domingo, 25 de setembro de 2011

Eisenbahn Kölsch


Já há algum tempo que quero escrever sobre a Eisenbahn, essa fantástica e super premiada cervejaria do sul do país, fundada em 2002 em Blumenau. Eisenbahn, em alemão, significa “ferrovia” e para representar o primeiro post dessa casa, vamos falar da cerveja Kölsch.

A Kölsch é uma Ale originada na região da Colônia, na Alemanha. Esse termo foi usado oficialmente pela 
primeira vez em 1918. Uma curiosidade sobre a cidade de Colônia é que Karl Marx disse que sua revolução nuca poderia funcionar lá, uma vez que os chefes iam para o bar beber com seus empregados.

O que torna essa cerveja única é que ela, apesar de ser uma cerveja de alta fermentação (fermentada entre 13 °C e 21 °C), após esse processo é acondicionada no frio (o que é conhecido como “lagerização”). Isso garante a ela um sabor mais suave do que outras Ale´s mais fracas, como as Pale Ale.

Segundo a convenção Kölsch (um acordo entre as cervejarias da Colônia), essa cerveja é pálida, altamente atenuada (medida que determina a conversão de açúcares em álcool e dióxido de carbono pelo processo de fermentação) e clara.

O exemplar apresentado pela Eisenbahn é distinto e bem diferenciado. Ao colocar o copo perto do nariz, aromas de arroz e frutas são sentidos (o que é não esperado, uma vez que, por ser uma Ale, a cerveja é puro malte).

Ao dar a primeira golada, sente-se um líquido mais denso que as cervejas comuns. O sabor é levemente doce e após algum tempo na língua, é possível sentir um fundo frutado. Sua cor é amarelo ouro bem translúcido. Sua espuma é pouco densa e difícil de formar.

No geral, achei uma cerveja boa, salva pelo leve gosto doce. Se não fosse esse “tchans”, ela não teria nada de especial. As mulheres vão adorar, pois ela não amarra a boca e pode-se tomar várias sem “empapuçar”. Quanto ao custo benefício, comprei no supermercado por aproximadamente R$ 5, o que acho alto para uma long neck. Indicada para quem quer tomar uma cerveja diferente mas não quer arriscar um sabor muito fora do gosto comum.





Pontuação

Sabor:  4

Aparência: 2

Custo-benefício: 2

domingo, 11 de setembro de 2011

Próximo post...

Eisenbahn Kölsh


1975


A cerveja 1975 leva esse nome, pois esse foi o ano em que a cervejaria Bürgerliches Brauhaus Budweis (hoje chamada  BMP - Budejovicky Mestansky Pivovar)  foi fundada na cidade de Budweis, na região da Bohemia. Essa região é uma das mais tradicionais para a cerveja no mundo, originária do tipo Pislner, o tipo mais famoso de cerveja do Brasil.

Segundo o site da importadora Bier & Wien, a evolução história da cervejaria ajuda a entender a sua relação com a cerveja americana Budweiser:

· 1795 - É fundada a cervejaria BMP (Budejovicky Mestansky Pivovar).
· 1802 - A cervejaria BMP produz a primeira Budweiser Bier.
· 1872 - A cervejaria BMP inicia exportações aos Estados Unidos.
· 1877 - A cervejaria Anheuser-Busch, nos EUA, registra a marca "Budweiser"
· 1882 - A cervejaria BMP registra a marca "Budweiser Lager Bier".
· 1895 - É fundada a cervejaria Budejovicky Budvar, a concorrente tcheca da BMP.


Também segundo o site, em 1894, Adolphus Busch testemunhou na Corte do Distrito Sul de Nova Iorque, em favor da Cervejaria Anheuser-Busch na disputa pelo uso da marca Budweis, afirmando que sua idéia era simples: "produzir uma cerveja com a mesma qualidade, cor e gosto da cerveja que era produzida em Budweis". Ele se referia à BMP, pois na época não existia nenhuma outra cervejaria em Budweis.

Fabricada sob rigorosos e tradicionais processos, com malte próprio e o lúpulo de Saaz, a 1795 é uma cerveja premium lager com sabor um pouco mais amargo do que as disposníveis no mercado brasileiro (me refiro à Heineken e a Stela Artois). Depois de ser engolida, sobre um leve saber doce e frutado, o que diminui um pouco a sensação de amargor, comum das cervejas Lager.

