domingo, 10 de fevereiro de 2013

Chimay Rouge

Está ai um rótulo que faz algum tempo que gostaria de experimentar: as Strong Ale Belgas da Chimay, que funciona no monastério trapista de Scourmont Abbey, no sul da Bélgica, na província de Hainaut.

Já falamos aqui da tradição Trappista de fabricar cervejas. E, apesar de serem cervejas mais caras, sempre valem à pena.

A Chimay Rouge é a mais antiga das cervejas desse monastério. Do tipo Belgian Dubbel (um Brown Ale mais forte, aonde o mestre cervejeiro coloca o dobro - por isso "dubble - de malte do que colocaria em uma receita normal), ela se destaca pelos aromas frutados (o que não é comum em cervejas Trapistas, uma vez que geralmente elas levam pouca quantidade de lúpulo).

No copo, ela tem cor amarelo avermelhado, puxado para o cobre. A espuma é de difícil formação, mas é bem densa.

O que impressiona na verdade é o aroma delicado mas presente de frutas vermelhas, especialmente cerejas e amoras. Impressiona porque essas frutas não são ingredientes da cerveja: o aroma é resultado da sábia escolha da levedura e sua combinação com o malte e o lúpulo.

Na boca, a primeira impressão é realmente de uma Strong Ale Blega: doce, pouco lupulada, aveludada e forte.

Depois do primeiro impacto, vêem as surpresas. Primeiro, que ela tem uma lupulação residual inesperada (o amargor fica na boca). Segundo que há um equilíbrio perfeito entre o doce e o lúpulo. Terceiro que as frutas vermelhas continuam lá, e assim como no aroma, elas são delicadas porém presentes. E por último, eu senti um final refrescante, como se tivesse tomado alguma coisa com menta ou hortelã (mas sem o sabor, somente o refresco), e para arrematar, senti a boca um pouco dormente.

Com tanta surpresas, é impossível não ficar impressionado ! E com vontade de experimentar os outros rótulos (o azul, o amarelo e o preto).

O custo benefício foi moderado: paguei R$ 15,90 por uma long-neck, no Reino da Cerveja, aqui em Rio Claro. Mas valeu à pena devido à quantidade de coisas diferentes.

Recomendo para as pessoas que querem experimentar algo diferente, porém sutil !

Sabor: 4

Aspectos Gerais: 4

Custo Benefício: 4

Bierland Vienna

Hoje vamos falar de mais um rótulo Brasileiro que não perde em nada para outros rótulos importados. A Vienna da Cervejaria Bierland, de Blumenau, SC.

Essa cervejaria foi inaugurada em 2003, e seu nome é uma homenagem a Blumenau, cidade onde está localizada a cervejaria. A fábrica da Bierland está instalada no bairro Itoupava Central, um dos bairros que ainda concentra grande número de descendentes alemães. Com a capacidade inicial instalada de 20.000 litros, iniciou produzindo 2 tipos de chope: o Pilsen e o Amber.

Dessa cervejaria, vamos falar do rótulo Vienna, um tipo de Lager pouco comum, mas com muita personalidade. Originalmente, esse rótulo (que também é conhecido por Amber Lager) foi desenvolvido por Anton Dreher, na cidade Viena (em alemão Wien - capital da Áustria). Cervejeiros Austríacos emigraram para o México, no final do século 19 e levaram a receita com eles.

Geralmente, esse tipo de cerveja é avermelhada ou de cor cobre, com um sabor levemente doce (proveniente do malte), podendo às vezes, ter características defumadas. Uma curiosidade: apesar do nome, esse tipo de cerveja não é tão comum na Europa.


A Bierland Vienna é possui três tipos de malte de cevada, e três tipos de lúpulo, que lhe conferem uma coloração avermelhada e um aroma floral. Foi várias vezes premiada, destacando-se como World's Best Amber / Vienna Lager no World Beer Awards 2012.

No copo, a cor é amarelo-cobre, com fundo dourado, pouca coisa pálido. No copo, a espuma é de difícil formação e pouco densa.

No nariz, o aroma é levemente adocicado e abiscoitado. Nada de mais. O sabor é meio amargo, bem lupulado. É equilibrado  porém, devido à boa quantidade de lúpulo, o amargor fala um pouco mais forte. O final é de cerveja lager comum. Se não fosse o fraco floral, teria achado sem graça.

No geral, é uma cerveja muito boa, por ser Brasileira. Mas não tem muitas coisas especiais. O custo benefício é médio pois paguei em um bar aqui de Rio Claro R$ 16,90 a garrafa de 500 ml. Recomendo para os curiosos e entusiastas.

Sabor: 3

Aspectos Gerais: 3

Custo-Benefício: 3

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Petrus Speciale

Não é porque a cerveja é importa que ela será extraordinária. Ainda mais com o mercado brasileiro para cervejas "especiais" crescendo (o que também faz com que produtores pequenos ganhem fôlego para se desenvolvam).

Mas dificilmente elas serão ruins !

Esse é o caso da cerveja dessa semana, uma Ale Belga que é somente gostosa. Nada demais !Depois da semana passada, com a extravagante Oud Bruin, esperava mais da cervejaria Bavik e de seu rótulo Petrus Speciale.

No copo ela tem uma cobre amarelada e uma espuma de fácil formação mas de pouca duração. No nariz, o aroma simples de malte com bem pouco lúpulo. No fundo há um pequeno residual doce, mas nada de mais.

Na boca, o amargor é bem equilibrado com o doce do malte. Mas o sabor não tem nada de especial. É de cerveja Pale Ale normal, muito parecido com a Eisenbahn. O sabor de álcool é muito pequeno (5,5°) e nada residual.

No geral, é uma cerveja gostosa, mas pelo peço que paguei (R$ 17 a long neck), e por ser uma Belga, esperava muito mais. Deve ser uma cerveja comum lá, vendida sem muitas firulas.

Experimente somente se for muito curioso !

Sabor: 3

Aspecto Geral: 2

Custo-benefício: 2