Cacilds !
Até o Mussum agora tem cerveja ! E feita pela fantástica cervejaria Dortmund (a qual já falei aqui sobre a estupenda White IPA). Eu só não entendi porque "Ampolis" aparece com se fosse o fabricante !
Eu tenho um certo receio quando uma cerveja tenta usar alguma imagem "famosa" para se promover. Eu tenho visto mais fracassos (A brown Ale dos Titans, feita pela Colorado, me deixou extremamente desapontado, e nem vou comentar a Bavaria do Jorge & Mateus) do que acertos. Cerveja boa não precisa usar subterfúgios como esses para ficar famosa, mas também entendo que, no Brasil, tudo é festa que acaba em pizza, logo...
Mas essa cerveja não foi um erro, ela foi um acerto. Ela não é excepcional, mas é melhor do que muita coisa que está no mercado !
No copo, ela tem uma cor amarelo escuro, meio turva, puxado para o vermelho. A espuma de difícil formação.
No nariz, o aroma é suave de café, caramelos e bem abiscoitado abiscoitado (ponto super positivo). Achei também um resquício de grãos, parecido com as Ales Inglesas. O sabor tem amargor médio e nada doce. O aftertaste é suave mas meio aguado. Na verdade, esse foi o meu descontentamento com a cerveja. Os fabricantes fazem isso para que o drinkability seja mais próximo das falsas Pilsners brasileiras. Essa cerveja deveria ter um final seco, direto, reto. Ai ela seria excepcional ! Mas a média do Brasileiro não ia gostar, e blá, blá, blá !
No geral, eu tomaria várias em uma noite - é um salto quântico se comprado com Skoll, Bhrama e essas outras bebidas de milho, mas ainda não chegou perto das outros rótulos da própria Dortmund ! Quanto ao custo benefício, não posso avaliar pois ganhei de presente da minha irmã, Tamires !
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 2
Custo Benefício: N/A
terça-feira, 29 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
Gulpener Korenwolf Witbier
Witbier são as melhores cervejas para se beber no Brasil... sabe aquela história de que Brasileiro gosta de Pislner porque é uma cerveja mais leve, por causa do clima, e blá? Então... Brasileiro gosta de Pilsner porque é barata... se fosse por causa do calor e "talz", a cerveja preferida aqui seria Witbier.
Essa receita tem origem belga e leva somente 50% de cevada de trigo em sua composição. E quase sempre leva alguma fruta cítrica para equilibrar o doce do trigo (geralmente, raspas de casca de laranja). No Brasil, é fácil de encontrar (bares e supermercados) a Hoegaarden, talvez a mais famosa marca dessa receita.
A Cervejaria Holandesa Gulpener fabrica uma cerveja sob essa receita que é uma das melhores que já exeperimentei, ainda melhor que a Hoegaardem.
Em sua composição, alem dos ingredientes normais, vai um variação de trigo vermelho, chamado Espelta e centeio, alem de ervas aromática e flor de sambucus. (Veja que essa receita não leva as frutas cítricas tão comuns nas receitas padrão).
No copo, tem uma cor amarela bem turva. No nariz o aroma é caramelado, com início doce e final levemente amargo. Na boca, ela é aveludada, mas não é pesada (pelo contrário... é bem refrescante). O sabor do cítrico dá lugar a um azedinho no final, o que torna o "drinkability" muito alto, fazendo com que ela seja uma cerveja leve e saborosa. É bem pouco carbonetada e quase nada alcoólica.
No geral, é uma cerveja excelente... se tomada no verão, à beira da piscina, com uma salada de folhas verdes e molho rosé, fica imbatível ! Quanto ao custo benefício, paguei R$ 18 por uma long neck, mas já achei em alguns lugares por preços mais em conta (mas não vai custar menos que R$15).
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 4
Essa receita tem origem belga e leva somente 50% de cevada de trigo em sua composição. E quase sempre leva alguma fruta cítrica para equilibrar o doce do trigo (geralmente, raspas de casca de laranja). No Brasil, é fácil de encontrar (bares e supermercados) a Hoegaarden, talvez a mais famosa marca dessa receita.
Em sua composição, alem dos ingredientes normais, vai um variação de trigo vermelho, chamado Espelta e centeio, alem de ervas aromática e flor de sambucus. (Veja que essa receita não leva as frutas cítricas tão comuns nas receitas padrão).