Sua textura mais viscosa que o normal a torna bem cremosa, com um peso médio a língua e garantindo que seu sabor se espalhe por toda a boca. Sua espuma é pouco densa sua cor é dourado forte, parecido com a Kaiser Gold. O aroma é pouco pronunciado.
No geral é uma boa cerveja, mas não achei nada de especial. Para mim, esse tipo de cerveja ainda é dominado pela Heineken, o que me leva a pontuar a 1975 com uma nota bem ruim no quesito custo-benefício. Paguei aproximadamente R$ 10 no supermercado, mesmo preço de outras cervejas de respeito como Baden-Baden ou a Paulaner. Por isso, indico apenas para os mais curiosos.


Pontuação

Sabor: 3

Aparência: 3

Custo-benefício: 1

domingo, 4 de setembro de 2011

Aguardem...

Essa semana ainda, a Tcheca 1795.

Young´s Double Chocolate Stout

Estava ontem no Shopping de Piracicaba, quando fui surpreendido por um “kioske” novo, quase em frente a C&AA. Atraindo a atenção de várias pessoas, uma filial do Mr. Beer me fez pensar: “Agora fudeu...”

Com muitas opções disponíveis (inclusive a Belga Deus), escolhi para ser o assunto desse post um exemplar que há muito me chama atenção: A cerveja Stout de Chocolate Young, importado da cervejaria inglesa Wells Young´s. Essa cervejaria foi criada por Charles Wells em 1875, a fim de mostrar para o pai da moça em que estava interessado que poderia deixar de ser marinheiro e cuidar de uma família.

A denominação Stout, presente no mercado Brasileiro já há bastante tempo (com a cerveja Caracu) é de uma personalidade sem igual. Sendo uma variação da cervejas Ale, quase não perece cerveja para os que não estão acostumados.

 Feita de malte torrado, possui várias sub-denominações. Porém, todas elas se caracterizam por cervejas com sabor acentuado, geralmente com nível alcoólico elevado (acima de 7%). Sua origem data de 1721, na Inglaterra, e sua variação foi o tipo Porter. Stout significa “bravo”, “corajoso” e “orgulhoso”. A denominação Chocolate Stout é assim designada por conter malte de chocolate em sua formulação. Esse mate é torrado em forno, até atingir a cor do chocolate.

 No caso da Young´s Double Chocolate Stout, alem do malte de chocolate, essência e chocolate amargo são incluídos na mistura (por isso o Double), o que aumenta ainda mais a percepção desse sabor.


Ao colocar o copo perto da boca, o aroma de chocolate amargo, bem suave, me transportou imediatamente para a infância, quando minha mãe fazia para mim leite com quente com chocolate do Padre. Super bem harmonizado, o aroma é a parte mais surpreendente dessa cerveja, e realmente vale o preço.

O primeiro sabor é o café, marca da Stouts. Depois, de maneira muito suave o chocolate amargo toma forma, justificando o título. Lembrou-me o sabor de quando dissolvo um tablete de chocolate 70% em uma xícara de café expresso e não coloco açúcar. O sabor é forte, porém um pouco mais fraco que as stouts brasileiras. E para quem esta achando que seria enjoativo, não é. A cerveja não é doce! (Na verdade, passa longe disso). O sabor de álcool quase imperceptível (devido ao baixo teor alcoólico 5,2%).

A espuma é cremosa e de fácil formação. A textura aveludada, um pouco mais densa do que as lager´s, mas não chega a ser algo que envolve toda a boca.

No geral, é uma cerveja para bebedores iniciados, que querem experimentar sabores exóticos. Um bebedor comum vai achar a cerveja forte e talvez não conseguirá tomar a garrafa inteira. Para quem está procurando sabores novos, é altamente recomendada.

O único ponto fraco dessa cerveja é a relação custo/benefício. Paguei R$ 32 na garrafa, o que acho um preço não abusivo, porem não é barato.

Pontuação

Sabor: 5 (estou considerando o aroma junto)
Aparência: 3
Custo Benefício: 2