domingo, 8 de maio de 2011

Weltenburguer Kloster Hefe Dunkel

Após outro grande hiato, vamos tentar voltar à programação original. Essa semana com uma grande surpresa do mercado brasileiro, uma suave Hefe Dunkel da Weltenburguer Kloster.


Essa fantástica cerveja nasceu no ano de 1050 no monastério beneditino Weltenburg, às margens do Rio Danúbio, na Baviera - Alemanha. Hoje, essa cervejaria é considerada a mais antiga em monastérios do mundo.

No Brasil, ela é produzida pela Cervejaria Petrópolis, a mesma que faz a Itaipava e a Petra, que ganha ponto positivo por faver cervejas diferentes em solo tupiniquim.

A denominação Dunkel (que em alemão é um sinônimo de escuro) é muito famosa fora daqui. Normalmente feita com maltes de Munique, é originada da região da Bavaria.

Sempre de cor avermelhada, é diferenciada das outras cervejas pelo processo de produção chamado Decoction Mashing (não achei uma tradução boa para o Português). Nesse processo uma parte dos grãos é cozida e depois volta à mistura, elevando sua temperatura. A ebulição do amido extrai mais do grão por quebrar suas paredes celulares. Isso confere um sabor extra de malte à cerveja.

No caso da Hefe Dunkel, é utilizado Trigo em vez da cevada convencional, o que traz sabores extras e uma textura mais aveludada ao líquido.

A degustação da Kloster Hefe Dunkel foi feita à aproximadamente 0,2 ºC, em uma tarde ensolarada com tempo variando de ameno para calor. É o Verão dando seus últimos suspiros, não querendo deixar o Outono tomar posse...


A primeira vez que vem a boca, a cerveja surpreende por não ser tão amarga quanto outras Dunkels (Paulaner por exemplo). Na verdade, achei até bem fraca, combinando com o paladar médio do Brasileiro, que não está ainda acostumado com cervejas mais fortes.

A cor é bem vermelha e o aroma é suave - caramelos predominam. Após o primeiro sabor, o que fica é o doce do caramelo e um fraco resíduo de café. Também tem baixo residual alcoólico - com apenas 5,3% (pouca coisa mais que as cervejas Pilsen comuns), não sobra nada após ser engolida.

No geral, é uma cerveja para quem está querendo se aventurar pelo mundo das "importadas" mas ainda não está habituado á sabores mais fortes e marcantes. Mas é muito gostosa de se beber e novamente, o fato de que é produzida aqui aumenta a apreciação.

A relação custo benefício não é das mais altas, mas também não é ruim. Comprei no supermercado Covabra,   por aproximadamente R$ 10,00 (as Baden estavam mais caras).


Pontuação

Sabor: 3
Aparência: 3
Custo Benefício: 3