No copo, tem uma cor amarela bem turva. No nariz o aroma é caramelado, com início doce e final levemente amargo. Na boca, ela é aveludada, mas não é pesada (pelo contrário... é bem refrescante). O sabor do cítrico dá lugar a um azedinho no final, o que torna o "drinkability" muito alto, fazendo com que ela seja uma cerveja leve e saborosa. É bem pouco carbonetada e quase nada alcoólica.
No geral, é uma cerveja excelente... se tomada no verão, à beira da piscina, com uma salada de folhas verdes e molho rosé, fica imbatível ! Quanto ao custo benefício, paguei R$ 18 por uma long neck, mas já achei em alguns lugares por preços mais em conta (mas não vai custar menos que R$15).
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 4
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Capt'n Crompton's Pale Ale
Esse post é sobre um rótulo da cervejaria Epic Brewing Company, fundada pelos amigos David Cole and Peter Erickson, e pelo metre cerverjeiro Kevin Crompton.
Seguindo a escola americana, a Capt'n Crompton's Pale Ale tem generosas adições dos lúpulos Cascade, Mt. Hood e Centennial, e tem "dry-hopping" com o Cascade. Quanto ao malte, a predominância é do Maris Otter.
No copo, a cor é âmbar pálida e a espuma é densa e muito bonita ! No nariz, o aroma do lúpulo Cascade, com um fundo abiscoitado, é bem redondo e refrescante.
Na boca, parece algumas IPA mais fracas, pois a adição de lúpulo é bem grande (Pale Ales não costumam ter tanto amargor no sabor e tanto aroma quanto essa).
No geral, é uma cerveja muito boa. Quanto ao custo benefício, não pude avaliar pois foi presente do meu querido amigo Lucas Magalhães !
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 3
Custo-Benefício: N/A
Seguindo a escola americana, a Capt'n Crompton's Pale Ale tem generosas adições dos lúpulos Cascade, Mt. Hood e Centennial, e tem "dry-hopping" com o Cascade. Quanto ao malte, a predominância é do Maris Otter.
No copo, a cor é âmbar pálida e a espuma é densa e muito bonita ! No nariz, o aroma do lúpulo Cascade, com um fundo abiscoitado, é bem redondo e refrescante.
Na boca, parece algumas IPA mais fracas, pois a adição de lúpulo é bem grande (Pale Ales não costumam ter tanto amargor no sabor e tanto aroma quanto essa).
No geral, é uma cerveja muito boa. Quanto ao custo benefício, não pude avaliar pois foi presente do meu querido amigo Lucas Magalhães !
Sabor: 3
Aspectos Gerais: 3
Custo-Benefício: N/A
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Hambleton Ales Stallion
Localizada no Vale de Mowbray, a cervejaria do Nick Stafford foi fundada no ano de 1991. Mesmo com a crise financeira que assolava a Europa na época, eles nunca fizeram o compromisso entre qualidade e custo.
É dessa cervejaria do rótulo desse post, a Stallion (o símbolo da cervejaria é um cavalo branco), vencedora do prêmio Champion Beer, em 1994, no festival de York.
Com a receita básica de uma bitter ale, no copo ela tem cor âmbar escuro, parecendo chá mate. A espuma é densa e de difícil formação.
No nariz, o aroma abiscoitado é característico, com um fundo doce, proveniente da fermentação em barris de carvalho. Senti uma lembrança dos licores de jabuticaba que meu avô fazia quando era pequeno.
O sabor tem amargor equilibrado, com um ótimo malte trazendo tabaco, café e chocolate bem amargo. O biscoito do aroma permanece, mas o drinkability é alto (principalmente pelo equilíbrio com o lúpulo). Tem um ótimo aftertaste. Sem sabor de alcool adicional.
Achei o rótulo excelente ! Quem está começando a apreciar cervejas melhores vai gostar, porque não é um soco no queixo como outras cervejas inglesas mas também não é "xoxa" como a maioria das cervejas brasileiras main stream. Quanto ao custo benefício, não pude avaliar pois foi presente do meu querido amigo Lucas Magalhães.
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 3
Custo-benefício: N/A
domingo, 6 de abril de 2014
Deus Brut des Flandres
Hoje vamos desmistificar a grande cerveja Deus ! Veja que a expressão "desmistificar" se tornou pejorativa ao longo do tempo, como se fosse desmascarar uma mentira... Aqui não... aqui agente só vai olhar para essa cerveja de maneira mais objetiva e tentar entender se ela vale o preço astronômico pela qual é vendida no Brasil.
