca de dois anos maturada em tonéis de carvalho.

Mistura de duas Ales clássicas (BPA e 5X), foi a primeira vencedora da medalha de ouro do ‘Brewing Industry International Awards’, evento que premiou os melhores produtores de cerveja do mundo, em 1998.
Ao colocar o copo na boca, sente-se o aroma forte de malte, com fundo caramelizado. O sabor é levemente amargo (comparado com outras Old Ales), com forte gosto de café, e fundo de caramelos (o que garante notas doces que complementam o amargor). O teor alcólico (6%) nem é sentido.

Pouco densa, sua espuma é cremosa, e de fácil formação. A cor é rubi escuro, mas com estava em um bar com pouca iluminação, não posso dar mais detalhes. Um fato interessante é que ela não estava muito gelada quando experimentei. Isso é bom – cervejas Ales foram feitas para serem tomadas à temperatura ambiente. Isso maximiza os aromas e acentua o sabor.

No geral, é uma boa cerveja para apreciadores, mas para mim faltou algo especial. O sabor do carvalho não é tão proeminente como deveria ser e ela custa caro – aprox. R$ 20 a garrafa  de 500 ml no bar. 


Pontuação

Sabor: 3 

Aparência: 3

Custo Benefício: 2