sábado, 25 de agosto de 2012

Edelweiss Hefetrüb Weissbier

O assunto desse post é o maravilhoso rótulo Edelweiss Hefetrüb Weisbier, fabricado pela cervejaria austríaca Kautenhausen, que tem mais de 530 anos de tradição.

No Brasil, esse rótulo é comercializado pelas Cervejarias Heineken, que merece nosso respeito pela ótima lager premium e por propiciar a nós, Brasileiros, a possibilidade de experimentar outros rótulos maravilhosos.

O Edelweiß é uma flor branca que nasce nos Alpes da Europa na região da França, Itália, Suíça, Iugoslávia e Áustria, onde, tradicionalmente, se tornou o símbolo do país. É uma flor de  verão de climas temperados, portanto, nasce nas porções mais altas e frias das montanhas.

Existem muitas lendas sobre esta flor. Uma delas diz que um rapaz, quando apaixonado por uma garota, deveria escalar a montanha, numa expedição difícil e arriscada, pegar um edelweiss e trazê-lo para a amada como prova de seu amor. Ainda hoje, no folclore austríaco, as danças e músicas tirolezas fazem referência a esta lenda. *

Como toda boa Weissbier, ela tem uma cor maravilhosa e um sabor complexo, cheio de notas frutadas e divertidas.

Esse tipo de cerveja deve ser servido conforme a tradição: em um copo que caiba todo o volume da garrafa. Geralmente, eu passo um pouco de água no copo antes de servir, para evitar a formação de espuma ao despejar. Nunca se deve despejar todo o conteúdo da garrafa no copo de uma vez. O malte de trigo decanta na fermentação, então um "restinho" (de aproximadamente 1 ou 2 dedos) deve ser deixado na garrafa, para que o que decantou seja misturado novamente.

Quando isso é feito, a cerveja, que tinha uma cor dourada e limpa, passa a ter uma cor amarelada turva e opaca, sendo que o espetáculo da mistura acontece lentamente.

Colocado o copo perto do nariz, a Edelweiss propicia aromas de azeitonas verdes, bananas e laranjas (levemente ácido), com final de lúpulo. A espuma de baixa densidade. Quanto a formação, na maneira de servir, ela só é formada na própria garrafa.


Na boca, o liquido é aveludado e de média densidade. O primeiro sabor é de bananas, bem acentuado, misturado com chiclete de tutti-frutti. O amargor do lúpulo é redondo, não muito forte. Primeiramente, ele vem junto com uma leve acidez, depois sobra só o amargor sóbrio e bem equilibrado. O gosto final é composto do amargor e de um final levemente doce, que completa a complexa experiência da degustação.

Essa cerveja é deliciosa e impressionantemente leve, o que a faz uma ótima pedida para pessoas que ainda não estão acostumados com cervejas diferentes e querem experimentar algo novo. Vai muito bem com carnes (degustei junto com uma fraldinha com bacon na cerveja e arroz carreteiro). O rico sabor levemente adocicado atravessa o sabor forte da Fraldinha e completa a residual doçura do bacon.

Quanto ao custo benefício, fica difícil estimar pois ela é presente, mas em geral é alto, tendo um preço médio de R$ 11 no supermercado.

Por fim, faço uma menção honrosa à minha cunhada, a Mari, por ter me presenteado com essa delícia (e com várias outras coisinhas), e ter nos divertido com sua visita !

* Retirado do blog Das Haus Die Frau


Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 5



domingo, 12 de agosto de 2012

Baden Baden Bock


A cerveja tipo Bock é a prova de que cervejas Lager, de baixa fermentação, podem ser tão fortes e saborosas como as cervejas Ale. Esse tipo de cerveja tem origem na Alemanha, na cidade de Einbeck

Geralmente é escura, com forte sabor de malte, pouco amarga (pouco lupulada) e de fato foi criada sendo uma cerveja Ale. Somente no século 17 foi adaptada para a maneira Lager de se fazer cerveja. É historicamente associada a ocasiões especiais como festivais religiosos, e geralmente só podia ser consumida pelos monges.

A Baden Baden Bock vai ao encontro da tradição, adicionando açúcar mascavo na sua composição e maltes importados, que fazem com que ela tenha um sabor balanceado e refinado.

A degustação foi à temperatura pouco menor que a ambiente (10 °C). Isso deve ser feito para que o sabor seja totalmente revelado (o frio adormece as papilas gustativas).

Colocada no copo, sua cor ambar escuro é revelada.  Sua espuma é de difícil formação e o líquido aveludado tem média densidade.

No nariz, o aroma é de malte torrado, com fundo doce. Lembra balas toffe, mas quelas que tinham embalagem preta. Mesmo o aroma tem fundo alcoólico.

Na boca, sobressai o sabor adocicado com pouco amargor. Realmente é perceptível que há bem pouco lúpulo na formulação. O final do sabor traz notas leves de anis, com médio residual alcoólico (6,5%)
No geral, é uma cerveja muito boa, porem, eu achei um pouco doce demais. É para se tomar uma e depois partir para alguma cerveja mais lupulada, como uma Heineken ou Stela Artois. Tomei junto com um sanduiche de pastrami com salada, e de fato, ela combina com carnes de sabores fortes (completa o sabor levemente ácido do pastrami).

Recomendo para quando quiser experimentar algo diferente, como início de um jantar aonde não se queria tomar um vinho.

O custo benefício é o mesmo de todas as Baden Baden, paguei R$ 11,90. Acho esse custo benefício alto, pois é uma cerveja que traz um experiência diferente por um preço módico.


Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo Benefício: 4