Mas antes, tirei do site Brejas a sequência produtiva da mesma:
Mas exatamente por se tratar de uma lenda no mundo cervejeiro, eu tentarei aqui ser o mais preciso na hora da falar da degustação (eu não consegui achar a composição - qual malte e qual lúpulo - em nenhum lugar).
No copo a cor é amarelo dourado claro. Um pouco mais amarelada que um espumante, e nada turvo. O aroma é frutado, com um fundo doce e um final azedo. Parece muito uma Golden Ale Belga, bem forte (que deve ser a receita base para a confecção. A espuma é de fácil formação, mesmo se servida em uma flauta.
O sabor é nada amargo. O doce característico da escola belga está presente, mas é bem equilibrado (nada enjoativo). O frutado do aroma permanece no after-taste, o que, somado ao doce do sabor principal, traz uma deliciosa lembrança de amora em compotas. Essa parte é realmente sensacional. E para equilibrar tudo, após a compota passar, fica um suave amargor. A carbonetação é média e o sabor residual de alcool é sempre presente (afinal, ela tem 11,5 % de alcool).
Agora, o que todos estavam esperando: vale o preço de R$ 150 (isso mesmo.... cento e cinquenta) a garrafa. A resposta é: Não ! E digo isso por alguns motivos: (1) Ela custa 15 euros na europa, (2) ela é uma cerveja de "nicho"... quem não gosta de Ales Belgas, não vai amar e (3) não sei, até que ponto, o processo todo cheio de "nove horas" realmente faz alguma diferença.
O fato é que essa cerveja é realmente excepcional, e realmente uma das melhores que eu já provei. Mas não tomarei de novo no Brasil.
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 1 no Brasil e 4 na Europa.
Mas antes, tirei do site Brejas a sequência produtiva da mesma:
- A largada é na Brasserie Boosteels, onde a Deus é fermentada por duas vezes;
- O líquido é transportado para a região de Champagne, na França (daí o método ser conhecido por champegnoise), onde recebe mais açúcares e fermentos, e é posto para maturar por no mínimo 12 meses em barris de carvalho;
- A breja é posta em garrafas — por sinal, as mesmas que são usadas no célebre champagne Dom Pérignon, da casa Moët&Chandon – que são submetidas à técnica da remuage, na qual um profissional as gira diariamente, no mesmo sentido, cada vez inclinando um pouco, até ficarem com os gargalos totalmente voltados pra baixo;
- Após essa fase, congela-se somente os gargalos, nos quais se depositaram os fermentos e demais borras, os quais são expulsos pela própria pressão do líquido;
- Adiciona-se à garrafa um pouco da cerveja previamente pronta apenas para preencher o espaço vazio resultante da expulsão dos fermentos congelados. Deus está pronta.
Mas exatamente por se tratar de uma lenda no mundo cervejeiro, eu tentarei aqui ser o mais preciso na hora da falar da degustação (eu não consegui achar a composição - qual malte e qual lúpulo - em nenhum lugar).
No copo a cor é amarelo dourado claro. Um pouco mais amarelada que um espumante, e nada turvo. O aroma é frutado, com um fundo doce e um final azedo. Parece muito uma Golden Ale Belga, bem forte (que deve ser a receita base para a confecção. A espuma é de fácil formação, mesmo se servida em uma flauta.
O sabor é nada amargo. O doce característico da escola belga está presente, mas é bem equilibrado (nada enjoativo). O frutado do aroma permanece no after-taste, o que, somado ao doce do sabor principal, traz uma deliciosa lembrança de amora em compotas. Essa parte é realmente sensacional. E para equilibrar tudo, após a compota passar, fica um suave amargor. A carbonetação é média e o sabor residual de alcool é sempre presente (afinal, ela tem 11,5 % de alcool).
Agora, o que todos estavam esperando: vale o preço de R$ 150 (isso mesmo.... cento e cinquenta) a garrafa. A resposta é: Não ! E digo isso por alguns motivos: (1) Ela custa 15 euros na europa, (2) ela é uma cerveja de "nicho"... quem não gosta de Ales Belgas, não vai amar e (3) não sei, até que ponto, o processo todo cheio de "nove horas" realmente faz alguma diferença.
O fato é que essa cerveja é realmente excepcional, e realmente uma das melhores que eu já provei. Mas não tomarei de novo no Brasil.
Sabor: 4
Aspectos Gerais: 4
Custo Benefício: 1 no Brasil e 4 na Europa.
Assinar:
Postagens (Atom)